BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

domingo, 25 de abril de 2010

Tertúlia:" A passagem das horas"


A Casa ÁLVARO de CAMPOS realiza, segunda-feira,26 de Abril, no Restaurante Mourão, em Santa Luzia, pelas 19:30, a tertúlia « A passagem das horas», sendo o convidado o presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho.

sábado, 24 de abril de 2010

Apresentação de "ALGARVE e ALGARVIOS", de Ofir Chagas na Biblioteca Álvaro de Campos


Na sequência da sua permanente dedicação ao campo da pesquisa histórica, Ofir Chagas lança o seu novo livro “Algarve e Algarvios” – com prefácio do Prof. Doutor António Rosa Mendes – na Biblioteca Álvaro de Campos, em Tavira, no dia 24 de Abril , pelas 17:00.

Na primeira parte de Algarve e os Algarvios, Ofir Chagas percorre toda a Província, numa retrospectiva de referências e de acontecimentos marcantes da sua história.
Na segunda, apresenta o resumo biográfico das figuras algarvias, já falecidas, que mais se destacaram pelos seus feitos ou pelas posições que assumiram enquanto algarvios.

Todos os que se interessam pelo Algarve e pela sua História, do século III ao século XXI, não deverão deixar de ler esta obra, um trabalho inédito e exaustivo que envolve toda a província algarvia e as suas figuras proeminentes.



Ofir Chagas, que dirigiu os órgãos da Imprensa regional “O Tavira” e “Lestalgarve”, é autor de diversos livros dedicados à História do Algarve:
- Algarve e a Andaluzia no itinerário de D. Paio Peres Correia (1995);
- Remexido, Guerrilheiro realista do Algarve (1997);
- Tavira a sorrir (1999);
- Tavira -memórias de uma cidade (2004);
- Frei Gil de Tavira (2006) (romance histórico);
- Ginásio Clube de Tavira - 80 anos ao serviço do desporto tavirense (2008);
- Algarve e os Algarvios (2010).

Todas estas obras, gentilmente cedidas pelo próprio autor à Escola, poderão ser requisitadas na nossa Biblioteca.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

23 de Abril : DIA MUNDIAL DO LIVRO

Reconheça as vantagens do novo dispositivo de conhecimento bio-óptico, conhecido pelo nome comercial de BOOK, e utilize-o e reutilize-o vezes sem conta.
Assista ao vídeo e ficará um perito na sua utilização:


http://www.youtube.com/watch?v=rvjN-LzoP90


terça-feira, 20 de abril de 2010

21 de Abril - 6.as Olimpíadas Concelhias do Algarve em Matemática


Realiza-se, no dia 21 de Abril, na nossa escola, a Final do Sotavento ( Tavira, S. Brás, Olhão, Castro Marim, Alcoutim e V. R. de Santo António) das 6.as Olimpíadas Concelhias do Algarve em Matemática, destinadas a alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico.

Programa :

13:50 - Recepção aos alunos participantes

14:00 - Início da Prova

16:30 - Fim da Prova

16:35 - Coffee Break

17:15 - Palestra ( no Auditório)

18:15 - Sessão de Encerramento e Cerimónia de Entrega dos Prémios

A cerimónia da entrega dos prémios contará com a presença dos Srs. :
- Presidente da Câmara Municipal de Tavira, Dr. Jorge Botelho,
- Presidente do Departamento de Matemática da FCT da UALG Prof. Dr. Rafael Santos
- Director da Escola Secundária 3 EB Dr. Jorge Augusto Correia, Eng. José Baía.
Organizado pelo Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve com a colaboração do Sr. Sub-Director e dos Professores do Grupo 500 – Matemática da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia -Tavira

Exposição na BE: por dentro da exposição de Rico Sequeira

Visite, no átrio da nossa biblioteca, a exposição concebida pelas turmas 11º A1, A2 e A3, sob a orientação da professora de Filosofia, Maria Alberta Fitas. A mesma reflecte o trabalho realizado durante e após a visita à exposição de Rico Sequeira, «Hops! Tom & Rico», que esteve patente no Palácio da Galeria em Tavira.
Transcrevemos aqui o texto que abre a exposição:


Sem a música, a vida seria um erro
Nietzsche


As duas visitas que realizámos, este ano lectivo, ao Palácio da Galeria tiveram uma repercussão muito interessante nos conhecimentos e nas relações afectivas, que se desencadearam, entre os intervenientes. Assim que se agendou a primeira visita, gerou-se uma inquietação, um desejo de conhecer e desvendar que se ia exprimindo na pergunta," O que vamos ver?", "Será que nos vai agradar?", "Já fomos ver uma exposição. Será que a segunda nos traz algo de novo?". E lá fomos procurar acalmar esta ânsia. À medida que explorávamos, interpretávamos e compreendíamos instalava-se uma satisfação, por nos estarmos a tornar mais completos, mais humanos. Mais ainda, em retrospectiva, verificámos que entre as duas exposições havia um fio condutor estimulante: a presença da evocação das memórias da infância. Este extraordinário ingrediente esbate o presente, inocenta-o e adoça-o.

Ora se a Filosofia é, antes de mais, criação de pensamento, e daí as suas repercussões que atravessam toda a cultura, a arte e o conhecimento, constatamos que a obra de arte também nos faz pensar. De facto, a obra de arte explica, tanto quanto a ciência e a filosofia, e até nos reconcilia com o mundo. Então, olhamos para ela e vemos. É claro que, com os ensinamentos que colhemos, através destas exposições, somos levados a rejeitar os anúncios de morte da arte. Temos a certeza que ela se vai vivificando fora dos cânones, escolas ou movimentos em que a procuraram encerrar e dos quais sempre se libertou.

A última exposição visitada, a de Rico Sequeira, da qual se mostra este reflexo, espelha bem o pluralismo do que é a arte: abstracção, realismo, minimalismo, expressionismo, pintura, cerâmica, desenho, plástico, tecido, serigrafia, tecnologia, passado, presente, denúncia, divertimento, cor, exuberância, tudo se desenvolve de uma forma harmoniosa, criativa e muito pedagógica.

É assim que cada um de nós, consoante a sua sensibilidade, personalidade, interesses e experiências se apropriou da leitura histórica e única que o artista fez do seu tempo e a renovará dentro de si.

Prof.ª Maria Alberta Fitas, Abril 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

COMEMORAÇÕES do CENTENÁRIO da REPÚBLICA - Concurso de cartazes até 30 de Abril


Comemorações do Centenário da República

Concurso de Cartazes

Regulamento

1. Introdução
O presente concurso destinado à apresentação de projectos de criação de um cartaz original no âmbito das Comemorações do Centenário da República, é uma iniciativa do grupo 400 da Escola Secundária 3 EB Dr. Jorge Correia - Tavira.

2. Objectivos

2.1. Promover a participação da comunidade escolar numa actividade comemorativa do Centenário da República.

2.2. Sensibilizar a comunidade local alargada através de um exposição dos cartazes concorrentes na Casa André Pilarte.

3. Condições de candidatura

3.1. São admitidas candidaturas de todos os alunos interessados. Exceptua -se a participação de familiares próximos dos membros dos júris.

3.2.Os cartazes poderão ser entregues a um dos seguintes professores de História : Anabela Florêncio; António Miguens ; Fátima Pires ou José Couto.

3.3. No acto de entrega o aluno preencherá um formulário de candidatura e ser-lhe -á facultado um número de registo que deverá conservar.

4. Características do projecto de cartaz

4.1. O projecto de cartaz deve obedecer aos seguintes requisitos :

§ Deve ser apresentado em tamanho A3, podendo a sua orientação ser vertical ou horizontal;

§ Deve ser elaborado com recurso a técnicas de expressão plástica e/ou com recurso a técnicas
digitais .

4.2. No cartaz deve constar obrigatoriamente uma das seguintes expressões:

§ "Comemorações do Centenário da República";

§ " A 1ª República"

§ " Aniversário da Implantação da República"

§ Outra expressão com o mesmo significado.

4.3. Na parte inferior do cartaz deve constar o nome da escola .

4.4. De modo a garantir o anonimato, o cartaz não deve conter o nome, a assinatura ou qualquer outro elemento que permita identificar o autor. Todos os suportes apresentados a concurso devem ser identificados unicamente pelo número de registo no acto da candidatura.

5. Prazos

5.1. Candidatura e entrega do projecto de cartaz : até 30 de Abril.

5.2. Anúncio do projecto de cartaz vencedor : 14 de Maio.

6. Critérios de avaliação

6.1. O projecto de cartaz é avaliado de acordo com os seguintes critérios:

a) Adequação da mensagem ao tema do concurso;

b) Originalidade e criatividade;

c) Qualidade técnica;

d) Qualidade estética.

7. Júri

7.1. O júri de avaliação é composto pelos seguintes professores da Escola Secundária 3 EB Dr. Jorge Correia - Tavira : o Director ( Prof. José Otílio Baía) ; os Professores de História ( Grupo 400); os Professores de Artes Visuais ( Grupo 600) e a Professora Ana Cristina Matias (Coordenadora da Biblioteca ).

7.2. As decisões do júri são tomadas por maioria.

7.3. O júri reserva-se o direito de não eleger um vencedor, caso os projectos apresentados a concurso não revelem qualidade suficiente.

8. Prémio
8.1. Serão atribuídos prémios, a anunciar oportunamente, aos três melhores trabalhos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Palestra sobre «Ciências Forenses e Criminais» com Gonçalo Amaral e Abílio Lopes


Um grupo de alunos da Área de Projecto, 12º A2, tem estado a desenvolver um trabalho sobre Ciências Forenses e Criminais pelo que convidou o Dr. Gonçalo Amaral , ex-Coordenador de Investigação Criminal, e o Sr. Abílio Lopes ( ex-inspector Chefe da P.J.) para proferirem uma palestra sobre este tema. A mesma realiza-se no Auditório da nossa Escola, na próxima quarta-feira, dia 14 de Abril, pelas 10:05.
Esta iniciativa contará também com a colaboração da nossa biblioteca.

terça-feira, 30 de março de 2010




OLÁ!

A pensar em ti conseguimos que uma Torre Multiusos viesse até à Escola Secundária de Tavira, entre o dia 9 e 12 de Abril.
Nesta Torre vais poder fazer
ESCALADA, RAPPEL e SLIDE.

A idade mínima necessária é 12 anos e para que a segurança da actividade seja optimizada, temos a presença de pessoas especializadas.

Esta actividade é promovida pelo grupo "Vida Saudável", do 12ºA1, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

As entidades apoiantes são:

Escola Secundária de Tavira
Regimento de Infantaria Nº1 deTavira
Câmara Municipal de Tavira

APARECE E TRAZ TODOS OS TEUS AMIGOS, POIS NÃO É NECESSÁRIO SER ALUNOS DA ESCOLA PARA PARTICIPAR NESTA AVENTURA.

CONTAMOS CONTIGO!! ;)


O Grupo "Vida Saudável":Ana Rita Ribeiro,Maria Joana Campos,Rúben Teixeira e Pedro Domingos

quinta-feira, 18 de março de 2010

Exposição «Famous Women from the Algarve»






DIA DA MULHER



Integrado nas actividades previstas no plano anual para o presente ano lectivo, foram elaborados, pelos alunos das turmas do 10º ano Profissional de Comércio e Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, alguns trabalhos biográficos sobre personagens femininas nascidas no Algarve e que se destacaram nas suas áreas de actividade, nomeadamente nas artes (música, pintura, poesia, cinema e teatro), na ciência e investigação em medicina, na política e no ensino, entre muitas outras. Muitas delas foram igualmente mães exemplares que não descuraram o seu papel a par das suas intensas e absorventes actividades profissionais.

Após a escolha e selecção de personalidades, foi feito o resumo das biografias, a fim de ser possível elaborar pequenos textos adequados a cartazes a expor posteriormente na escola (sala de convívio e biblioteca).
Depois deste primeiro momento, os alunos procederam à tradução das biografias para Inglês, e, em pequenos grupos, redigiram os textos e efectuaram as colagens e ornamentação dos cartazes a seu gosto. Como resultado final, podemos dizer que esta actividade lhes permitiu, para além do alargamento dos conhecimentos linguísticos, conhecer (e dar a conhecer à comunidade) mulheres de imenso valor artístico, profissional e humano nascidas nesta região e a ela dedicadas até ao fim dos seus dias, mesmo que temporariamente tivessem de desempenhar as suas actividades noutras regiões do país ou até do estrangeiro.








As Turmas
10º TCOM / 10º TGPSI 1

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dia 17 de Março, PALESTRA «SOBREVIVER À ESCOLA» - da Pedagogia à Educação


A escola contemporânea encerra algumas características que ao longo do tempo nela se embeberam profundamente e são susceptíveis de afectar significativamente a autoconfiança de alunos e a pedagogia de professores. De entre estas, destaca-se a comparação constante (notas e regime intenso de testes), adicionada à obrigatoriedade de atendimento a aulas.
Pretende-se na palestra enfatizar porque é que todos os alunos, apesar de serem eminentemente inteligentes ao dominarem o que é de mais complexo que é uma língua, são, repetidamente, por vezes de forma subtil, alvo da mensagem que até podem ser algo ou mesmo bastante incompetentes. Dar-se-ão exemplos da matemática e outros. Abordar-se-ão, concretamente e do ponto de vista pedagógico, dois tópicos:
primeiro, o facto de a palavra não ser a coisa;
segundo, confrontar-se-á a interrogação –
“Qual o verdadeiro oposto de sentimentos de inferioridade?”.

Organizado pelo Grupo 500 – Matemática - em parceria com a UALG

Orador: Professor Rui Penha da Universidade do Algarve.

Público: alunos, professores e encarregados de educação.

Local: Auditório da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira

Dia: Quarta-feira, 17 de Março de 2010

Hora: 14:30

sexta-feira, 12 de março de 2010

Campanha de doação de sangue


Um grupo de alunos do 12º ano, no âmbito da Área de Projecto, lançou uma iniciativa muito pertinente: recolha de dádivas de sangue.

Cabe a cada um de nós participar dando o nosso contributo!

terça-feira, 9 de março de 2010

Solidariedade - Tavira pela Madeira

No passado dia 5 de Março, a nossa escola solidarizou-se com a Madeira e criou um evento «Tavira pela Madeira» que decorreu no Cine-Teatro António Pinheiro. Foram sobretudo os alunos que abraçaram esta causa, dando sentido ao conceito de solidariedade. Eles souberam mostrar que os jovens protagonizam valores, muitas vezes esquecidos no quotidiano cinzento, provando que a auto realização também passa pelo gosto de criar para os outros, sendo, deste modo, um exemplo também para os adultos.
Na organização e animação do espectáculo participaram as turmas 12º A1, C1, C2 e A3, sob a orientação de Fernanda Santos, professora de Psicologia e de Filosofia e membro dos professores colaboradores da nossa Biblioteca. Apoiaram a iniciativa o Órgão de Direcção da escola, a Associação de Estudantes, a Biblioteca Escolar, a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia de Santa Maria e de Santiago.
O espectáculo iniciou com um filme realizado por um dos nossos alunos, Raul Faria, seguido de um momento de poesia pela professora bibliotecária Ana Cristina Matias, acompanhada ao piano por Mariana Morais. Foram ditos “A tempestade”, de Alexandre Herculano, e “Em silêncio descobri essa cidade no mapa”, de Herberto Hélder, poeta natural do Funchal. Seguiram-se a Mariana Morais, o Fábio Guerreiro e o “nosso José Cid”.

Na segunda parte, deu-se lugar ao fado com a Vera Rodrigues, o Rui Encarnação e a Aurora, intercalado pelo dizer de poesia pela professora Antonieta Couto e pelo João Pedro Correia. E sempre, em crescendo, o espectáculo contou ainda com as interpretações da banda Formal Brothers, do Mare Nostrum, de André Vianne e, por último, de Domingos e amigos.








A apresentação esteve a cargo de Bárbara Ferreira e João Venâncio; Marta Gonçalves e João Pedro Correia, e, na terceira parte, Maria Couto e Isabel Costa.
Foi uma noite bem animada em que todos, organizadores, participantes e público deram o seu contributo para minorar a situação difícil em que a Madeira e os seus habitantes se encontram.

Fernanda Santos e Ana Cristina Matias

Assista a momentos ao vivo do espectáculo, seguindo os links:
Tavira pela Madeira - 1ª parte
Pavira pela Madeira - 2ª parte

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de Março - Dia da Mulher

Maria Helena Vieira da Silva, Auto-retrato

MULHERES ALGEMADAS

Ao princípio eram ilhas, silenciosas,
espancadas pelos afazeres quotidianos,
submersas nesse continente masculino bronzeado de ordens.
Depois, devagar,
à medida que a vegetação dos seus corpos foi secando,
revoltaram-se com a ausência de luz.
Com delicadeza ergueram suavemente a voz.
O mundo musculado dos que davam ordens inquietou-se.
Tentaram convencê-las que a sua tarefa era cuidar dos filhos,
espancaram-nas, amordaçaram a clorofila que lhes dançava nas veias.
Chamaram-lhes loucas,
arranjaram até atestados para comprovar tal insanidade.
Vedaram às suas águas a literacia, a educação, a cultura.
Dos séculos herdaram a insularidade obediente da tradição,
a gestação descontrolada,
o cárcere doméstico de quatro paredes
rabiscando sem cessar a veloz extinção do pó.
Enganaram a rotina com metáforas que bebiam
Nos brinquedos espalhados pelos filhos.
Quando sonharam ter árvores
no pedaço de terra dos seus corpos,
deceparam-lhes os poemas dos ramos,
meteram-lhes grades nas mãos,
porque o trabalho traz independência,
aniquila a submissão.
Tiveram como legado
a biografia desflorestada dos desejos,
a repressão da sensualidade,
a ancoragem no medo.
A tempestade era o único beijo que conheciam
porque os homens
lhe canonizaram o Inverno na alma.
Mas uma ilha sensível sabe esperar,
avança lentamente por entre os espartilhos da liberdade.
Um dia cansadas juntaram-se,
floriu um arquipélago.
De arco-íris em punho,
assoaram a delicadeza ao sangue
e rumaram ao proibido.
Com o fôlego exausto de cativeiro,
incendiaram a voz
porque o tempo sempre foram homens embarcados no céu.
Romperam o exílio do próprio brilho,
afogaram o preconceito
e de têmpera a têmpera açaimaram as nuvens
porque não queriam mais ouvir a neve ladrar.

Hoje, gritam ao abismo imposto,
arregalam os olhos à sombra
e a claridade que sempre tiveram nas cabeças
começa a alumiar o mesmo diâmetro que o sexo oposto.

Mas não se iludam,
o velho continente ainda usa máscara.

Alberto Pereira

Primeiro prémio,
Tema livre,
Concurso de Poesia ACAT, Dez. 2009.

sábado, 6 de março de 2010

Uma leitura de «O último beijo», de Luanne Rice



“ Nunca é demasiado tarde para encontrar o verdadeiro amor ou dizer finalmente adeus a quem partiu para sempre.”Apreciação crítica da obra O Último Beijo, de Luanne Rice
O Último Beijo é um romance inglês da autoria de Luanne Rice. A capa do livro mostra-nos uma jovem simples que passeia descalça sobre a relva de um jardim. Esta capa apela à serenidade e tranquilidade. Na contracapa, encontramos algumas críticas, todas positivas, a esta obra e à escrita da romancista.

Luanne Rice nasceu a 25 de Setembro de 1955, no Connecticut. Desde cedo mostrou os seus dotes para a escrita, publicando o seu primeiro poema com apenas onze anos e a sua primeira história aos quinze. Rice teve vários trabalhos até resolver dedicar-se exclusivamente à escrita. Já vendeu mais de 25 milhões de livros, em todo o mundo. Em Portugal apenas foram publicadas três das suas obras.
O Último Beijo retrata a vida dos habitantes duma pequena cidade, Hubbard’s Point, situada à beira mar.
A história do livro começa com a morte de Charlie Rosslare com apenas 18 anos, assassinado, e todo o drama se desenrola em torno da namorada e da mãe do jovem que não conseguem ultrapassar o drama da perda. Nell Kilvert, a namorada, não descansa enquanto não descobre o que aconteceu realmente ao seu amor, enquanto Sheridan, mãe e compositora, não consegue tocar uma única nota.
Tudo muda quando a jovem Nell chama para a cidade Gavin Dawson para investigar a morte de Charlie, mas acaba por não ser só isso. Este homem vai influenciar a vida de todos em Hubbard’s Point, principalmente a de Sheridan, o grande amor da sua vida.
O momento que me suscitou mais interesse foi quando Nell visitou a campa do filho de Sheridan e encontrou lá a última pessoa que esperava, o próprio… ou alguém muito parecido. Após um tempo de perseguição à pessoa que se encontrava junto à campa, a rapariga consegue falar com o rapaz e compreender quem ele é, o que faz em Hubbard’s Point e o que fazia junto à campa do seu falecido namorado. Gostei deste momento porque me causou grande expectativa, queria saber quem era esse homem e se Charlie estaria ou não realmente morto.
Luanne Rice tem uma escrita sensível, emocionante e simples. A autora cria um clima de mistério durante toda a obra. Neste livro, a emoção não se restringe apenas às personagens mas também aos leitores, pois a obra é tão envolvente que nos insere na própria história.
A trama da obra e a escrita de Rice deixaram-me cheia de vontade de ler outros romances da autora. O Último Beijo tem dois dos aspectos que eu mais adoro em livros: romance e mistério. Aconselho-o a todos os que gostem de uma bela história de amor.

RICE, Luanne, O Último Beijo, tradução de Carla Morais Pires, 2ª edição, Quinta Essência, Oficina do Livro, Alfragide, 2008, 344p.

Marina Amorim, 12º A2

Uma leitura de «A melodia do adeus», de Nicholas Sparks


Observação da capa:A imagem da capa transmite a calma e a melancolia de uma casa isolada à beira-mar, enquanto o balão representa a efemeridade da vida.
Frases cativantes da contracapa:"Três anos não são suficientes para apagar o seu ressentimento."

"Ronnie irá descobrir a beleza do primeiro amor."

"...vai afrouxando, uma a uma, todas as suas defesas deixando-se tomar por uma paixão irrefreável e de efeitos devastadores"

Classificação da obra: Romance

Resumo:
A Melodia do Adeus
foca as vivências e sentimentos de uma rapariga, Ronnie, de dezassete anos, que vê a sua vida virada do avesso quando os pais se divorciam e o pai se muda de Nova Iorque, onde vivem, para Wnighstville Beach, uma pequena cidade costeira na Carolina do Norte. Sem saber exactamente a razão pela qual os pais se separaram, Ronnie, um pouco influenciada pela mãe, decide “culpar” o pai e fica tão zangada que corta mesmo relações com ele durante três anos. Durante este tempo, vive com a mãe e o irmão, Jonah, de aproximadamente 11 anos, em Nova Iorque. É uma jovem revoltada, com uma relação difícil com a mãe e com o irmão, não obedece a regras, está constantemente a ultrapassar os limites, envolve-se em conflitos, até teve um processo no tribunal por ter sido apanhada a roubar.
Passados três anos, a mãe decide que Ronnie e o irmão irão passar as ferias de Verão como pai. Como Ronnie ainda não atingiu a maioridade, teve que obedecer à mãe. Contudo, o seu ressentimento faz com que ela rejeite com rebeldia todas as tentativas de aproximação do pai, ameaçando antecipar o seu regresso a N.I. Steve, o pai, um homem com 48 anos, professor de piano, vivia sozinho e tentava reencontrar-se com Deus. Nutria um amor incondicional pelos filhos e nestas férias estava disposto a demonstrá-lo.
Ronnie, nesta sua fuga rebelde, conheceu os jovens mais marginais da terra e passava os dias e parte das noites fora de casa, respondia sempre com raiva ao pai e mostrava-se sempre contra as tentativas de aproximação do pai.
À medida que os dias foram passando, a beleza da terra, do mar, a calma do quotidiano, a gentileza e o amor do pai, a alegria que via no irmão e a aproximação a outros jovens permite a Ronnie apaixonar-se pela primeira vez e ir afrouxando as suas defesas para com o pai e para com o mundo.
Ronnie afasta-se dos jovens “marginais” e ajuda uma jovem do grupo de que se torna amiga. Vive toda a emoção e o encanto do primeiro amor com um jovem bonito, bem formado, desportista e reencontra-se, finalmente, com o pai, proporcionando-lhe a maior alegria da sua vida que era reconciliar-se e conhecer os filhos.
Steve, o pai, que já há algum tempo está doente, omitindo esse facto aos filhos, tem uma crise e vai para o hospital. Não podendo esconder mais a sua doença, Steve conta que tem cancro do estômago com metástases e que está em fase terminal. Explica aos filhos que não há nada a fazer e que é um homem feliz e que não tem medo de morrer, é um homem tranquilo e em paz.
Ronnie que se tornou, neste Verão, numa mulher corajosa, honesta e com muito amor para dar, decidiu ficar com o pai. Não o deixou ir para um lar, ficou com ele, ajudando-o neste período difícil e dando-lhe amor e companhia até à sua morte.
Quando o pai morreu, Ronnie foi para uma escola de música, que era o seu sonho desde criança. O namorado, que já andava há um ano na universidade, pediu transferência para a cidade onde esta estudava música e recomeçaram o namoro tão apaixonados como no início.
Palavras que considero belas:Amor, ajuda, coração, gentileza
Palavras que desconhecia o significado:Petardo - Tipo ruidoso de fogo-de-artifício; explosivo, bomba.
Esgalgados – magro como um galgo, escanzelado.
Tuta-e-meia – pouca coisa, pouco dinheiro, bagatela, quase nada.
Cornijas – Moldura sobreposta que forma saliência para a parte superior de uma parede, dum móvel, etc.
Frases mais marcantes:"Beijaram-se antes de retomarem o passeio."
"Neste momento não consigo lidar com isto, nem tão pouco, sou capaz de estar com uma pessoa em quem não confio."

Apreciação do leitor:
A Melodia do Adeus fez-me reflectir sobre a minha relação com os meus pais, a rebeldia inerente à adolescência e o sentido da vida. Aconselho esta leitura a qualquer jovem, porque, sendo a protagonista uma rapariga com 17 anos, qualquer um de nós se pode identificar com os seus sentimentos, emoções e experiências de vida.


Mariana Carrusca, 12º A3

Uma leitura de «Gente Singular», de Manuel Teixeira Gomes

Quem nunca viu o capote usado pelas mulheres algarvias e a volta que elas dão à ampla gola em redor da cabeça para fazer o que chamaram rebuço, quem nunca viu na rua ou igreja esses monstros apocalípticos não poderá julgar da propriedade com que eu, para mais desprevenido, capitulei as três estranhas aparições de ursos com tromba de elefante.


«Gente Singular»parece ser uma história pequena e de fácil leitura. Uma história singular tal como o título indica. Uma história muito pessoal.


Pedro Carneiro parte para o Algarve, segue por Beja, passa por Mértola, acaba por descer o Guadiana até à foz, Vila Real de Santo António. Por fim, chega ao destino esperado, Faro, onde tem alguém à sua espera cujo nome é Monsenhor Romualdo Simas. É recebido com o máximo respeito e valor.
Entra. A casa está acesa apenas à base de velas e são desligadas as lanternas. Este ambiente deve-se ao facto de a mãe, de Monsenhor Simas e das suas três irmãs, ter morrido naquele mesmo dia. Havia comida na mesa, mas não era possível ver quase nada com a fraca luminosidade. O corpo da morta estava num quarto onde as pessoas estavam a rezar e lamentar a triste morte. De repente, quando Pedro Monteiro e Monsenhor Simas estavam junto ao caixão, entram três pessoas mascaradas. Começam por andar à volta do caixão, fazem ruídos, gritam, saltam, pregam sustos com o intuito de acordar a morta. Três disfarces esses que eram a D. Faustina, a D. Sebastiana e a D. Prudência. Assustado com toda esta loucura, Pedro Monteiro pede a Monsenhor Simas que o leve ao quarto. Assim que chega ao quarto, dá por falta do seu baú. Os dois vão, então, buscar o baú que ainda continuava com o criado desde que chegara.
Era um baú pesadíssimo onde Pedro Monteiro dizia conter apenas roupa, mas Monsenhor Simas teimava que aquele peso todo não podia ser só roupa e obriga-o a abrir o baú. Nisto, Pedro desce as escadas a correr e vai à procura de outro local onde se hospedar. Durante toda a noite, anda pelas ruas de Faro, até que, já ao amanhecer, encontra uma hospedaria. Acomodou-se e dormiu. Acordou muitíssimo tarde e nisto chama o criado, afilhado de Monsenhor Simas, e pergunta-lhe pelo baú. Ao jantar, sentou-se ao lado de Dr. Ximenes, má-língua conhecido em Viana. Foi um jantar longo onde puderam até falar sobre o escrivão de Fazenda, um que veio para o Algarve acreditando que iria encontrar uma moura, visto que o Algarve é conhecido por uma das suas lendas, “a lenda da moura encantada” dos pescadores de Olhão. Depois do jantar, foi deitar-se. Escreveu uma carta ao tio a pedir transferência para o Minho.
No dia seguinte, foi à repartição onde foi friamente recebido. O escrivão não era uma pessoa muito afável. Via Pedro como um rival. Pedro saiu da hospedaria e viveu fugido durante uns meses. Aprendeu a pescar e ganhou gosto pela pesca. Um dia, aceitou o convite de Monsenhor Simas para o levar a conhecer as serras algarvias. Pararam em Estói, onde visitaram o palácio de Carvalhal. Almoçaram por lá. De seguida, seguiram para São Brás, onde praticamente a vegetação é nula. Fizeram uma leve refeição de carnes frias e regressaram à tarde para Faro, parando novamente em Estói.
Tempos depois, aceitou outro convite. Mas desta vez foram todos. A compostura de Monsenhor Simas e das suas manas era tão completa que se tornava difícil saber se tudo aquilo era realidade. Rapidamente reparou que algo de estranho e anormal se andava a tramar naquela casa. Todos os quatro irmãos se olhavam entre si com olhares estranhos. Algo que se passasse referia-se a obras no quintal, onde nunca mais levaram Pedro, dizendo que era “surpresa”, repetindo a palavra “momento” ou até “o que dirão?”. A princípio, podia dizer-se que parecia uma capela.
Em meados de Agosto, Pedro recebeu notícias do seu tio, dizendo que já era certa a sua transferência para Braga. Decidiu sair de Faro no último dia do mês.
No dia 29, às 15:00h, ficou de aparecer na festa de inauguração da tão falada obra. Estava presente, entre os convidados, o Vigário-Geral. Pedro Monteiro ficou sentado na mesa de D. Sebastiana que o repreendeu pelo atraso. Havia uma escultura colorida que representava a cabeça ensanguentada de São João Baptista dentro de um prato redondo. D. Sebastiana parecia muito inquieta. Foi de imediato perguntar se o Reverendo Padre queria o “cafezinho”. Este, com toda a ingenuidade, disse-lhe que sim. D. Sebastiana dirigiu-se então para o interior da casa, voltando minutos a seguir.
Pouco depois, os convidados foram visitar a cerca. D. Sebastiana muito graciosa ofereceu o braço ao Vigário. O Vigário dizia-se mal disposto. Aproximaram-se da construção, a qual estava pintada de cor-de-rosa. Todos queriam saber o que era. Uma capela? Um pombal?
Não. Era uma privada, uma casa de banho. O sistema “Dilúvio”. Ou por sugestão do local ou por qualquer outro motivo, via-se a cara do Vigário ficar amarela, verde e gritando: “ai, ai, ai que dor”, pondo as mãos na barriga. Levantando-lhe a batina e desabotoando as cuecas, D. Sebastiana sentou-o no buraco da retrete. Não havia meio de aquilo passar. As irmãs começaram a ficar nervosas, “Querem ver que foi de mais?”, e apenas pediam para que se chamasse um médico rápido. Veio a saber-se que tinham colocado tártaro no café para que fizesse o efeito necessário a se utilizar o sistema “Dilúvio”. O Vigário ficou em perigo de vida, mas ligava-se pouco a isso na cidade. Apesar de tudo, a cotação de Monsenhor Simas e das suas manas subiu na estima dos seus conterrâneos.

A leitura deste conto fez-me reflectir sobre a ansiedade das pessoas em quererem muito uma coisa e as acções darem para o lado oposto. As coisas nem sempre correm como esperamos e, por vezes, acontece mesmo aquilo que não queremos.

Tatiana Cardoso Nascimento, 12º A1

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma leitura de «Juntos ao luar», de Nicholas Sparks


O livro que acabei de ler tem como título Juntos ao Luar. Na sua capa, tem ilustrado três cavalos cavalgando livremente num campo plano com luz do pôr-do-sol ou luz da lua cheia. Na sua contracapa, encontra-se a mesma imagem dos cavalos, mas num plano maior.

Nicholas Sparks, autor deste livro, conta em todos eles romances fictícios. Em cada livro, existe um casal apaixonado, uma das suas personagens tem uma doença e no final das suas histórias alguém acaba por falecer.

Nicholas Sparks nasceu no dia 31 de Dezembro de 1965, em Omaha, Nebraska, América do Norte. Nicholas viveu a sua juventude em Fair Oaks, na Califórnia e vive actualmente na Carolina do Norte com a família. Foi premiado com uma bolsa de estudos da Universidade de Notre Dame pelos seus excelentes resultados e, em 1988, licencia-se em Economia. Curiosamente, o seu sonho era tornar-se atleta de alta competição, sonho de que teria de abdicar devido a um grave acidente. Iniciou-se a escrever enquanto trabalhava como delegado de informação médica e, mais tarde, surge Theresa Park, agente literária, que se propôs representá-lo, vendendo os direitos do seu primeiro romance, Diário da Nossa Paixão, à Warner Books.


Juntos ao Luar conta-nos uma história romântica entre dois adolescentes, John e Savannah, que têm estilos de vida muito diferentes mas que acabam por se cruzar. E, à medida que se vão conhecendo, vão-se apaixonando dia após dia. John é um jovem incompreendido sem uma familiar que possa fazer ultrapassar os seus medos, as suas incertezas e as suas dúvidas normais de um adolescente. É, também, um rapaz que não se interessa muito pela vida, não se preocupa com o que possa vir a acontecer amanhã e não tem qualquer objectivo. Mas, um dia, resolve fazer com que o seu pai tenha orgulho nele, alistando-se no serviço militar.
Savannah, pelo contrário, é uma jovem que se interessa pelo futuro e ajuda os que mais precisam. É uma óptima amiga para todos que se encontram mais próximos. Porém, tinha acabado de sair de uma relação que tinha marcado a sua personalidade. Apesar de os dois serem diferentes, encaixam-se na perfeição e não é só por acaso que os opostos se atraem. John traz para a vida de Savannah um pouco de aventura que tem na sua vida e a Savannah fá-lo conhecer uma parte da vida mais séria que ele desconhecia. Então, descobrem-se e ajudam-se um ao outro, dizendo segredos e medos para ultrapassar as barreiras da vida.
Com o convívio que John vai tendo com Savannah, acaba por descobrir que o seu desinteresse pelo seu pai vinha por este ser portador de uma doença (Síndrome de Asperger). Essa doença leva o pai a não ter muitos assuntos para falar a não ser sobre a sua paixão pela colecção de moedas, o que faz com que John o comece a amar e a compreender. Mas, nem tudo tem de ser bom, porque John tem de voltar para a sua carreira militar e Savannah à sua rotina diária. No entanto, prometem esperar um pelo outro, até que John consiga a transferência para voltar a ficar perto de Savannah. Entretanto, trocam cartas e telefonemas.
Mas, a distância entre eles foi muito má, pondo em perigo o namoro.Quando estava a aproximar-se a data de poder voltar a ver Savannah, acontece o infeliz acidente do 11 de Setembro, o que fez o seu namoro ficar por um fio. Ele não voltaria tão cedo para perto de Savannah porque tinha sido destacado para o Iraque, e ela teria de continuar a sua vida. Uma última carta traz o fim desta história de namoro. Nada poderia voltar a ser o que era, porque Savannah tinha acabado de encontrar um outro amor.
Alguns anos depois, John volta para enterrar o seu pai. Savannah tinha-se casado com um amigo de infância que também era amigo de John. Ela estava igual, com a mesma beleza e com o mesmo brilho. Quando se encontraram, perceberam que ainda se amavam. Agora a vida de Savannah era cuidar da sua fundação para crianças com deficiência e cuidar do seu marido que era portador de um cancro de pele, um vida com dores mas compensadora pelo carinho e pela pessoa que era o seu marido. Apesar de pensarem que tudo poderia a voltar o que era, John não poderia autorizar a separação do casal. E entre ficar com a mulher da sua vida e permitir um resto de uma vida feliz ao seu amigo, John escolhe a segunda.
Entre a sobrevivência de um amor a uma distância e tempos longos, entre partidas do destino, tomam-se escolha que marcam a vida. No final da história o amor acaba sempre por ganhar.

Um momento narrativo que acabou por me cativar mais neste livro, foi a parte em que John e Savannah se encontram juntos a ver a lua cheia. Esta parecia-lhes tão grande e tão bela que acabam por se marcar na lua para se lembrarem um do outro quando observassem a lua, em qualquer parte onde estivessem. É este momento que me cativa mais por ser bastante romântico e por ser um fenómeno que acaba mesmo por existir em todo o lado e fazer-nos lembrar alguém especial de cada vez que vemos a Lua.
Nicholas Sparks tem uma escrita bastante cativante que nos leva a querer saber sempre o que vem a seguir. Talvez pela sua simplicidade na escrita, usando o sonho presente na sua mente e depois pondo magia nas suas palavras. É simplesmente espectacular.
Esta obra tem uma grande relevância para mim, porque é um tipo de livro que não acaba com “felizes para sempre”. A vida real não é bem assim, e eu dou valor a esses livros que podem vir a ser comparados com a vida real de alguém que conhecemos.

SPARKS, Nicholas, Juntos ao Luar, trad. de Alice Rocha, 14ª ed., Editorial Presença, Lisboa, 2006, 263 p. (Grandes Narrativas, 335)

Ricardo Mascarenhas, 12º A2