BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

domingo, 19 de julho de 2009

Aos amigos


Surgimos aqui e acolá sem saber o que são emoções, reacções, sentimentos, cheiros e tudo o que nos rodeia. Após começarmos a tentar compreender tudo à nossa volta, iniciamos uma subida a todos os céus. Subimos com a expectativa de nunca vir a conhecer o sabor da queda. Conhecemos mundos alheios que são postos à disposição de um simples e ternurento sorriso. Aproveitamos todos os momentos e mais alguns para chegar ao cume mais alto de nós próprios: a felicidade em estado bruto.
São esses os momentos que nos diferenciam de todos os outros, por muito parecidos que sejam. Aproveitamos as cores do arco-íris, o cheiro das flores, a textura dos alimentos e a frescura da água para nos sentirmos bem connosco próprios.
Mas, no entanto, necessitamos do aconchego daquele abraço caloroso de um amigo num momento em que as palavras não conseguem atravessar a traqueia.
Somos aquilo que quisermos ser, desde que não nos falte o abraço, a palavra, o momento, o sentimento e o sorriso de um amigo. Com este mesmo amigo voamos por céus abandonados, corremos por caminhos incertos e nadamos em águas nunca exploradas.
Sentimentos superiores à amizade existem mas é este que nos fortalece por dentro e tem o poder de nos tornar pessoas mais propícias ao carinho, sem estar implícita uma relação amorosa.

Por isso dedico este retalho de nada àqueles que são especiais e que me prendem no seu mundo pelos momentos, pelas palavras, pelos sorrisos, pelas caras feias e pela amizade que transmitem não só em momentos melancólicos mas em todos os momentos.
Obrigada.

SORAIA LÁZARO

Visita de Estudo à Igreja de Santa Maria e ao Convento da Graça

No dia 21 de Maio, a turma de Técnicos de Multimédia, 1º ano, efectuou uma visita de estudo à Igreja de Santa Maria e ao Convento da Graça.

Com a presença de um guia, percorremos a Igreja de Santa Maria. Esta é a Igreja matriz da cidade de Tavira. Igreja que terá sido construída no séc. XIII, quando a cidade foi conquistada aos mouros, por D. Paio Peres Correia, e que se diz que foi construída para substituir uma mesquita árabe. Sendo o gótico o seu estilo original, também se pode visualizar o estilo manuelino no seu interior.
Esta Igreja foi abalada por um terramoto em 1755 que a destruiu parcialmente, apenas sobrando uma janela de influência árabe e talvez a torre sineira. Tem um dos portões mais belos do estilo gótico e também podemos observar na fachada vários elementos da época.
O interior da igreja é constituído por três naves, tem a capela-mor onde se encontram os túmulos dos sete cavaleiros da Ordem de Santiago e do grande Dom Paio Peres Correia que estiveram muito ligados à reconquista da cidade aos mouros. Por isso, esta igreja é tão mítica. Guarda um passado muito vasto da história desta pequena cidade de Tavira.
Esta Igreja tem várias capelas de origem manuelina, com azulejos do século XVII. Pode verificar-se uma decoração muito rica em painéis de azulejos e uma imagem de Nossa Senhora, do século XVIII.
Estivemos na zona onde o padre se prepara para a missa e onde estão os túmulos dos sete cavaleiros e de Dom Paio Peres Correia. Segundo o guia, ainda se desconhece se este herói de Tavira foi mesmo enterrado na nossa cidade. Suspeita-se que foi enterrado em Espanha. Mas, segundo o guia, o grande sonho de Dom Paio Peres Correia era ser sepultado em Tavira. Assim, continua o mito.
Ficámos a saber muito sobre a história desta Igreja que desconhecíamos e a importância que esta igreja tem para Tavira, porque retrata uma história da conquista de Tavira aos Mouros.
Na nossa visita ao Convento da Graça, fomos acompanhados por uma guia, que nos mostrou um antigo bairro, situado debaixo do Convento.
O convento, situado na parte histórica da cidade, destaca-se pela sua arquitectura. Aí situando-se até ao séc. XV a judiaria. Passaram por este convento muitos outros órgãos, o último foi uma unidade militar. Na passagem para a ENATUR, permitiu-se a exploração arqueológica.

Conclusão
Com este trabalho ficámos na posse de informações sobre dois monumentos históricos de Tavira, que são obviamente monumentos históricos nacionais.
Não sabíamos que estes monumentos retratavam uma história de guerra que teve sucesso para os portugueses.
Gostámos muito desta visita e esperamos também visitar outros monumentos históricos de outras cidades que tenham uma história tão vasta como estes dois monumentos que são falados no trabalho.
Curso Profissional de Técnico de Multimédia – 1º ano
Disciplinas: Português e História da Cultura das Artes
Professoras: Ana Matias e Sílvia Gonçalves
Alunos: David Oliveira, n.º 6 e Luís Santos, n.º 17

Apresentação de trabalho da Área de Projecto no Instituto de Ciências Sociais

No passado dia 29 de Maio de 2009, o dia começou muito cedo para nós, uma vez que tínhamos como fim apresentar no Instituto de Ciência Sociais, em Lisboa, o trabalho sobre a Eutanásia, seleccionado de um total de dez, da nossa escola, do curso de Ciências Sociais e Humanas. Embora sejamos um grupo constituído por quatro elementos, uma de nós, a Alícia Lopes, não pode ir, devido a assuntos de força maior.
Fomos no comboio das 7h00 para Lisboa, descendo às 10h00 na estação de Entrecampos. Aguardámos aí pela professora Anna Alba, que se mostrou extremamente simpática e agradável e sobretudo uma excelente guia turística. Levou-nos, então, a passear pela Avenida de Roma, bem como a conhecer aquela zona de Lisboa, e ainda o Campo Pequeno e a Avenida da Liberdade.
Como já eram 12h00 e como ainda tínhamos que almoçar, apanhámos o Metro para Entrecampos e continuámos o nosso percurso, a pé, até ao nosso destino. Depois de termos almoçado, revemos a nossa apresentação para que nada faltasse e fizemos os últimos acertos.
Finalmente, o relógio mostrava a hora do começo das apresentações: 14h30. Dirigimo-nos para o auditório do Instituto e procedeu-se ao sorteio para se ficar a conhecer a ordem das apresentações: primeiro, o grupo de Carnaxide com o tema Bullying, depois nós, e, por fim, o de Mafra com a Criação de uma Associação para apoio aos Imigrantes Brasileiros no concelho de Mafra. As outras escolas do projecto não participaram no concurso.
Após a apresentação do primeiro grupo, seguiu-se o nosso. Embora os nervos nos tocassem, a apresentação correu melhor do que esperávamos, pois ambas as professoras do ICS que nos estavam a avaliar acharam o trabalho teoricamente correcto e coerente. Quanto ao discurso oral, acharam-no claro e perceptível. Por fim, o grupo de Mafra apresentou o seu trabalho e, de seguida, as professoras que nos estavam a avaliar procederam à escolha do trabalho vencedor.
Após terem anunciado que a escola de Mafra tinha vencido, percebemos que o que importa não é o vencer, mas sim o participar e tentar fazer sempre melhor, pois o simples facto de termos estado lá presentes e termos tido esta oportunidade já foi importante para todas nós e, tal como uma das professoras disse: “ O facto de estarem aqui, já faz de vós vencedoras”.
No final das apresentações tivemos direito a um lanche, onde comunicámos com os restantes grupos e elementos do ICS. De seguida fomos, com a professora Fátima Pires até ao Colombo, onde passeámos pelas lojas e jantámos.
Finalmente, o nosso dia chegava ao fim. Eram 20h00 e, numa viagem de duas horas e meia, com a Prof.ª Fátima Pires, dirigimo-nos de volta para casa.
Esta ida ao ICS foi muito enriquecedora para todas nós, bem como importante e muito relevante para a aquisição de experiência para o nosso futuro.
Andreia Martins

Elsa Martins
Melisa Mendes

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Visita de Estudio a Huelva y El Rocio

Descubrir, descubrir, descubrir...

El día 27 de Mayo de 2009, desde la escuela secundaria de Tavira, por las ocho de la mañana, partíamos nosotros rumbo a la descubierta de un mundo desconocido...
Cuando llegamos a España, nuestra primera misión fue saludar a Cristóbal Colón. La imponente estatua es una parada obligatoria para quien tenga sed de conocimiento y para que no nos olvidemos nunca de quién fue ese hombre y los conocimientos que aportó al mundo.
Después, fue tiempo de estar en contacto con la naturaleza y visitamos el parque botánico José Celestino Mutis, dónde escuchamos atentamente las explicaciones del guía sobre el origen de los árboles e plantas, muchas de ellas especies raras, originarias de varios países. Desde aquí fuimos a visitar el Muelle de las Carabelas (Huelva) – La Pinta, La Niña y La Santa Maria – dónde vivimos por unos instantes una realidad que no es la nuestra. Hemos visto las Carabelas por dentro, con todo lo que utilizaban en la época Colombina y, para completar, después vimos una pequeña película sobre los Descubrimientos.
Llegada estaba la hora del almuerzo, el estomago ya roncaba, y cerca de las dos de la tarde hemos parado en un parque de meriendas con jardín donde hemos comido y relajado un poco.
Por último, fuimos para El Rocío donde visitamos la población, las marismas, la iglesia y las tiendas con los tradicionales trajes españoles. Pudimos ver también algunos preparativos para la fiesta en honor de la Virgen del Rocío/Almonte que empezaría al día siguiente. Observamos el número enorme de personas que se dirigía al Rocío con sus trajes y peinados, unas iban a caballo, otras caminando o bien en carroza. Aquí las tradiciones religiosas son llevadas muy en serio y las personas se dedican de cuerpo y alma a que todo funcione perfectamente en estos días.
Cerca de las 17 horas llegó la hora de regresar a casa e, por fin, compartir con nuestros padres las descubiertas hechas en tierras de nuestros hermanos. La aventura de oír y hablar una lengua diferente y convivir de cerca con costumbres tan diferentes de los nuestros es un recuerdo que nos quedará para siempre en la memoria.

EL ROCÍO
En el municipio de Almonte hay una gran romería en el Rocío, siendo una fiesta conocida en toda la Península ibérica. Este pequeño pueblo es famoso por su peregrinación anual a la Virgen del Rocío, que tiene lugar en el día de Pentecostés. Ir a la ciudad en ese día es una tradición para los peregrinos de toda España que van por los antiguos senderos a pie, a caballo o en el tradicional coche bueyes con decoraciones llamativas y siempre vestidos de forma tradicional.

Romería: Es una peregrinación religiosa realizada por un grupo de personas a una iglesia o lugar que considera sagrado, o se promete a pagar, o pedir gracias, o entonces simplemente por devoción. El nombre del término es una referencia a Roma, sed de la Iglesia Católica Romana, y por lo tanto se utiliza para clasificar las peregrinaciones católicas en particular.

Alunos10º ANO Gestão

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Exposição: «Mundo Hispánico: Patrimonio de la Humanidad»

















Está patente na biblioteca da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia uma exposição, realizada pelos alunos do 10º A1, A3, E e 11º C1 e C2, sobre o Mundo Hispánico: Patrimonio de la Humanidad. Esta exposição pretende dar a conhecer, a toda a comunidade escolar, alguns dos monumentos, cidades e países cuja língua oficial é o espanhol e que pertencem ao Património da Humanidade.










Na biblioteca encontram-se algumas sugestões de livros relacionados com a cultura hispano-americana com os quais podes enriquecer a tua cultura geral.




















Visita este espaço que também é teu!

Entrevista a Afonso Dias

Esta entrevista foi feita com a intenção de conhecer melhor uma pessoa que ambos os entrevistadores admiram. Este sentimento surgiu após terem assistido a uma palestra dada anteriormente pelo entrevistado. Aí, saltou-lhes imediatamente à vista o seu espírito bastante jovem e o gosto por aquilo que faz que Afonso Dias tem.

Onde nasceu?

Sou alentejano por tudo quanto é convicção, apesar de ter nascido na Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa (?...), como metade da minha geração. Quer dizer: a minha mãe foi lá ter-me e depois veio para casa – ali entre Vendas Novas e Montemor-o- Novo.

E foi desde novo que a poesia puxou o seu interesse?

Até onde consigo recordar-me, aí pelos cinco, seis, sete anos, a Poesia era-me grata pela musicalidade da rima e do ritmo. Como acabei por vir a ser músico – e teria, pelos vistos, a tal “veia” musical que se diz essencial -, creio que essa musicalidade foi decisiva para que o meu gosto pela Poesia viesse a habitar-me. O tempo e as leituras foram fazendo o resto.


Pode dizer-se que o senhor é um exímio conhecedor de poemas. Tem algum preferido?

Difícil. Muito difícil eleger um poema... E injusto, porque deixaria de fora inúmeros outros que são significativos. Prefiro – mesmo cometendo a injustiça dos esquecimentos – assinalar alguns Poetas que me são muito caro: Camões, Bocage, Antero, Cesário, Pessoa, Caeiro, Campos, Régio, Natália, Sophia, O'Neill, Eugénio, Sebastião da Gama... eu sei lá?!
(E porque raio é que me tratam por senhor?...)

Tem alguma razão especial para esse ser o seu preferido?

Não assinalei preferência mas, vá lá, alguns títulos:

“Busque amor novas artes, novo engenho...” - Camões
“Liberdade onde estás, quem te demora...” - Bocage
Na Mão de Deus - Antero
Ave Marias - Cesário
O menino de sua mãe e Nevoeiro – Pessoa
VIII de “ O guardador de rebanhos” -Caeiro
“Passou por mim, veio ter comigo ...” - Campos
Toada de Portalegre – Régio
A defesa do Poeta – Natália
Pátria – Sophia
Um adeus português – O'Neill
Adeus – Eugénio
Canção da felicidade – S. da Gama

Quando vocês lerem (relerem) estes poemas, saberão porque gosto tanto deles.


Tem uma excelente capacidade de decorar poemas. Também escreve poemas?

A capacidade de decorar tem que ver com questões técnicas mas, sobretudo, com
o amor pelo meu trabalho – quando a gente gosta (muiiiito!!!) tudo fica mais fácil, não é?!...

De que forma relaciona os poemas com a sua vida?

A Poesia está na base de todos os sonhos, de todas as realizações, de toda a beleza...
Mais poema, menos poema, a Poesia comanda-nos a vida.
A todos nós.

De onde apareceu a música na sua vida?

Veio assim, devagarinho, era eu muito novo e... instalou-se. Desde então tem-me feito trabalhar muito e ser muito feliz.

Além da poesia e da música, que mais ocupação tem na sua vida?

Todas as minhas ocupações têm a música e a poesia em fundo.
Às vezes há umas “coisitas” chatas de que nem vale a pena falar.

Acha que a poesia é devidamente valorizada no nosso país?

Oficialmente nem comento.
Por nós é, e muito.
É isso que me interessa.

Tem um lema de vida? Qual?

Tenho dois:
Contra a estupidez – marchar, marchar.
Ser feliz e fazer outros felizes.

Não podemos desde já deixar de agradecer ao entrevistado, por ter colaborado de uma forma extraordinária connosco. Desejamos-lhe o maior sucesso. Obrigado Afonso Dias.


André Bringela e João Andrade, Curso Profissional de Técnicos de Multimédia, 1º ano

sexta-feira, 15 de maio de 2009

RÁDIO – ESCOLA - ENTREVISTA COM TELMO PEREIRA


Enquanto jovens, a música é uma constante na nossa vida: em casa (com as aparelhagens), na rua (através de MP3’s, IPOD’s, etc.), mas na escola, nós jovens sempre sentimos necessidade de ouvir música para animar a nossa rotina e até mesmo nós quando não estamos muito bem.
Felizmente, a Associação de Estudantes vai finalmente satisfazer esta nossa necessidade com a criação da Rádio – Escola.
Para percebermos melhor como tudo irá funcionar, entrevistámos Telmo Pereira, actual Presidente da Assembleia Geral de Estudantes.

Bom dia, Telmo!
Bom dia, meninas!

I. Como surgiu a ideia de realizar a Rádio – Escola?
A ideia de realizar a Rádio – Escola começou na Associação anterior, em que o presidente era o Hugo. Eu não fazia parte dessa lista, dado que fazia parte da concorrência, mas como o trabalho é bom, a partir mais ou menos do 2.º ou 3.º período, entrei na Associação de Estudantes. Assim, este ano desenvolvemos o projecto do ano passado. No ano passado, o patrono da escola, o Dr. Jorge Correia deu uma palestra na Escola, no âmbito da biblioteca, e referiu-nos que disponibilizava os livros de sua autoria para a Associação de Estudantes vender e esse dinheiro nós é que orientávamos como quiséssemos e então esse dinheiro foi para a rádio. Eu digo para a rádio, porque as pessoas pensam que o dinheiro que vem para a Associação é para nós, mas não, o dinheiro que vem para a Associação é para os estudantes.

II. Diz-se que os colegas de Artes estão encarregues do aspecto exterior da rádio. Há algum tema específico?
Dizem que o pessoal de Artes é que vai fazer o desenho… pode ser, só que nós queremos abrir um concurso para escolher o desenho que nós vamos pintar na rádio. Isto em princípio, agora não queremos tocar nisso porque já bastou o tempo e o dinheiro que gastámos agora, por isso, lá mais para a frente é que vamos pensar nisso.
Isso assim vai ser um objectivo de todos os alunos, é um âmbito…
Exacto, o desenho vai ser escolhido pela escola toda, não vai ser só a Associação de Estudantes que vai escolher aquele desenho, vamos ter o papel principal claro, mas vai ser um desenho escolhido por toda a escola.

III. Já possuem algum equipamento essencial para o funcionamento da rádio?

Já, isso foi logo das primeiras coisas, inclusive quem tratou disso foi o Luís, pois ele é que está mais dentro dessa parte do som… aliás, ele e o Jorge.
Temos o básico, não criamos logo “tudo do bom e do melhor”, mas dá para passar música com qualidade, não passar ruído, pois isso foi logo um dos primeiros objectivos que tivemos em conta, porque temos logo ali a sala dos directores de turma, dos professores, o Conselho Executivo, e estar a passar barulho lá é muito mau! Já basta os matraquilhos que estão lá… Temos um bom material para começar e não queremos mais, por enquanto.

IV. Já têm algum sistema a adoptar para a segurança da rádio e de todo o equipamento?
Temos. Se houver qualquer roubo, qualquer coisa lá dentro, temos essa segurança lá dentro para que não aconteça nada.

V. Já há algum responsável pela gestão de música?
Não está ainda definido. Em princípio vamos ser os três, eu, o Jorge e o Luís que vamos ficar lá.

VI. Existe alguma grelha definida para a Rádio – Escola? Qual (se existe)?
Vai haver um programa. Temos que fazer um programa que todos gostem, vai ser muito complicado mas não é impossível. Vamos trabalhar para isso e não deixar ninguém de parte, vamos passar todo o tipo de música, vai haver temas temáticos, pois vamos ter em conta os dias temáticos ao longo do ano lectivo (agora já está quase a acabar, mas ainda há uns quantos) em que vamos fazer qualquer coisa na escola e se alguma pessoa, algum aluno eventualmente quiser passar lá o seu próprio programa, temos as portas abertas. A rádio é de todos, não é da associação.
Vai ser bom começar o dia a ouvir um “Bom Dia!”…
Um “BOM DIA RÁDIO!”. Vamos começar a abrir! E sim, vai haver um programa, e não digo mais, fica no ar… como a rádio vai ficar… (risos)

VII. Como é que estão a pensar coincidir o horário do funcionamento da rádio com o horário dos alunos?
Isso foi logo das primeiras coisas que pensámos. A rádio vai funcionar das 8h00m até às 17h20m, ou seja, em tempo de aulas. No intervalo e na hora de almoço é que levantamos ligeiramente o som, só. Porque há sempre alunos que não têm aulas e que estão lá e quando estão lá aquilo é um tédio! Não se houve nada, só os matraquilhos, vai-se buscar um pão ao Sr. Amaral e só andamos nisso. Já pensámos em alongar mais o tempo de funcionamento, mas é para ver ainda... e asseguramos que não vai interromper nem as aulas, nem o trabalho no gabinete do conselho executivo, nem no gabinete dos directores de turma, não vai haver problema nenhum. Se por acaso houver, há um botão para diminuirmos o som. Não é preciso entrar em grandes confusões, em grandes conversas, basta dizerem-nos que está alto que nós baixamos o som.

VIII. De que forma é que a rádio irá beneficiar os estudantes?
Toda a gente sabe que a música muda o nosso estado de espírito e que muda completamente a nossa auto-estima, enfim, muda tudo! E aquela sala de convívio precisa de ser mudada, porque no verão são as garrafinhas de água, no inverno são os aviões de papel e durante o ano todo são os matraquilhos, e este ano, a partir do dia quinze de Abril para a frente vai ser só música! Nós queremos que o ambiente daquela sala, daqueles alunos e professores mude para melhor, porque já basta as leis da ministra…

IX. Sem dúvida que para a Associação de Estudantes é um orgulho realizar este projecto. É, com certeza, um orgulho começá-lo e inaugurá-lo da melhor maneira.
Houve muitos problemas a meio do projecto?
Não digamos problemas, eu digo barreiras que tivemos que ultrapassar. Mas felizmente foram superadas. Não há problemas, só há soluções. Éramos poucos a lutar por este objectivo, que levou um ano e tal a concretizar, sem contar com os projectos que tivemos que fazer para termos tudo a cem por cento, pois para a parte da frente, no exterior foram três, para a escada foram sete, para a escada não interromper o Sr. Amaral nem a antiga papelaria, o tentar arranjar um som razoável em termos monetários e bom que não passasse ruído para aquela sala de alunos, que é grande e não tem uma boa acústica, mas conseguimos! Por isso, é um orgulho enorme.

X. Qual a data prevista para a inauguração da Rádio – Escola?
A data prevista para a inauguração da Rádio – Escola é dia quinze de Abril, quarta-feira, durante a semana da juventude. Vamos tentar com que esteja presente o Dr. Jorge Correia para podermos agradecer ao patrono da nossa escola, vamos ter uma pequena animação de rua… Apareçam todos, porque isto é de vocês, não é nosso, é de vocês!

XI. Vai haver alguma festa de inauguração?
Nós vamos aproveitar que temos duas festas dias dezassete (vamos estar todos vestidos de preto) e dezoito (vamos estar todos vestidos de branco), na Docas Café pelas 23h00m, para festejarmos a inauguração da Rádio e a legalização da Associação de Estudantes, porque para estarmos a fazer festas para tudo é muito mau, não vale a pena, pois é muito dinheiro gasto e muito trabalho.

Obrigado Telmo, pela tua colaboração!
Até à próxima, foi um prazer!





Foi muito interessante fazermos esta entrevista e ainda mais sendo sobre a Rádio – Escola. Com esta entrevista, foi-nos possível saber como surgiu a ideia de fazer uma rádio na nossa escola, os problemas que os organizadores deste projecto tiveram que enfrentar, como decorreu e como vai decorrer o funcionamento da rádio e quando e como vai ser a inauguração.
Foi um prazer enorme elaborar esta entrevista e esperamos que o nosso objectivo tenha sido cumprido: divulgar todo o projecto da nossa Rádio – Escola de forma clara e esclarecedora, a todos os nossos colegas e professores.




Ana Pereira, Ana Mascarenhas, Bruna Santos e Tânia Rosa, Curso Profissional de Técnico de Gestão

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dia Mundial da Dança



No passado dia 29 de Abril, comemorou-se o Dia Mundial da Dança. Como tal, realizou-se na nossa escola uma aula de dança destinada a professores e funcionários. A aula foi coordenada pelas professoras Gabriela Corvo e Marta Nugas e os participantes tiveram oportunidade de conhecer algumas danças, como o merengue, a rumba quadrada e a salsa.



Foi uma tarde que proporcionou agradáveis momentos de convívio.

Escrita Criativa

"Sou isto, aquilo e o outro.
Faço assim, cozido e assado.
Gosto, amo e odeio.
Sou adorada, amada e odiada.
Critico e sou criticada.
Oiço e sou ouvida.
Compreendo e sou compreendida.
Tenho doenças, alergias e lágrimas de chateação.
Sou feia, gira e linda.
Sou gorda, forte e magra.
Sou o que sou.
Dou imenso valor ao que tenho (mesmo que por vezes não pareça).
Tenho momentos de pura alegria e outros de pura tristeza.
Escrevo, escrevo, escrevo.
Leio, leio, leio.
Falo, falo, falo.
Rio, rio, rio.
Sou como o mar sempre agitado e a bater nas rochas.
E sou como um lago sempre calmo e sereno.
Sou confidente, companheira e amiga.
Sou coscuvilheira, irreverente e inimiga.
Tenho amores e desamores.
Sou como o Camões, a Florbela e o Almada.
Ora sou perdida.
Ora sou achada.
Estou aqui, ali e além.
Tenho todas as cores e formas.
Sou bebé, criança, adolescente, adulta e anciã.
Sou tudo e mais alguma coisa.
Sou tudo o que quiser ser.
Tenho passado, presente e acredito que futuro.
Ando, paro e corro.
Sou igual e diferente de tudo e todos.
Tenho um mundo só meu que partilho.
Sou como as paredes sempre pálidas (ou coloridas) e caladas.
Sou como as portas sempre de um lado para o outro sabendo tudo.
Tenho os olhos cor de terra, água, erva e pedra.
Sou loira, morena, ruiva.
Sou o que quiser ser sem nunca me esquecer de quem sou realmente.
Minhas bases são firmes, mas não são nem de cimento nem ferro.
Os meus pilares são de todas as rochas, areias e argilas que existem.
Por vezes estou decorada com mármores.
Noutras vezes estou enterrada em pó e areias movediças.
Saio de meu pranto e lavo-me em lágrimas cristalinas.
Espremo a minha imaginação até não passar de um pedaço de carvão transformado em cinza mais que pisada.
E é nesse instante que nada sou mas com a possibilidade de poder ser tudo.
Ontem tinha a personalidade dela.
Hoje tenho a minha.
Amanhã terei a do outro.
Sou sempre diferente, mas igual.
E assim sou eu…
Desta e daquela maneira.
Tenho dias assim e dias assado.
No fim de contas não sou nada mais nada menos que eu mesma."

Soraia Lázaro
10ºC2

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dia Internacional da Filosofia/ Ano da Astronomia

No âmbito da já tradicional comemoração do Dia Internacional da Filosofia, este ano assinalado a 20 de Novembro, foi proposto aos alunos desenvolver o desafio da Associação de Professores de Filosofia.
Este consta de uma reflexão sobre o tema O LUGAR DO HOMEM NO UNIVERSO, a partir de uma experiência filosófica proposta por Roger-Pol Droit, conjugada com uma fotografia da Terra obtida pela sonda Voyager 1 (o artefacto humano mais distante da Terra) e um texto de Carl Sagan sobre a história e o propósito dessa fotografia. Estes documentos permitem a inclusão do tema no âmbito mais vasto da comemoração do Ano Internacional da Astronomia.
Eis um dos trabalhos daí resultantes, dos alunos do 10ºA1, Ana Rita, André e Diana que também está disponível em linha, na página da referida Associação.
Professora Alberta Fitas

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Louvor a Tavira (Espanhol)

Mi preciosa ciudad





Tavira tú eres pequeña
Pero eres muy agradable,
Tienes todo lo que yo necesito
Tú eres mi hogar.

Tus monumentos huelen a antigüedad
Tus calles huelen a diversión
Tus personas son tranquilas
Tus jardines me llenan el corazón.

Puedes tener algunos defectos
Pero no dejas de ser especial
Cuando te veo y en tus calles paseo
Mil recuerdos me vienen a la memoria.

Tu playa es especial
Tiene tu nombre
La arena es fina y luminosa
Tavira, mi ciudad maravillosa!

Denise Martins, 10º A1

Mi ciudad...



Oh ciudad, ciudad
Con tan poco ruido
Tienes tantas flores
Pareces un campo florido.

Oh ciudad, ciudad
De jardines estás repleta.
Aves van volando
Y tu gente va cantando.

Ven y mira esta ciudad de encantar
Deprisa! Ven sin tardar
Que los bancos de cemento te llaman
Y deslumbrante es ver los pájaros volar!

Una ciudad encantadora
Que a mi me vio nacer
Con toda la certeza digo
PARA SIEMPRE LA VOY A QUERER.

Ana Rita Gonçalves 10º A1


Tavira mi ciudad

Tavira ciudad mágica
Con sus paisajes encantadores
Los campos cubiertos de flores
Con los más bellos colores.

Personas, coches y ruido
Todo esto se puede observar,
Pero quien la visite
Jamás la podrá olvidar.

Los más bellos jardines
Con sus bancos y flores
Donde los enamorados
miran sus amores.

Tavira con sus aves
Tiene más encanto
Todos paran deprisa
Para escuchar su canto.

Ana Patricia 10º A1

sábado, 18 de abril de 2009

A POESIA ESTÁ NA ESCOLA... e em toda a parte



Por iniciativa da Direcção Regional de Educação, e em colaboração com a Biblioteca da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia, realizou-se, no dia 10 de Março de 2009, pelas 14:15, no auditório da escola, uma sessão, animada por Afonso Dias, no âmbito do projecto «A poesia está na escola… e em toda a parte».
Dado que as iniciativas da biblioteca escolar devem estar ao serviço do currículo, e sendo os objectivos desta actividade “Dar a conhecer a poesia portuguesa”, “Desenvolver o gosto pela leitura” e “ Sublinhar o carácter lúdico e estético da literatura”, foram convidadas turmas do 10º ano e solicitada a colaboracão dos professores de Português.

Foram inscritas nesta actividade quatro turmas, duas dos cursos regulares e duas dos cursos profissionais, a saber: T3, Operadores de Informática; 10º A3; 10º C1 e Técnicos de Multimédia, 1º ano. Estiveram também presentes professores de Português e de outras áreas, acompanhados de alguns alunos, que ficaram motivados para a iniciativa através da divulgação da mesma em aula e por cartazes afixados na escola. Assim, o número de presentes na assistência foi de aproximadamente 80 alunos.
Afonso Dias conseguiu captar a atenção deste auditório, nem sempre disposto a ouvir os outros, articulando de forma surpreendente a recitação de poemas com o diálogo que estava a travar com os alunos.
Foi distribuído um questionário de avaliação da sessão, de forma aleatória e anónima, a cinquenta dos presentes. Devolveram-nos 42 exemplares preenchidos (84%) e o tratamento dos dados recolhidos permite-nos afirmar que a iniciativa foi bem acolhida pelos presentes:

Nível de interesse da actividade
Muito bom -26,2%
Bom - 57,1%
Suficiente - 14,3%
Fraco -0%
Muito Fraco - 2,4%

Nível de organização da iniciativa
Muito Bom - 30,9 %
Bom - 54,8%
Suficiente - 14,3%

Nesse inquérito, os auscultados puderam também manifestar, em resposta aberta, a sua opinião pessoal sobre a actividade, sendo as ocorrências mais frequentes o destaque do interesse da actividade por possibilitar “saber mais sobre a poesia portuguesa” e o “despertar maior interesse pela leitura e pela poesia”. Destacaram também a simpatia do actor Afonso Dias, a “maneira divertida de conhecer os poetas” e a percepção “da riqueza das palavras”. Claro que houve também opiniões menos favoráveis da parte de jovens mais renitentes a se deixarem cativar pela literatura, porém essa é uma das funções que à escola cabe e não é dando só o que lhes agrada previamente que se formam gostos e mentalidades, ou se conseguem progressos nas aptidões culturais.
Foram ainda sugeridas como actividades futuras “representações teatrais relacionadas com os conteúdos programáticos”, “encontros com poetas conhecidos” e sessões com “personalidades portuguesas ilustres”, entre outras.
A coordenadora: Ana Cristina Matias

200 anos do Nascimento de Darwin



Por iniciativa dos professores e alunos de Biologia do 11º ano, tem estado patente no átrio da biblioteca e no seu interior, desde o mês de Março, uma exposição comemorativa do duplo centenário de Darwin.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O NOSSO LUGAR NO UNIVERSO


O ser humano, essa grande espécie com uma enorme inteligência, capaz de edificar grandes civilizações bem como de erguer horrores, habitante dum planeta tão especial, será que preenche um lugar essencial ou tem um papel de relevo no Universo? Esse Universo tão vasto que nem sequer se consegue avistar duma ponta à outra!
Qual é o papel do Homem no Universo? Será o nosso papel essencial, pré-determinado, ou será que é o acaso que vai ajudando a definir o nosso caminho? Como admitir o acaso no Universo quando este é tão minucioso, tão perfeito ao ponto de uma minúscula partícula, o electrão, ser um elemento de notável importância?
Se cada ser humano tem na sociedade um papel importante e essencial para que tudo funcione, será o Universo como a nossa sociedade necessitado de todo o conjunto para funcionar? Assim teríamos um lugar essencial, pois como acontece com qualquer membro da sociedade, em que a sua existência e as suas acções contribuem para o equilíbrio do meio social, também a nossa presença contribuiria para o equilíbrio do Universo. Talvez também possamos comparar o Universo a um relógio: por exemplo, basta haver um mecanismo fora do sítio ou que deixe de funcionar, para que toda a harmonia se transforme. Se assim for, também temos um lugar especial, pois se não existíssemos o Universo também não existiria, pelo menos como o conhecemos.
Mas vendo bem, o nosso papel pode ser temporário admitindo que a humanidade terá um fim. Será que o nosso papel é preparar terreno para algo grandioso?
Considero que nada existe sem uma finalidade. Existimos por algum motivo.
Ou talvez a humanidade seja não um meio para atingir um fim, mas sim a própria finalidade. Eu apoio a ideia de alguns cientistas, de que o propósito da existência do universo é a criação, não de vida, mas sim de inteligência. Digo isto pois nós, seres humanos, consideramo-nos seres perfeitos ou superiores. Porquê? Porque temos uma característica que nenhum outro ser vivo ou animal tem. Conseguimos raciocinar, conseguimos pensar de um modo lógico, conseguimos controlar os instintos através da capacidade analítica e crítica.
Se formos ver a forma como a vida evoluiu verificamos que, ao longo da evolução, as espécies foram ganhando inteligência para ultrapassar obstáculos que os seus antepassados não conseguiram e toda esta evolução levou à criação da nossa espécie: o homo sapiens sapiens, o ser inteligente. Mas se, por hipótese, a vida biológica acabar? Logo a inteligência também. Ou esta pode permanecer na robótica? Admitamos que a inteligência, os sentimentos, as emoções são produto da quantidade de impulsos eléctricos enviados pelo e para o cérebro e a capacidade de recepção dos mesmos por parte do corpo. Os cientistas já criaram sistemas neurológicos em robôs, mas muito primitivos quando comparados com a nossa actual complexidade. Então, talvez num futuro indeterminado os robôs ganhem “vida” povoando o universo e preservando a inteligência, se este for de facto o propósito do Universo.

Em conclusão, talvez sejamos a própria essência da existência do Cosmos. Ou talvez não. Temos de certo um lugar, um papel, só não sabemos qual é. É esse segredo que vai alimentando a nossa existência e nessa dialéctica entre sermos causa e consequência, vamos encontrando um sentido para o nosso ser.


Pedro Fernandes, nº 25, 10º A2


Texto redigido no âmbito da comemoração do Dia Internacional da Filosofia/ Propostas da Associação de Professores de Filosofia, sob a responsabilidade da Prof. Alberta Fitas

VI Prémio Pilar Moreno Díaz de Peña

No âmbito da disciplina de espanhol continuação, as turmas 11º A2 e 11ºC1 participaram no VI Prémio Pilar Moreno Díaz de Peña para os melhores projectos de uma viagem cultural a Espanha. O prémio, dirigido a professores e alunos de língua espanhola no Ensino Básico e Secundário, tinha como principais objectivos fortalecer as relações culturais entre Espanha e Portugal e promover a aprendizagem da Língua Espanhola.
O projecto foi desenvolvido durante o primeiro e o segundo períodos sob orientação da professora Inês Pinheiro.
A apreciação dos projectos decorreu no final do mês de Março sendo atribuído ao mesmo o 3º Prémio.

Este prémio é o resultado do trabalho, dedicação e empenho demonstrados pelos alunos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Relatório da Visita ao Museu Nacional de Etnologia


23 de Janeiro de 2009

Hora de partida – 7:30H
Hora de chegada a Tavira – 20:30H
Professores acompanhantes: Anna Alba Caruso, Maria Alberta Fitas e Rui Carmo


Na nossa visita ao Museu Nacional de Etnologia em Lisboa foi possível verificar as diferenças entre a nossa cultura e a cultura de várias tribos da Amazónia e das comunidades Patua, do estado de Bengala, na Índia.
Primeiro, fomos acompanhados de uma guia visitar as Galerias da Amazónia onde, primeiramente, vimos as máscaras que os Wauja, uma tribo da Amazónia, usavam quando um dos seus adoecia. Essas doenças eram provocadas por um Apapatai, específico para cada doença. Os Wauja ao usarem essas máscaras, nas festas, acreditavam que o Apapatai viria a possuir essa máscara indo-se, desse modo, embora e a pessoa doente ficava curada.
Com a guia, vimos ainda, instrumentos de caça e de guerra. Os Wauja tinham uma tradição que consistia em cortar a cabeça do seu inimigo e encolhê-la em sinal de respeito pelo seu adversário. Vimos também, num mapa a localização de algumas das tribos da Amazónia, junto das quais foram recolhidos muitos objectos que pertencem ao Museu. A guia explicou-nos que apesar das tribos viverem na Amazónia não estavam de modo algum parados no tempo, pois conheciam a existência de culturas mais avançadas, em termos tecnológicos.
Foi-nos dito que os Wauja também tinham os seus passatempos, que consistiam em criar artesanato e pintar os corpos uns dos outros.
Depois de visitarmos a cultura das tribos da Amazónia, fomos desta vez sem guia, ver as Pinturas Cantadas feitas pelas mulheres de Naya (Índia).
Essas pinturas relatam acontecimentos que marcaram o Mundo e são também referentes às suas tradições. São feitas em grandes extensões de fita de papel, que eram depois de desenhadas, pintadas pelas mulheres. Para sobreviverem, essas mulheres tentam vender as suas pinturas a turistas que as visitam.
Foi interessante verificar que as pinturas representam acontecimentos tão distantes geograficamente, como o 11 de Setembro, ou tão comuns como o infanticídio, a SIDA, a discriminação das mulheres e algumas histórias da Índia, ou o horror do tsunami de Dezembro de 2004.
No final da visita reflectimos sobre a visita e verificámos que os valores mudam consoante a cultura; com os Wauja percebemos o que é uma vivência de comunhão espiritual com a Natureza e a saúde, de modo bem diferente da sociedade em que vivemos e os valores estéticos das mulheres Naya também nos surpreendem pela sua exuberância e originalidade.


Alexandre Pires Nº1 - 10ºA1
João Gonçalves Nº19 - 10ºA1

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dia de S. Valentim

Para comemorar o Dia dos Namorados, mais conhecido pelo Dia de S. Valentim, tradição divulgada pelos Estados Unidos da América, esteve patente na biblioteca uma exposição de poemas escritos por alguns alunos da turma 10ºA2, para além da exposição de poemas seleccionados de autores conhecidos, como Manuel Alegre e Eugénio de Andrade. Também os alunos do 11º TAS e do 11º TIG participaram, nesta exposição, com postais decorados e escritos em inglês.
MEU GRANDE AMOR

Musa da inspiração
A ti eu te convoco
Para me ajudares
Com este meu sufoco

Minha pomba branca
Com quem ando a sonhar
Por favor não me odeies
Só por eu te amar.

Escrevo este poema
A pensar em ti
Desejo por todo o mundo
Que tu estivesses aqui.

Faço esta arte
Pois o meu tempo escasseia
E porque tu és a mulher
Que o meu fogo ateia.

Peço-te por favor
Não me faças esta tortura
Porque por ti, Meu Amor,
A minha paixão sempre perdura.

Sem Ti estou sozinho
Nesta grande imensidão
Tu não gostaste de mim
E partiste-me o coração.

Sinto paixão por Ti
Mas também sinto dor
Tu és aquela mulher
TU ÉS O MEU GRANDE AMOR.

Filipe Bagarrão nº 8 10ºA2
POEMA DE SOFRIMENTO

Eu nunca pensei que me apaixonaria assim
Eu não pensava que seria o sonho de alguém
Eu não sabia que o amor mandava tanto em mim
Agora no meu coração não mora ninguém.

O meu mundo caiu no instante em que me vi sozinho
Pensava que o amor fosse fácil de se esquecer
Mas não esqueço do teu carinho
E do teu toque ao anoitecer.

E aqui estou novamente em pranto
Mas não irás ver a minha lágrima derramada
Não me levas outra vez no teu encanto
Mesmo que seja uma noite estrelada.

Eu contei-te tudo
Abri o meu coração e deixei-te entrar
Enganaste-me como se eu fosse um miúdo
Mas o passado eu lanço ao mar.

João Santos nº 14 10ºA2

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dia Europeu da Internet Segura

No dia 10 de Fevereiro realizaram-se actividades diversas no âmbito do Dia Europeu da Internet Segura, organizadas pelos seguintes elementos: coordenadora TIC, coordenadora da Biblioteca, Associação de Estudantes e Turma T3 do Curso de Operadores de Informática.
Na parte da manhã, na Sala de Convívio, a Associação de Estudantes ficou responsável pela exibição de apresentações electrónicas sobre a segurança na Internet. As alunas Sofia Grácio e Mariana Morais compuseram uma letra alusiva ao tema e depois interpretaram-na para todos os alunos, durante um intervalo da manhã.

A turma de Animadores Socioculturais também apresentou uma peça de teatro, que os próprios alunos escreveram e, depois, representaram, com a finalidade de sensibilizar a comunidade escolar para os perigos da Internet.





Em paralelo, na Biblioteca, a turma 11º C1 e outros alunos ali presentes assistiram à videoconferência promovida pela Equipa RTE-PTE, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Além disso, os alunos viram vídeos sobre a mesma temática, que, depois, foram comentados pelos mesmos.

Da parte da tarde, no auditório, houve uma palestra proferida pelo professor convidado, Alexandre Lima, bem como a repetição, na sala de convívio e na biblioteca, das actividades realizadas na parte da manhã.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Exposição - Prémio Nobel da Física




Está patente na biblioteca da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia uma exposição, realizada pelos alunos do 10º A2, sobre os Prémios Nobel da Física.
Esta exposição pretende dar a conhecer, a toda a comunidade escolar, a vida e o trabalho realizado pelos investigadores cujo resultado os levou a ser galardoados com o Prémio Nobel da Física. A referida exposição abrange os vencedores desde 1994 até 2008.

Na biblioteca encontram-se algumas sugestões de livros relacionados com a área de Física e Química com os quais podes, não só enriquecer a tua cultura científica mas também encontrar algumas curiosidades.

Visita este espaço que também é teu!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Concurso «Compondo com Provérbios»

Decorreu, no dia 31 de Janeiro, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, a entrega dos prémios e certificados aos alunos que participaram, com os respectivos trabalhos, no Concurso “Compondo com Provérbios”, que se realizou no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural. Esta actividade cultural é oriunda da Associação Internacional de Paramiologia, com sede em Tavira, em parceria com a Biblioteca Álvaro de Campos e as Bibliotecas Escolares da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia e Escola Básica D. Paio Peres Correia.






O primeiro prémio do grupo etário 15/18 anos foi atribuído a uma aluna do 11º ano , turma A1, Maria Teresa Couto, com o texto “O Sol quando nasce é para todos”, assim como o segundo prémio, como o texto “O tempo é o relógio da vida”.





O terceiro prémio foi atribuído a uma aluna do 11º ano, turma C1, Daniela Gonçalves, com o texto “Quem sai aos seus não degenera”.









Por último, na categoria de ilustração, a aluna Adelina Patraus, também do 11º ano, turma C1, recebeu o segundo prémio.

Texto: Prof.ª Manuela Beato
Fotos:Prof.ª Antonieta Couto

Temática: Igualdade


O Sol quando nasce é para todos.”

O Sol quando nasce é para todos.
Mas nem todas as cores são iguais,
Nem todos os cheiros os mesmos
Nem todas as formas semelhantes.
O preto não é vermelho
O vermelho não é branco
O amarelo não é rosa.
No entanto, todas são cores.
O aroma do mel é quente
O da baunilha é doce
O da flor sabe a orvalho.
Todos são cheiros, rodeiam-nos,
Despertam em nós sensações,
Agradáveis ou desagradáveis,
De suaves brisas, despercebidas
Ou fortes percepções mais reprováveis.
Na forma do objecto, ou na forma do pensar
Diferimos, é certo, impossível questionar.
Alguns redondos, outros rectos,
Outros ovais, menos certos,
Uns curvilíneos, uns achatados,
Outros roliços, menos cuidados.
Magros, altos, pequenos,
Outros escuros, loiros, morenos.
Uns duros, outros flexíveis
Outros teimosos, incorrigíveis.
No enredo da arte de pensar
As diferenças são ainda mais,
Somos animais, ainda que racionais.
Fazemos escolhas e somos conscientes,
Uns precipitam-se, outros são pacientes
Uns questionam-se, são persistentes.
À nascença, recebemos a vida com amor
E crescemos, aprendendo o seu real valor.
A princípio, cheira a convidativo e sabe a florido
Tudo é novo, fantástico e colorido.
Depois, as cores vão mudando
E seguimos rumo, perdendo e ganhando.
Por fim, as cores vão-se esbatendo
E toda a nossa vida cai, quebrada pelo chão,
Todos os momentos, de grandeza e solidão,
Desaparecem, e vão morrendo.
Na Natureza, nada acontece por acaso:
A verdura das plantas, o canto das aves,
Os nervos das folhas, as raízes das árvores,
A finura da terra, a leveza da água
O rugido do leão, o azul claro do céu
O calor do Sol, a liberdade do vento,
A suave tranquilidade de uma nuvem
A imagem de uma vida num momento.
Um quadro de cores interligadas
Acentuadas, meigas ou carregadas
Pintadas a pincel de oiro.
Vivemos aqui, pertencemos aqui
A este mundo de cores, aromas e formas.

Somos parte deste universo infinito
Que nos distingue e assemelha
A cada passo, a cada nova descoberta;
Somos filhos de iguais oportunidades
Temos uma cor, temos uma forma.
O Sol, quando nasce, nasce para todos,
E fá-lo, em cada dia, entregando-se com amor,
Não distinguindo fronteiras nem formas
Nem quem nasce de outra cor.

Maria Couto, 11º A1


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Temática: Tempo


“O tempo é o relógio da vida.”

Sentada sob o alpendre do meu quintal, num fim de tarde solarengo de Verão, o meu pensamento divagava fantasiosamente, recordando os tempos de infância, aqueles em que tudo na vida me sorria sem pedir nada em troca, aqueles em que vivia sem questionar o que estava de facto certo ou errado, em que tudo era brincadeira e felicidade, aqueles em que sentimentos como angústia, desânimo, desespero, tristeza não passavam ainda de meras sonoridades badaladas. Agora, já não penso assim, e tenho consciência e experiência disso mesmo. Pergunto-me inúmeras vezes se o facto de, nessa altura, ter ainda pouca consciência para questionar a vida em si e a passagem do tempo, não fazia de mim a criança mais feliz do mundo. Sendo que, no geral, esse é, na minha opinião, o principal motivo que faz das crianças as pessoas mais afortunadas. É tudo tão bom enquanto se é criança!
Mas seguimos crescendo, evoluindo e vingando, ou não, pela vida fora. E o tempo passa, despercebido e despistado, sem nos revelar os seus segredos, escapando- -nos por entre os dedos. Crescemos e, sem notarmos, ou não lhe damos o devido valor, ou não o sabemos aproveitar da maneira mais produtiva possível, fazendo com que possamos tornar a nossa existência gratificante, saudável e feliz.
Com efeito, o Homem, na tentativa de controlar melhor o seu tempo, criou o calendário e um dispositivo – o relógio – que começou a marcar o tempo. A partir desse momento, mais ninguém conseguiu ter tempo. O Homem, e a sua vida, ficaram reduzidos a horas, minutos e segundos. O relógio seguia a sua contagem e, com medo de se atrasar, prosseguia o tic-tac.
De que nos adianta possuir o mais belo e caro relógio do mundo, se não soubermos impor qualidade a todos os segundos por ele marcados? O relógio não possui a capacidade, assim como nenhuma das máquinas inventadas até hoje, de parar o tempo ou, pelo menos, de o fazer retroceder, para que possamos reviver alguns momentos e aproveitar cada milésimo de segundo, ou para recuperarmos o que deixámos escapar sem nos apercebermos ou por receio de agir em determinada circunstância, ou de aproveitar determinada oportunidade. Permite apenas “parar a contagem” do aparelho, pois o relógio da vida não se atrasa!
Portanto, se bem repararmos, durante grande parte da vida agimos mal, durante a maior parte nem sequer agimos nada, e durante toda a vida agimos inutilmente ou sem nenhum significado, porque no fundo sentimos o vazio do tempo que vivemos sem, de facto, termos vivido!
O tempo corre contra nós, portanto, viver cada segundo desse relógio, ou cada dia desse calendário, resume-se ao nosso mais difícil objectivo: o de fazer dessas míseras 24 horas e desses simples doze meses, o que faça valer uma vida!
Pergunto-me se haverá alguém que atribua o justo valor ao tempo, aproveitando--o bem e pensando que, a cada dia, morre mais um pouco. Pois, se avaliarmos bem a questão, verificamos que é um erro acreditar que a morte está à nossa frente, ou seja, no nosso futuro, uma vez que toda a nossa vida passada é já do domínio da morte! Tanto é que, à medida que crescemos e obtemos mais conhecimentos, vamos envelhecendo cada vez mais, sem ver o tempo passar.
Assim, quando penso mais aprofundadamente e conscientemente sobre o assunto, apercebo-me, subitamente, de que afinal o meu tempo não vai durar assim tanto tempo. Penso em como seria antigamente, em que os homens nasciam no tempo certo de nascer. Não havia incubadoras para os antes de tempo nem cesarianas para os fora de tempo. Em tempo, a Natureza sabia quando era tempo. E o Homem, envelhecia aos poucos, como um calmo entardecer. O tempo parecia infinito… Hoje, vai logo para a escola, e traz para casa um horário, controlador do tempo. Quando aprende a ler as horas, ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe, bem cedo, a maneira mais eficaz, de nunca ter tempo na vida! Come apressado, sem tempo. Dorme fora de tempo, exausto, ou, se for preciso, adormece antes de tempo, pois na manhã seguinte, bem cedinho, o famoso relógio, que tem todo o tempo, arranca-o da cama, proibindo-o de ficar na cama, como é sua vontade, por mais tempo. E, quando se apercebe que o tempo o perseguiu, já o relógio o fintou, e a vida lhe passou ao lado, tudo perdendo, mesmo sem nunca ter ganho.
Mas também é verdade que ninguém pode julgar o valor dos acontecimentos da vida no próprio momento, porque isso apenas o tempo o consegue fazer. E, se for caso disso, o tempo dar-lhes-á, a tempo, o valor que merecem. Assim sendo, para que os acontecimentos da nossa vida venham, mais tarde, a ter valor, é necessário que vivamos o quotidiano intensamente, marcando, como os ponteiros do relógio, a nossa vida de momentos inesquecíveis. Certamente teremos de renunciar a algumas coisas e, dependendo da opção que fizermos, podemos escolher uma vida mais tranquila, sem dependência dos relógios. Mas quem sabe se não estamos, da mesma forma, a renunciar a outras coisas, quem sabe aliciantes, envolventes e desafiantes.
Sentada no meu alpendre, o Sol iluminava a tarde com um calor aconchegante e, no fim da minha reflexão, concluí: o tic-tac do verdadeiro relógio da vida não corresponde à máquina em si, de marcação e contagem do tempo, mas à “máquina”, produzida em série ilimitada, original e personalizada, a qual temos a obrigação de manter sempre em perfeito funcionamento. É que o relógio da vida nunca se atrasa, e esse, é o nosso relógio biológico.

Maria Couto, 11º A1
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"Quem sai aos seus não degenera "


A casa está construída há muitos anos, por ela já passaram Verões húmidos e Invernos dolorosos. As pessoas passam por ela, comentando a tragédia horrível que se abateu no passado, com uma família de grande estatuto social.
Ana, uma menina de apenas treze anos, tinha muita curiosidade sobre aquele acontecimento e pedia à sua avó que lho contasse vezes sem conta, antes de cair no sono da noite. A sua avó sem nunca a contrariar, fazia-lhe a vontade todas as noites.
A família Sebastião, que viveu naquela casa, era uma família de classe social alta. Muitos pobres nem se atreviam a chegar perto de tais fidalgos, muito menos do Senhor Sebastião, que impunha respeito onde quer que passasse. Clara, a mulher do grande fidalgo, não compreendia a atitude rígida do marido. Na verdade, ela tinha casado por vontade dos pais, amando outro homem e não aquele grosseiro que repudiava a todos os instantes.
Os grilos já cantavam, era noite completa, no meio da vegetação encontrava-se Clara, com malas feitas e a sua filha nos braços. Era a altura ideal para fugir daquela vida sem felicidade, mas alguém vinha atrás de si furiosamente. O seu marido nunca deixaria aquela situação avançar, conseguindo agarrar Camila, a filha do casal.
Anos mais tarde, Camila festejava os seus vinte anos junto do seu pai, sem nunca ter conhecimento da sua mãe, pois esse era um assunto proibido em casa da família Sebastião.
Camila, sentia-se infeliz. O seu pai não a deixava arranjar namorado e ter uma vida normal, apenas tinha a sua amiga Maria para desabafar. O Senhor Sebastião estava constantemente pedindo-lhe que aceitasse um casamento com alguém de grande classe social e sabia exactamente quem escolher, pois desde pequenina que sua filha estava comprometida sem saber. Camila farta de tanta insistência, aceitou, fazendo uma enorme alegria no coração de seu pai.
O dia amanhecera, fazia-se sentir um grande calor, e em casa do Senhor Sebastião preparava-se a cerimónia para que a sua filha conhecesse o seu futuro esposo. Camila, impaciente, desceu as escadas e ouviu vozes. Curiosa, espreitou e viu o seu pai falando com um fidalgo, mas não era um homem qualquer. Camila tinha-se apaixonado perdidamente. Radiante de felicidade, correu até ao seu quarto e falou, quase sem respiração, com a sua amiga Maria, contanto todo aquele acontecimento.
A noite chegou. Camila e Maria tinham passado a tarde no quarto fazendo planos para uma grande noite. Seria tudo espectacular. Desceram as duas para o grande salão de festas. Camila dirigiu-se para perto do seu pai. Este pediu-lhe que esperasse, não seria ainda o momento apropriado, mas o seu amor naquele momento apareceu e dirigiu-se para perto dela. O seu coração estremecia, sentia algo que não conseguia explicar.
A porta principal abriu-se, um rapaz moreno e alto apareceu, e seu pai disse-lhe que aquele seria o seu futuro esposo. Camila desejou morrer naquele instante. Afinal, nem sabia quem era aquele homem que fazia o seu coração saltar até ao paraíso. A filha do Senhor Sebastião sentiu-se na lama, quando soube, pelo seu pai, que aquele homem que desejava, ia ser o seu sogro.
Os dias seguintes amanheceram como todos os outros para as pessoas da cidade, mas para Camila pareciam negros, sentia que ia casar com alguém que nem amava, que nem conhecia, ia casar com o vazio. Porém, ao contrário do que pensava, o seu futuro sogro também se sentia atraído por ela, o que levou a que se encontrassem às escondidas durante vários meses, mesmo debaixo dos narizes do Senhor Sebastião e do futuro marido de Camila, ou seja, o pai traía o seu próprio filho e continuavam a ser os melhores amigos e confidentes.
A futura família decidiu fazer um piquenique. Era algo simples, mas que serviria para poder juntar o casal de noivos. Apesar de Camila pensar que isso nunca na vida dela iria acontecer. O pai de Camila farto de a procurar no meio do campo, mandou o seu futuro marido à procura dela. No meio da relva, estavam deitados Camila e o seu futuro sogro. O Senhor Sebastião ao ouvir gritos, levantou-se apressadamente, deitou o livro que estava a ler para o chão e começou a correr. Camila correu em direcção ao pai cheia de sangue. O seu amante estava morto, vítima de homicídio por parte do seu próprio filho. O seu noivo não aguentara ver tamanha infidelidade por parte de duas pessoas importantíssimas para si, pois ele amava mesmo Camila. Por isso, no meio de tamanha confusão, tirou uma arma do bolso, que usava sempre, e matou o seu pai. Camila, de joelhos, pediu desculpa a chorar.
O Senhor Sebastião desfez o noivado da sua filha Camila, pois o seu futuro genro encontrava-se num estado lastimoso e brevemente seria punido pelos seus actos. Camila tentou desculpar-se, mas a sua consciência estava mais pesada do que nunca, sentia-se culpada pela morte do seu grande amor.
O pai de Camila, ficou muito doente. Então, pediu aos médicos que o deixassem falar com a sua filha. Camila, mais uma vez, estava feita em lágrimas, não podia imaginar que o que estava a acontecer fosse tudo culpa dela, o seu pai doente, o seu antigo noivo louco e o seu grande amor morto.
O Senhor Sebastião pegou na mão da filha e disse-lhe para seguir a sua vida, mas ser feliz, pois quem sai aos seus não degenera. Camila era igual à sua mãe, tinha a necessidade de ser feliz. Por fim, deu-lhe uma foto da sua antiga mulher e morreu a seguir.
Camila procurou a felicidade, ajudando quem mais precisava, e encontrou um novo amor no coração de uma família pobre e muito humilde. Ainda tentou procurar a sua mãe, mas foi em vão. Ela também tinha seguido a sua vida. Quem sabe se foi muito feliz com alguém que realmente a completava.
Ana, a menina curiosa que pedira á avó que lhe contasse a história de novo, já dormia profundamente, todas as noites sonhava como Camila sonhou. Ser Feliz.

Daniela Gonçalves, 11º C1