O livro que estou a ler intitula-se: Querida comprei um Zoo. Apresenta uma capa bastante apelativa, com a imagem de um tigre bebé e o título da obra escrito numa placa de madeira, dando a ideia de uma chapa com o nome do Zoo. A contracapa não fica atrás no que diz respeito à criatividade, utilizando diversos animais como forma de apelar a todos aqueles que gostam destes fantásticos seres. Nas oito páginas a meio do livro, são apresentadas variadas ilustrações dos seres que constituem o Zoo e de alguns daqueles que contribuíram para a reabertura do mesmo.
Benjamin Mee é o autor deste livro e antigo decorador, que iniciou os seus estudos sobre a inteligência animal num curso de Psicologia na University College London, tirando em seguida um mestrado em Jornalismo Científico no Imperial College. Tornou-se, mais tarde, editor da uma revista Men´s Health e colunista do Guardian. Seguiu-se a aventura do zoo e o aparecimento deste fantástico livro.
Esta obra retrata a história verídica de uma família, residente em França, que deixou tudo para reconstruir um Zoo degradado, em Dartmoor, Inglaterra. Trata-se de um relato comovente de uma história de vida diferente, real e batalhadora, tanto atingida pela tragédia, como por sonhos e objectivos.Em 2005, a notícia de que o Parque de Vida Selvagem de Dartmoor ou encontrava rapidamente comprador ou encerraria veio dar novo rumo a esta família. Em Outubro do ano seguinte, Benjamin Mee e a sua família venderam tudo o que tinham das suas novas vidas de sonho, em França, e mudaram-se para o jardim zoológico degradado. O trabalho foi árduo desde o primeiro dia, assumindo responsabilidade por uma colecção de animais, simultaneamente com as responsabilidades igualmente avassaladoras da gestão do pessoal e das finanças do parque. Assim, iniciaram o percurso de uma vida de novos desafios e recompensas inesperadas. Porém, uma tragédia abate-se sobre toda a família. Katherine, sua mulher, depois de sobreviver a um tumor cerebral, recomeça a sentir os sintomas da sua doença, tornando-a, em determinado ponto, incapacitada a todos os níveis. É desta forma que Benjamim se vê com mais uma tarefa, a acrescentar ao seu agitado dia-a-dia, parecendo que a cada dia a tarefa de reabertura, se tornava mais complicada. A morte de Katherine trouxe desânimo para ir com o projecto para a frente, mas todos sabiam que o momento em que se encontravam era fulcral para o projecto e que tinham um objectivo a alcançar.
A personagem que mais me cativou foi, sem dúvida, Benjamim, pela sua persistência e inteligência para lidar com certas situações. Contudo, Katherine não lhe fica atrás no que diz respeito à força que mostra ter em todas as situações por que passa, até à sua morte.
A obra apresenta parágrafos relativamente curtos, intercalando discurso indirecto com o directo. O estilo de escrita do autor é simples, e ao mesmo tempo cuidado, possibilitando uma leitura fácil e bastante perceptível.
Na minha opinião, todos os livros que se lêem contribuem para aumentar a nossa cultura geral. Contudo, apenas alguns conseguem que sintamos prazer em lê-los. Neste caso, confesso que no início achei que o livro estava a ficar um pouco aquém das minhas expectativas, porém, com o desenrolar da história, a minha posição como leitora alterou-se. Apesar de ter gostado bastante desta obra, achei que, em certos casos, o autor poderia ter abordado o assunto de outra forma.
MEE, Benjamin, Querida Comprei um Zoo, tradução de Renato Carreira, 1ª ed., Casa das Letras, LISBOA, 2009, 272 p.
JOANA PEREIRA, 12º A2
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