BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Comentário a um filme:Denise telefona /Denise Calls Up

Denise telefona /Denise Calls Up

Comédia EUA

Duração - 80’

Trata-se de um filme de 1995, assinado por Hal Salwen (realização e argumento) e com interpretação de Caroleen Feeney, Dan Gunther, Dane Wheeler-Nicholson e Timothy Daly, entre outros.

Denise telefona conta a história de um grupo de amigos nova-iorquinos, que trabalham através do seu PC e vivem demasiadamente ocupados para se encontrarem pessoalmente, acabando por comunicar apenas por telefone e fax...

Gale, Frank, Barbara, Jerry, Linda, Martin e Denise são todos trintões solteirões... mantêm, entre si, laços de afecto, confiam uns nos outros, seduzem-se, abandonam-se, vivem, nascem e morrem... ao telefone!...

Vivem todos estes momentos com intensidade, com emoção, mas sempre ao telefone... e agarrados ao seu PC!...

O filme pretende ser uma caricatura daquilo que é a tendência da sociedade actual, altamente tecnológica, supostamente com comunicação facilitada e paradoxalmente algo alienante; na era das tecnologias, em que coexistem imensos recursos de comunicação, falta tempo... falta ar puro... falta mar... falta um pouco de atitude contemplativa... a quem vive, 24 horas sobre 24, dentro de quatro paredes, a consumir magnetismo...

A única personagem que representa a contra-corrente, a que tenta sempre, é Denise, curiosamente a única que é filmada no espaço exterior...

Não obstante, Denise não é considerada protagonista do filme; antes, porém, é todo aquele colectivo que protagoniza o enredo e dá corpo à história.

Na opinião dos alunos, «é um filme risível (dizem uns), ridículo (dizem outros), saturante (adiantam ainda outros)...

[Embora se tivessem fartado de rir ao longo da exibição!...]

Epítetos que foram trabalhados na sessão de exploração, ocorrida a 11 de Outubro, dinamizada pela professora Edite Azevedo, que prontamente acedeu ao nosso convite e a quem manifestamos o nosso grato reconhecimento pela sua magnífica colaboração.
A professora Maria Teresa Afonso

Curso de Técnico Administrativo, 1º ano
Área Disciplinar - Sociedade, Tecnologia e Ciência
Unidade de Formação de Curta Duração ( UFCD) , TIC
EFA
Professores: Cristina Castilho, Nuno Rodrigues e Maria Teresa Afonso


Ficha Técnica

Frank TIM DALEY; Barbara CAROLEEN FEENEY; Martin DAN GUNTHER; Gale DANA WHEELER NICHOLSON; Jerry LIEV SCHREIBER; Linda AIDA TURTURRO; Denise ALANNA UBACH; Sharon SYLVIA MILES



Realização e Argumento HAL SALWEN; Director de Fotografia MICHAEL MAYERS; Décors SUSAN BOLLES; Montagem GARY SHARFIN; Música LYNN GELLER; Produtor J.TODD HARRIS; Produção DAVIS ENTERTAINEMENT & SKYLINE ENTERTAINEMENT PARTNERS; EUA 1995

Obs: Este DVD faz parte da colecção da nossa biblioteca e pode ser requsitado para exploração em contexto de sala de aula.



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Visita ao Pavilhão do Conhecimento, Centro de Ciência Viva, Lisboa

A turma do 10.ºA2 recebeu um convite inesperado, vindo do Pavilhão do Conhecimento, Centro de Ciência Viva, de Lisboa.
No dia 25 de Novembro deveriam acompanhar, juntamente com os seus professores e Director da Escola, o aluno Carlos Teixeira, na recepção do prémio que este vencera na grande final europeia do concurso de vídeos TIME for NANO. Imediatamente todos aderiram!

Garantida a disponibilização do autocarro, por parte do Município, projectou-se um bom aproveitamento do dia. Nessa semana, SEMANA C&T 2010, a ciência e a tecnologia estavam na ordem do dia e por isso a turma participou na construção de robôs, a partir de Kits NXT da Lego, e envolveu-se, entusiasticamente, nas propostas dos monitores do Instituto Superior de Robótica de Coimbra, que orientavam o workshop.



De seguida, professora e alunos dirigiram-se ao auditório onde o Carlos iria receber o seu prémio. Aí, vir-se-ia a visionar os 2º e 3º Prémios e constatar-se-ia a enorme simplicidade, mas também a extraordinária criatividade do vídeo concebido, entre tantos participantes europeus, pelo nosso representante. Assim, na presença do Director da Escola, foram proferidas palavras de reconhecimento do valor do trabalho apresentado a concurso e de incentivo aos jovens cientistas, para que abracem desafios como estes. E a nossa escola também ganhou um prémio - um kit de nanotecnologia.

Existiam ainda muitas propostas aliciantes. O percurso pela sala interactiva Explora foi um desafio divertido e de partilha de descobertas, sobre fenómenos do dia-a-dia, mas perspectivados de um modo universal e científico.

E a exposição "SEXO...E ENTÃO?!"foi vivida num espírito de brincadeira e divertimento, ao mesmo tempo que iam absorvendo a informação que era transmitida. De destacar o aspecto gráfico desta exposição que nos seus variegados efeitos cromático e luminoso, bem como nos bonecos escolhidos para representarem os seres humanos, nos atrai de imediato e nos deixa uma sensação de alegria e doçura.

Ainda passeamos pela Exposição Amazónia Expedição, mas o relógio indicava-nos o fim de um dia, em Lisboa, muito bem passado. O exemplo do Carlos foi muito estimulante e todos reconhecemos as vantagens do Saber.

Profª Maria Alberta Fitas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

BM : Audição comentada de CHOPIN, por João Miguel Cunha



Aceitem a nossa sugestão de ocupação de uma hora do vosso tempo livre este fim-de-semana:
Sábado, 27 de Novembro, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, pelas 17:00h,   João Miguel Cunha irá guiar a assistência  na audição do compositor Fréderic Chopin, "O poeta do piano".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia Internacional da Filosofia 2010 - Reflexão sobre uma questão relacionada com a Ética

Este ano, o desafio lançado pela Associação de Professores de Filosofia parte da questão « Que nos convém: prazer ou dever?, no âmbito da ética. A professora Alberta Fitas e os seus alunos das turmas A1, A2 e E, do décimo ano, requisitaram sessões de trabalho na nossa biblioteca e estão a produzir trabalhos sobre esse assunto.

A colecção que temos para uso dos nossos utilizadores tem várias obras sobre a Ética. Aqui damos destaque a três:
RACHELS, Jacques ( 2004)  Elementos de Filosofia Moral, Lisboa: Gradiva


«Um dos aspectos mais inovadores da obra é a integração de diversos problemas de ética aplicada, como a eutanásia ou os direitos dos animais, para ilustrar os problemas e teorias estudados. O leitor compreenderá assim a pertinência das teorias de Kant, Hobbes, Mill, Hume, Aristóteles, Anscombe e tantos outros dos filósofos estudados. »








                           SINGER, Peter ( 2000) Ética Prática. Lisboa: Gradiva
«Esta obra - clara, informada e muito bem argumentada - enfrenta alguns dos grandes desafios éticos do nosso tempo. Trata-se dos desafios éticos impostos pela fome no mundo, pelo equilíbrio ecológico do planeta, pela exigência de igualdade e pela moderna ciência médica, entre outros.»


SINGER, Peter ( 2004) Um só mundo: a ética da globalização. Lisboa: Gradiva
«O livro trata quatro grandes questões mundiais: as alterações climáticas, o papel da Organização Mundial do Comércio, os direitos humanos e a intervenção com fins humanitários, e a ajuda externa. Singer aborda cada uma destas questões fundamentais de uma perspectiva ética e apresenta alternativas à abordagem estadocêntrica que caracteriza actualmente a teoria e as relações internacionais.»
                                                              

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dia Internacional da Filosofia - 18 de Nov. 2010

Como noticiámos no início da semana, hoje celebra-se o Dia Internacional da Filosofia. As turmas A1, A2 e E, do 10º ano, orientadas pela professora Alberta Fitas, reservaram a Biblioteca para desenvolver a proposta de trabalho lançada pela Associação de Professores de Filosofia: uma reflexão sobre os critérios de apreciação da moralidade dos actos humanos.

Por dentro do episódio a «A Espinha Dorsal da Noite», de Carl Sagan

Motivadas pela professora de filosofia Maria Alberta Fitas, as alunas Kristina e Marta, 10º , conceberam a seguinte reflexão sobre o episódio «A Espinha Dorsal da Noite», de Carl Sagan:


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cosmos, de Carl Sagan


Eis uma boa sugestão de leitura que poderás requisitar para empréstimo domiciliário: Cosmos, Carl Sagan.
«Mostrando como a ciência e a civilização cresceram juntas, Cosmos é a história duma longa aventura de descoberta, a história dos homens e das forças que contribuíram para a edificação da ciência moderna»
in contracapa de
SAGAN, Carl, Cosmos, Lisboa: Gradiva, 1984 ( Ciência Aberta; 5)

Por dentro do episódio do Cosmos, «A Espinha Dorsal da Noite»















Comentário referente ao episódio da série Cosmos, “A Espinha Dorsal da Noite”, de Carl Sagan


A relação que vejo entre o vídeo a que assisti e os conteúdos dados na disciplina de Filosofia é grande. Carl Sagan diz que durante toda a nossa vida, desde o nosso primeiro batimento cardíaco até ao último suspiro, vamos evoluindo.
Podemos, com isto, estabelecer de imediato uma relação com a Filosofia. A Filosofia e, nomeadamente, os filósofos rejeitam a presunção de saber antes de começar a filosofar, tal como a criança, que ainda se encontrava em relativa ignorância do que era realmente o Mundo lá fora (ex: o local onde vivia o autor). Toda a Filosofia se baseia em interrogações (que podemos relacionar com as questões da criança) e que procura uma resposta coerente e com argumentos sólidos para a questão (tal como o jovem, que não descansaria até obter uma resposta com sentido).
Colocar questões é tão natural como respirar... Mas como teria sido a época em que a Ciência ainda não tinha respondido a muitas questões para as quais hoje já temos respostas?
Assim como no campo filosófico, na altura em que muitas questões não tinham resposta, havia várias interpretações quanto ao que eram estrelas (exemplos: chamas que eram acesas para lá do céu e que nós observávamos; gotas do leite da deusa Hera que iluminavam os céus.), também na Filosofia há várias análises e argumentações referentes ao mesmo problema (radicalidade e autonomia filosófica).


Há 25 séculos, em terras gregas, algo de novo aconteceu. Parece que todos começaram a sentir uma necessidade insaciável de obter respostas e certezas para tudo aquilo que mais os intrigava, parecia que o acto de entender todas as coisas que os rodeava era vida! Terá sido nesta altura que ocorreu a transição do Caos para o Cosmos, nomeadamente, de um universo organizado pelos deuses para um universo ordenado, com uma natureza regular e não totalmente imprevisível que originava a descoberta de factos. O Universo era compreensível!
Toda esta concepção do Mundo terá surgido na Grécia, visto ser um local isolado que não se cingia a ideias fixas e que permitia um pensamento livre. Assim é a Filosofia, uma actividade que não se baseia em algo pré-concebido, mas sim na observação e num pensamento próprio, com uma problematização inerente. A Grécia, um local de cruzamento de culturas devido à sua posição geográfica, gera uma variedade de línguas, ideias e pessoas, que obviamente resulta em Filosofia e consequentes questões filosóficas.
Foi há mais de 20 séculos que o conhecimento “desabrochou” na Grécia. Neste episódio, observam-se imensos casos como o de Tales de Mileto (que acreditava que o Mundo já fora um único mar e que a terra seca se devia a algo parecido à sedimentação), o de Anaximandro (o primeiro homem a realizar uma experiência), o de Empédocles (que se debateu com o enchimento e esvaziamento da clepsidra e descobriu o ar), o de Demócrito (que afirmava que toda a matéria era formada por átomos) e o de Pitágoras (que terá afirmado que a Terra é redonda e terá desenvolvido o famoso teorema). Mas Pitágoras dizia que as leis naturais podem ser desvendadas pelo pensamento puro, baseando-se apenas na observação sem qualquer experimentação...
Por todas as descobertas referidas anteriormente, e porque daquilo que eu sei todos eles são filósofos, podemos concluir que a Ciência e a Filosofia estão relacionadas, que obtêm respostas semelhantes, mas usam métodos diferentes até chegar a uma resposta.
Mas, afinal, qual é o método correcto? Poderá haver aqui alguma diferença? Mas, serão Ciência e Filosofia o mesmo? Será a Filosofia uma ciência?
Qualquer Ciência (Física, Biologia, Matemática, entre outras) inicia-se como Filosofia, visto que há uma sistemática curiosidade e problematização acerca de questões que normalmente não valorizamos. Logo por isto, podemos dizer que a Filosofia é uma ciência, mas num campo diferente do que a Geologia, a Química, a Geometria (que são ciências exactas), uma ciência humana.
Também percebemos que a ciência é a designação que se reserva para o que pode ser demonstrado com recurso a cálculos e experiências, para o saber que nos dá uma resposta precisa. Já a Filosofia dependendo também do pensamento humano, vive da argumentação logo, é considerada uma ciência humana.
Quem somos? Onde estamos? De onde viemos? Para onde vamos? Serão as questões que, geração após geração, surgirão para permitir uma descoberta ainda mais profunda do nosso Cosmos, do nosso amanhã... É nisto que a Filosofia e a Ciência se baseiam. Em algo por descobrir e em descobrir algo...


Carlos Moura Pereira Lucas Teixeira, nº4 do 10ºA2


FILOSOFIA – 10º Ano. Profª. Maria Alberta Fitas

terça-feira, 16 de novembro de 2010

«A Espinha Dorsal da Noite», de Carl Sagan


A nossa Biblioteca tem à disposição dos seus utilizadores toda a série Cosmos, de Carl Sagan, agora em suporte DVD.

Ocupa os teus tempos livres de forma proveitosa.

O episódio «A Espinha Dorsal da Noite» já se encontra disponível na Internet numa versão dobrada em português do Brasil:

Por dentro do episódio do Cosmos «A Espinha Dorsal da Noite», de Carl Sagan

Numa das aulas de Filosofia da professora Maria Alberta Fitas foi visionado o episódio 7 da série Cosmos, de Carl Sagan. Eis uma das reflexões sobre essa actividade lectiva:



Sob o meu ponto de vista, o que achei mais importante do filme «A Espinha Dorsal da Noite», de Carl Sagan, foi:

A pergunta que o narrador faz logo de início é "O que são estrelas?", algo que o intrigou desde pequeno. Como não o intrigou só a ele mas a todas as crianças, o narrador conclui que todo o ser humano nasce com vontade de saber.

Apesar de não ter encontrado facilmente a resposta, considera-se sortudo. Vive numa época em que é possível encontrar respostas para estas perguntas, obtendo-as através de diversos meios, quer práticos, quer teóricos.

Há muitos anos, no tempo dos primeiros homens, a mesma pergunta teria sido feita, o que permite concluir que ao longo dos séculos o Homem manteve a sua inteligência e curiosidade. Nesse tempo não havia como explicar certos fenómenos, por isso a partir do que conheciam faziam analogias e comparações e arranjavam respostas/soluções para os explicar, e assim, a partir desta maneira de pensar, surgiram os deuses como responsáveis por todo o Bem ou Mal que acontecia.

Anos mais tarde, apareceram homens capazes de explicar com lógica os fenómenos da Natureza - os cientistas.

Um deles, Demócrito, descobriu coisas muito importantes como os átomos e a força do ar, esta última que parecia tão óbvia - o ar - foi descoberto realmente, por isso é importante descobrir o óbvio. Mas, como era de uma cidade que na altura era motivo de anedotas, nunca foi levado muito a sério. Logo, não importa o que façamos, pois estaremos sempre condicionados pelas nossas origens.

Estes homens contradiziam o que era então considerado correcto, por isso foram perseguidos e muitas vezes mortos. Quem tem o poder, o seu maior medo é ser contraditado por alguém bem suportado.

Descobrir o Universo e saber o que são estrelas é muito mais que isso. Imaginar uma galáxia, desta escolher uma estrela, depois observar um planeta e olhar para uma forma de vida é estarmos a olhar para nós. Descobrir o Universo é descobrirmo-nos a nós próprios. O Homem é parte do Universo. O Homem é um microcosmos.

Ricardo Rolim
10º A2

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dia Internacional da Filosofia - 18 de Novembro de 2010


Esta semana celebra-se o Dia Internacional da Filosofia, promovido anualmente na terceira quinta-feira do mês de Novembro. Essa data foi instituída pela UNESCO, desde 2002, ciente da importância que o questionamento filosófico assume para o diálogo entre os povos, onde cada um se deverá sentir livre de participar, segundo as suas convicções, em qualquer lugar, contribuindo para a progressiva tomada de consciência da nossa comunidade de condição: a humanidade.
A Associação de Professsores de Filosofia todos os anos selecciona um tema que deverá ser objecto de reflexão e de trabalho pelos alunos e professores que aderem a esta iniciativa . Para 2010, a proposta é um debate em torno dos fundamentos da ética. Mais dados sobre este assunto podem ser obtidos pela consulta do site da APF:http://www.apfilosofia.org/DIA%20DA%20FILOSOFIA_2010/index.htm
Para a nossa escola, estão programadas diversas actividades, uma delas é dedicar todas as publicações da corrente semana deste Biblioblogue a essa área do saber.
A professora Maria Alberta Fitas e os seus alunos têm-nos enviado os seus trabalhos mais bem conseguidos até ao momento. Aqui os deixaremos para vossa apreciação e incentivo aos alunos e professora para que continuem, com gosto e empenho, o seu trabalho.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


António Ramalho Eanes, ex-presidente da República Portuguesa, compilou na obra Os poemas da minha vida (2006), um poema de Vasco Cabral, natural da Guiné-Bissau. Temos essa obra em destaque no nosso espaço e por considerarmos também que é um poema muito belo, aqui o transcrevemos:



O último adeus dum combatente




Naquela tarde em que eu parti e tu ficaste
sentimos, fundo, os dois a mágoa da saudade.
Por ver-te as lágrimas sangraram de verdade
sofri na alma um amargor quando choraste.

Ao despedir-me eu trouxe a dor que tu levaste!
Nem só teu amor me traz a felicidade.
Quando parti foi por amar a Humanidade.
Sim! Foi por isso que eu parti e tu ficaste!

Mas se pensares que eu não parti e a mim te deste
será a dor e a tristeza de perder-me
unicamente um pesadelo que tiveste.

Mas se jamais do teu amor posso esquecer-me
e se fui eu aquele a quem tu mais quiseste
que eu conserve em ti a esperança de rever-me!

Vasco Cabral, A Luta É a Minha Primavera




Nós e os outros - Guiné-Bissau

(postal da Gunié-Bissau nos anos 60, cedido pela assistente Silvina Rios)


De uma das obras da nossa colecção sobre a Guiné-Bissau, Literatura na Guiné-Bissau (1997), de Aldónio Gomes e Fernanda Cavacas, seleccionámos o seguinte poema:







Menino de criaçon



Amassando o barro vermelho
nas bolanhas de Bandim
para mais um carnaval
que há-de vir
Desvirgindando as lalas da tchada
no sobe
e desce
aos mangais
e cajueiros
é Djondjon «menino de criaçon»
Nunca teve berço
já sobreviveu um terço
da vida que não tem.
Ei-lo nos becos da cidade
esquivando-se ao cassetete
ou livrando-se lesto ao tabefe
factura de mil traquinices
Ziguezagueia pelos cantos
enquanto aguarda
uma tigela de cuntango
que se não aparece
é na cabaça da tia Mandjendja
o banquete que apetece…
E depois, a corrida
mais uma esquivadela
Djondjon – menino de criaçon
não tem criação
Aí vai ele
corre solto e liberto
faz da vida
um carnaval de gargalhada
que dói na alma.





António Soares Lopes, in O Eco do Pranto

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nós e os outros - Guiné-Bissau

Com a participação de diversos elementos da nossa comunidade educativa, a nossa exposição sobre um dos países do mundo lusófono, a Guiné-Bissau, vai-se enriquecimento.

Esta semana integrámos na nossa mesa de destaques duas estatuetas em madeira de um casal africano, gentilmente cedido pela assistente operacional Cidália Ferreira. A pesquisa ao nosso catálogo também nos revelou que temos mais obras sobre este país do que inicialmente julgávamos.

Visite-nos! O nosso espaço está em contínua actualização.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Nós e os outros - Guiné-Bissau

No âmbito do projecto «Nós e os outros - o mundo lusófono», que já aqui noticiámos, temos agora algumas imagens da exposição que está a decorrer durante o mês de Novembro: GUINÉ-BISSAU.


Na mesa de destaques, e também noutros recantos da BE, temos diversos livros da nossa colecção que se dedicam à história, cultura e literatura deste país lusófono.

De entre a nossa população escolar, a Leontina Djedjo, aluna do 10º A1, acedeu a ser fotografa e já emprestou uma peça de arte do seu país para figurar na exposição.


A assistente operacional da BE, Silvina Rios, cedeu também uma imagem de uma santa esculpida em madeira e adquirida em Guiné-Bissau.



Se tem algum objecto, foto ou livro sobre a Guiné, ceda-o por um mês para completar a nossa exposição.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Manifesto Terra Mãe

Para a conclusão do trabalho «A Terra é um planeta vivo». o grupo de trabalho do 10º A2, já mencionado nas duas mensagens anteriores, seleccionou um excerto da declaração do Chefe índio de Seattle, proferida em 1854. Esse discurso é considerado uma das declarações mais clarividentes sobre o meio ambiente.

Reflexão - "Manifesto Terra Mãe" from CMTeix on Vimeo.



Grupo de trabalho: Beatriz Tavares, Carlos Teixeira, Carolina Freire e Mariana Carlota
Ano: 10º
Turma : A2
Professora: Augusta Carvalho

Lovelock e a hipótese Gaia

O grupo de trabalho formado pelos alunos Beatriz Tavares, Carlos Teixeira, Carolina Freire e Mariana Carlota (10º A2) apresentam, nesta parte do seu trabalho orientado pela professora Augusta Carvalho, o cientista James Lovelock e a sua hipótese Gaia. Segundo Lovelock, a Terra é um ser vivo capaz de automanter-se, sendo a biodiversidade a sua característica indispensável para tal.


Lovelock e a Hipótese Gaia from CMTeix on Vimeo.

James Lovelock convocado por um grupo de alunos do 10º A2

Na disciplina de Biologia e Geologia, em articulação com a unidade «A Terra, um planeta muito especial», a professora Augusta Carvalho lançou um desafio aos seus alunos da turma A2.
Eis a introdução de um dos trabalhos resultantes da pesquisa sobre a teoria de James Lovelock,
«A Terra é um planeta vivo.»

Mensagem de James Lovelock from CMTeix on Vimeo.



Trabalho realizado por: Beatriz Tavares, Carlos Teixeira, Carolina Freire e Mariana Carlota, 10º A2

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nós e os outros - O mundo lusófono


«Nós e os outros» é o tema aglutinador proposto pelo Conselho de Escola para o ano de 2010 /2011. Por isso , entre outras actividades, a Biblioteca propôs ser um dos elementos dinamizadores do subtema «o mundo lusófono».
Delineámos dois objectivos:


- Reconhecer a importância do uso de uma língua comum no estreitar de laços entre nações;

- Divulgar a literatura, a música e a cultura do mundo lusófono.

Assim, cada um dos países lusófonos terá um mês dedicado à divulgação da sua cultura.