O primeiro prémio do grupo etário 15/18 anos foi atribuído a uma aluna do 11º ano , turma A1, Maria Teresa Couto, com o texto “O Sol quando nasce é para todos”, assim como o segundo prémio, como o texto “O tempo é o relógio da vida”.
O terceiro prémio foi atribuído a uma aluna do 11º ano, turma C1, Daniela Gonçalves, com o texto “Quem sai aos seus não degenera”.
Por último, na categoria de ilustração, a aluna Adelina Patraus, também do 11º ano, turma C1, recebeu o segundo prémio.
Texto: Prof.ª Manuela Beato
Fotos:Prof.ª Antonieta Couto
Temática: Igualdade
“O Sol quando nasce é para todos.”
O Sol quando nasce é para todos.
Mas nem todas as cores são iguais,
Nem todos os cheiros os mesmos
Nem todas as formas semelhantes.
O preto não é vermelho
O vermelho não é branco
O amarelo não é rosa.
No entanto, todas são cores.
O aroma do mel é quente
O da baunilha é doce
O da flor sabe a orvalho.
Todos são cheiros, rodeiam-nos,
Despertam em nós sensações,
Agradáveis ou desagradáveis,
De suaves brisas, despercebidas
Ou fortes percepções mais reprováveis.
Na forma do objecto, ou na forma do pensar
Diferimos, é certo, impossível questionar.
Alguns redondos, outros rectos,
Outros ovais, menos certos,
Uns curvilíneos, uns achatados,
Outros roliços, menos cuidados.
Magros, altos, pequenos,
Outros escuros, loiros, morenos.
Uns duros, outros flexíveis
Outros teimosos, incorrigíveis.
No enredo da arte de pensar
As diferenças são ainda mais,
Somos animais, ainda que racionais.
Fazemos escolhas e somos conscientes,
Uns precipitam-se, outros são pacientes
Uns questionam-se, são persistentes.
À nascença, recebemos a vida com amor
E crescemos, aprendendo o seu real valor.
A princípio, cheira a convidativo e sabe a florido
Tudo é novo, fantástico e colorido.
Depois, as cores vão mudando
E seguimos rumo, perdendo e ganhando.
Por fim, as cores vão-se esbatendo
E toda a nossa vida cai, quebrada pelo chão,
Todos os momentos, de grandeza e solidão,
Desaparecem, e vão morrendo.
Na Natureza, nada acontece por acaso:
A verdura das plantas, o canto das aves,
Os nervos das folhas, as raízes das árvores,
A finura da terra, a leveza da água
O rugido do leão, o azul claro do céu
O calor do Sol, a liberdade do vento,
A suave tranquilidade de uma nuvem
A imagem de uma vida num momento.
Um quadro de cores interligadas
Acentuadas, meigas ou carregadas
Pintadas a pincel de oiro.
Vivemos aqui, pertencemos aqui
A este mundo de cores, aromas e formas.
Somos parte deste universo infinito
Que nos distingue e assemelha
A cada passo, a cada nova descoberta;
Somos filhos de iguais oportunidades
Temos uma cor, temos uma forma.
O Sol, quando nasce, nasce para todos,
E fá-lo, em cada dia, entregando-se com amor,
Não distinguindo fronteiras nem formas
Nem quem nasce de outra cor.
Maria Couto, 11º A1
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Temática: Tempo
“O tempo é o relógio da vida.”
Sentada sob o alpendre do meu quintal, num fim de tarde solarengo de Verão, o meu pensamento divagava fantasiosamente, recordando os tempos de infância, aqueles em que tudo na vida me sorria sem pedir nada em troca, aqueles em que vivia sem questionar o que estava de facto certo ou errado, em que tudo era brincadeira e felicidade, aqueles em que sentimentos como angústia, desânimo, desespero, tristeza não passavam ainda de meras sonoridades badaladas. Agora, já não penso assim, e tenho consciência e experiência disso mesmo. Pergunto-me inúmeras vezes se o facto de, nessa altura, ter ainda pouca consciência para questionar a vida em si e a passagem do tempo, não fazia de mim a criança mais feliz do mundo. Sendo que, no geral, esse é, na minha opinião, o principal motivo que faz das crianças as pessoas mais afortunadas. É tudo tão bom enquanto se é criança!
Mas seguimos crescendo, evoluindo e vingando, ou não, pela vida fora. E o tempo passa, despercebido e despistado, sem nos revelar os seus segredos, escapando- -nos por entre os dedos. Crescemos e, sem notarmos, ou não lhe damos o devido valor, ou não o sabemos aproveitar da maneira mais produtiva possível, fazendo com que possamos tornar a nossa existência gratificante, saudável e feliz.
Com efeito, o Homem, na tentativa de controlar melhor o seu tempo, criou o calendário e um dispositivo – o relógio – que começou a marcar o tempo. A partir desse momento, mais ninguém conseguiu ter tempo. O Homem, e a sua vida, ficaram reduzidos a horas, minutos e segundos. O relógio seguia a sua contagem e, com medo de se atrasar, prosseguia o tic-tac.
De que nos adianta possuir o mais belo e caro relógio do mundo, se não soubermos impor qualidade a todos os segundos por ele marcados? O relógio não possui a capacidade, assim como nenhuma das máquinas inventadas até hoje, de parar o tempo ou, pelo menos, de o fazer retroceder, para que possamos reviver alguns momentos e aproveitar cada milésimo de segundo, ou para recuperarmos o que deixámos escapar sem nos apercebermos ou por receio de agir em determinada circunstância, ou de aproveitar determinada oportunidade. Permite apenas “parar a contagem” do aparelho, pois o relógio da vida não se atrasa!
Portanto, se bem repararmos, durante grande parte da vida agimos mal, durante a maior parte nem sequer agimos nada, e durante toda a vida agimos inutilmente ou sem nenhum significado, porque no fundo sentimos o vazio do tempo que vivemos sem, de facto, termos vivido!
O tempo corre contra nós, portanto, viver cada segundo desse relógio, ou cada dia desse calendário, resume-se ao nosso mais difícil objectivo: o de fazer dessas míseras 24 horas e desses simples doze meses, o que faça valer uma vida!
Pergunto-me se haverá alguém que atribua o justo valor ao tempo, aproveitando--o bem e pensando que, a cada dia, morre mais um pouco. Pois, se avaliarmos bem a questão, verificamos que é um erro acreditar que a morte está à nossa frente, ou seja, no nosso futuro, uma vez que toda a nossa vida passada é já do domínio da morte! Tanto é que, à medida que crescemos e obtemos mais conhecimentos, vamos envelhecendo cada vez mais, sem ver o tempo passar.
Assim, quando penso mais aprofundadamente e conscientemente sobre o assunto, apercebo-me, subitamente, de que afinal o meu tempo não vai durar assim tanto tempo. Penso em como seria antigamente, em que os homens nasciam no tempo certo de nascer. Não havia incubadoras para os antes de tempo nem cesarianas para os fora de tempo. Em tempo, a Natureza sabia quando era tempo. E o Homem, envelhecia aos poucos, como um calmo entardecer. O tempo parecia infinito… Hoje, vai logo para a escola, e traz para casa um horário, controlador do tempo. Quando aprende a ler as horas, ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe, bem cedo, a maneira mais eficaz, de nunca ter tempo na vida! Come apressado, sem tempo. Dorme fora de tempo, exausto, ou, se for preciso, adormece antes de tempo, pois na manhã seguinte, bem cedinho, o famoso relógio, que tem todo o tempo, arranca-o da cama, proibindo-o de ficar na cama, como é sua vontade, por mais tempo. E, quando se apercebe que o tempo o perseguiu, já o relógio o fintou, e a vida lhe passou ao lado, tudo perdendo, mesmo sem nunca ter ganho.
Mas também é verdade que ninguém pode julgar o valor dos acontecimentos da vida no próprio momento, porque isso apenas o tempo o consegue fazer. E, se for caso disso, o tempo dar-lhes-á, a tempo, o valor que merecem. Assim sendo, para que os acontecimentos da nossa vida venham, mais tarde, a ter valor, é necessário que vivamos o quotidiano intensamente, marcando, como os ponteiros do relógio, a nossa vida de momentos inesquecíveis. Certamente teremos de renunciar a algumas coisas e, dependendo da opção que fizermos, podemos escolher uma vida mais tranquila, sem dependência dos relógios. Mas quem sabe se não estamos, da mesma forma, a renunciar a outras coisas, quem sabe aliciantes, envolventes e desafiantes.
Sentada no meu alpendre, o Sol iluminava a tarde com um calor aconchegante e, no fim da minha reflexão, concluí: o tic-tac do verdadeiro relógio da vida não corresponde à máquina em si, de marcação e contagem do tempo, mas à “máquina”, produzida em série ilimitada, original e personalizada, a qual temos a obrigação de manter sempre em perfeito funcionamento. É que o relógio da vida nunca se atrasa, e esse, é o nosso relógio biológico.
Maria Couto, 11º A1
Temática: Tempo
“O tempo é o relógio da vida.”
Sentada sob o alpendre do meu quintal, num fim de tarde solarengo de Verão, o meu pensamento divagava fantasiosamente, recordando os tempos de infância, aqueles em que tudo na vida me sorria sem pedir nada em troca, aqueles em que vivia sem questionar o que estava de facto certo ou errado, em que tudo era brincadeira e felicidade, aqueles em que sentimentos como angústia, desânimo, desespero, tristeza não passavam ainda de meras sonoridades badaladas. Agora, já não penso assim, e tenho consciência e experiência disso mesmo. Pergunto-me inúmeras vezes se o facto de, nessa altura, ter ainda pouca consciência para questionar a vida em si e a passagem do tempo, não fazia de mim a criança mais feliz do mundo. Sendo que, no geral, esse é, na minha opinião, o principal motivo que faz das crianças as pessoas mais afortunadas. É tudo tão bom enquanto se é criança!
Mas seguimos crescendo, evoluindo e vingando, ou não, pela vida fora. E o tempo passa, despercebido e despistado, sem nos revelar os seus segredos, escapando- -nos por entre os dedos. Crescemos e, sem notarmos, ou não lhe damos o devido valor, ou não o sabemos aproveitar da maneira mais produtiva possível, fazendo com que possamos tornar a nossa existência gratificante, saudável e feliz.
Com efeito, o Homem, na tentativa de controlar melhor o seu tempo, criou o calendário e um dispositivo – o relógio – que começou a marcar o tempo. A partir desse momento, mais ninguém conseguiu ter tempo. O Homem, e a sua vida, ficaram reduzidos a horas, minutos e segundos. O relógio seguia a sua contagem e, com medo de se atrasar, prosseguia o tic-tac.
De que nos adianta possuir o mais belo e caro relógio do mundo, se não soubermos impor qualidade a todos os segundos por ele marcados? O relógio não possui a capacidade, assim como nenhuma das máquinas inventadas até hoje, de parar o tempo ou, pelo menos, de o fazer retroceder, para que possamos reviver alguns momentos e aproveitar cada milésimo de segundo, ou para recuperarmos o que deixámos escapar sem nos apercebermos ou por receio de agir em determinada circunstância, ou de aproveitar determinada oportunidade. Permite apenas “parar a contagem” do aparelho, pois o relógio da vida não se atrasa!
Portanto, se bem repararmos, durante grande parte da vida agimos mal, durante a maior parte nem sequer agimos nada, e durante toda a vida agimos inutilmente ou sem nenhum significado, porque no fundo sentimos o vazio do tempo que vivemos sem, de facto, termos vivido!
O tempo corre contra nós, portanto, viver cada segundo desse relógio, ou cada dia desse calendário, resume-se ao nosso mais difícil objectivo: o de fazer dessas míseras 24 horas e desses simples doze meses, o que faça valer uma vida!
Pergunto-me se haverá alguém que atribua o justo valor ao tempo, aproveitando--o bem e pensando que, a cada dia, morre mais um pouco. Pois, se avaliarmos bem a questão, verificamos que é um erro acreditar que a morte está à nossa frente, ou seja, no nosso futuro, uma vez que toda a nossa vida passada é já do domínio da morte! Tanto é que, à medida que crescemos e obtemos mais conhecimentos, vamos envelhecendo cada vez mais, sem ver o tempo passar.
Assim, quando penso mais aprofundadamente e conscientemente sobre o assunto, apercebo-me, subitamente, de que afinal o meu tempo não vai durar assim tanto tempo. Penso em como seria antigamente, em que os homens nasciam no tempo certo de nascer. Não havia incubadoras para os antes de tempo nem cesarianas para os fora de tempo. Em tempo, a Natureza sabia quando era tempo. E o Homem, envelhecia aos poucos, como um calmo entardecer. O tempo parecia infinito… Hoje, vai logo para a escola, e traz para casa um horário, controlador do tempo. Quando aprende a ler as horas, ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe, bem cedo, a maneira mais eficaz, de nunca ter tempo na vida! Come apressado, sem tempo. Dorme fora de tempo, exausto, ou, se for preciso, adormece antes de tempo, pois na manhã seguinte, bem cedinho, o famoso relógio, que tem todo o tempo, arranca-o da cama, proibindo-o de ficar na cama, como é sua vontade, por mais tempo. E, quando se apercebe que o tempo o perseguiu, já o relógio o fintou, e a vida lhe passou ao lado, tudo perdendo, mesmo sem nunca ter ganho.
Mas também é verdade que ninguém pode julgar o valor dos acontecimentos da vida no próprio momento, porque isso apenas o tempo o consegue fazer. E, se for caso disso, o tempo dar-lhes-á, a tempo, o valor que merecem. Assim sendo, para que os acontecimentos da nossa vida venham, mais tarde, a ter valor, é necessário que vivamos o quotidiano intensamente, marcando, como os ponteiros do relógio, a nossa vida de momentos inesquecíveis. Certamente teremos de renunciar a algumas coisas e, dependendo da opção que fizermos, podemos escolher uma vida mais tranquila, sem dependência dos relógios. Mas quem sabe se não estamos, da mesma forma, a renunciar a outras coisas, quem sabe aliciantes, envolventes e desafiantes.
Sentada no meu alpendre, o Sol iluminava a tarde com um calor aconchegante e, no fim da minha reflexão, concluí: o tic-tac do verdadeiro relógio da vida não corresponde à máquina em si, de marcação e contagem do tempo, mas à “máquina”, produzida em série ilimitada, original e personalizada, a qual temos a obrigação de manter sempre em perfeito funcionamento. É que o relógio da vida nunca se atrasa, e esse, é o nosso relógio biológico.
Maria Couto, 11º A1
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"Quem sai aos seus não degenera "
Ana, uma menina de apenas treze anos, tinha muita curiosidade sobre aquele acontecimento e pedia à sua avó que lho contasse vezes sem conta, antes de cair no sono da noite. A sua avó sem nunca a contrariar, fazia-lhe a vontade todas as noites.
A família Sebastião, que viveu naquela casa, era uma família de classe social alta. Muitos pobres nem se atreviam a chegar perto de tais fidalgos, muito menos do Senhor Sebastião, que impunha respeito onde quer que passasse. Clara, a mulher do grande fidalgo, não compreendia a atitude rígida do marido. Na verdade, ela tinha casado por vontade dos pais, amando outro homem e não aquele grosseiro que repudiava a todos os instantes.
Os grilos já cantavam, era noite completa, no meio da vegetação encontrava-se Clara, com malas feitas e a sua filha nos braços. Era a altura ideal para fugir daquela vida sem felicidade, mas alguém vinha atrás de si furiosamente. O seu marido nunca deixaria aquela situação avançar, conseguindo agarrar Camila, a filha do casal.
Anos mais tarde, Camila festejava os seus vinte anos junto do seu pai, sem nunca ter conhecimento da sua mãe, pois esse era um assunto proibido em casa da família Sebastião.
Camila, sentia-se infeliz. O seu pai não a deixava arranjar namorado e ter uma vida normal, apenas tinha a sua amiga Maria para desabafar. O Senhor Sebastião estava constantemente pedindo-lhe que aceitasse um casamento com alguém de grande classe social e sabia exactamente quem escolher, pois desde pequenina que sua filha estava comprometida sem saber. Camila farta de tanta insistência, aceitou, fazendo uma enorme alegria no coração de seu pai.
O dia amanhecera, fazia-se sentir um grande calor, e em casa do Senhor Sebastião preparava-se a cerimónia para que a sua filha conhecesse o seu futuro esposo. Camila, impaciente, desceu as escadas e ouviu vozes. Curiosa, espreitou e viu o seu pai falando com um fidalgo, mas não era um homem qualquer. Camila tinha-se apaixonado perdidamente. Radiante de felicidade, correu até ao seu quarto e falou, quase sem respiração, com a sua amiga Maria, contanto todo aquele acontecimento.
A noite chegou. Camila e Maria tinham passado a tarde no quarto fazendo planos para uma grande noite. Seria tudo espectacular. Desceram as duas para o grande salão de festas. Camila dirigiu-se para perto do seu pai. Este pediu-lhe que esperasse, não seria ainda o momento apropriado, mas o seu amor naquele momento apareceu e dirigiu-se para perto dela. O seu coração estremecia, sentia algo que não conseguia explicar.
A porta principal abriu-se, um rapaz moreno e alto apareceu, e seu pai disse-lhe que aquele seria o seu futuro esposo. Camila desejou morrer naquele instante. Afinal, nem sabia quem era aquele homem que fazia o seu coração saltar até ao paraíso. A filha do Senhor Sebastião sentiu-se na lama, quando soube, pelo seu pai, que aquele homem que desejava, ia ser o seu sogro.
Os dias seguintes amanheceram como todos os outros para as pessoas da cidade, mas para Camila pareciam negros, sentia que ia casar com alguém que nem amava, que nem conhecia, ia casar com o vazio. Porém, ao contrário do que pensava, o seu futuro sogro também se sentia atraído por ela, o que levou a que se encontrassem às escondidas durante vários meses, mesmo debaixo dos narizes do Senhor Sebastião e do futuro marido de Camila, ou seja, o pai traía o seu próprio filho e continuavam a ser os melhores amigos e confidentes.
A futura família decidiu fazer um piquenique. Era algo simples, mas que serviria para poder juntar o casal de noivos. Apesar de Camila pensar que isso nunca na vida dela iria acontecer. O pai de Camila farto de a procurar no meio do campo, mandou o seu futuro marido à procura dela. No meio da relva, estavam deitados Camila e o seu futuro sogro. O Senhor Sebastião ao ouvir gritos, levantou-se apressadamente, deitou o livro que estava a ler para o chão e começou a correr. Camila correu em direcção ao pai cheia de sangue. O seu amante estava morto, vítima de homicídio por parte do seu próprio filho. O seu noivo não aguentara ver tamanha infidelidade por parte de duas pessoas importantíssimas para si, pois ele amava mesmo Camila. Por isso, no meio de tamanha confusão, tirou uma arma do bolso, que usava sempre, e matou o seu pai. Camila, de joelhos, pediu desculpa a chorar.
O Senhor Sebastião desfez o noivado da sua filha Camila, pois o seu futuro genro encontrava-se num estado lastimoso e brevemente seria punido pelos seus actos. Camila tentou desculpar-se, mas a sua consciência estava mais pesada do que nunca, sentia-se culpada pela morte do seu grande amor.
O pai de Camila, ficou muito doente. Então, pediu aos médicos que o deixassem falar com a sua filha. Camila, mais uma vez, estava feita em lágrimas, não podia imaginar que o que estava a acontecer fosse tudo culpa dela, o seu pai doente, o seu antigo noivo louco e o seu grande amor morto.
O Senhor Sebastião pegou na mão da filha e disse-lhe para seguir a sua vida, mas ser feliz, pois quem sai aos seus não degenera. Camila era igual à sua mãe, tinha a necessidade de ser feliz. Por fim, deu-lhe uma foto da sua antiga mulher e morreu a seguir.
Camila procurou a felicidade, ajudando quem mais precisava, e encontrou um novo amor no coração de uma família pobre e muito humilde. Ainda tentou procurar a sua mãe, mas foi em vão. Ela também tinha seguido a sua vida. Quem sabe se foi muito feliz com alguém que realmente a completava.
Ana, a menina curiosa que pedira á avó que lhe contasse a história de novo, já dormia profundamente, todas as noites sonhava como Camila sonhou. Ser Feliz.
Daniela Gonçalves, 11º C1
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