BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dia de S. Valentim

Para comemorar o Dia dos Namorados, mais conhecido pelo Dia de S. Valentim, tradição divulgada pelos Estados Unidos da América, esteve patente na biblioteca uma exposição de poemas escritos por alguns alunos da turma 10ºA2, para além da exposição de poemas seleccionados de autores conhecidos, como Manuel Alegre e Eugénio de Andrade. Também os alunos do 11º TAS e do 11º TIG participaram, nesta exposição, com postais decorados e escritos em inglês.
MEU GRANDE AMOR

Musa da inspiração
A ti eu te convoco
Para me ajudares
Com este meu sufoco

Minha pomba branca
Com quem ando a sonhar
Por favor não me odeies
Só por eu te amar.

Escrevo este poema
A pensar em ti
Desejo por todo o mundo
Que tu estivesses aqui.

Faço esta arte
Pois o meu tempo escasseia
E porque tu és a mulher
Que o meu fogo ateia.

Peço-te por favor
Não me faças esta tortura
Porque por ti, Meu Amor,
A minha paixão sempre perdura.

Sem Ti estou sozinho
Nesta grande imensidão
Tu não gostaste de mim
E partiste-me o coração.

Sinto paixão por Ti
Mas também sinto dor
Tu és aquela mulher
TU ÉS O MEU GRANDE AMOR.

Filipe Bagarrão nº 8 10ºA2
POEMA DE SOFRIMENTO

Eu nunca pensei que me apaixonaria assim
Eu não pensava que seria o sonho de alguém
Eu não sabia que o amor mandava tanto em mim
Agora no meu coração não mora ninguém.

O meu mundo caiu no instante em que me vi sozinho
Pensava que o amor fosse fácil de se esquecer
Mas não esqueço do teu carinho
E do teu toque ao anoitecer.

E aqui estou novamente em pranto
Mas não irás ver a minha lágrima derramada
Não me levas outra vez no teu encanto
Mesmo que seja uma noite estrelada.

Eu contei-te tudo
Abri o meu coração e deixei-te entrar
Enganaste-me como se eu fosse um miúdo
Mas o passado eu lanço ao mar.

João Santos nº 14 10ºA2

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dia Europeu da Internet Segura

No dia 10 de Fevereiro realizaram-se actividades diversas no âmbito do Dia Europeu da Internet Segura, organizadas pelos seguintes elementos: coordenadora TIC, coordenadora da Biblioteca, Associação de Estudantes e Turma T3 do Curso de Operadores de Informática.
Na parte da manhã, na Sala de Convívio, a Associação de Estudantes ficou responsável pela exibição de apresentações electrónicas sobre a segurança na Internet. As alunas Sofia Grácio e Mariana Morais compuseram uma letra alusiva ao tema e depois interpretaram-na para todos os alunos, durante um intervalo da manhã.

A turma de Animadores Socioculturais também apresentou uma peça de teatro, que os próprios alunos escreveram e, depois, representaram, com a finalidade de sensibilizar a comunidade escolar para os perigos da Internet.





Em paralelo, na Biblioteca, a turma 11º C1 e outros alunos ali presentes assistiram à videoconferência promovida pela Equipa RTE-PTE, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Além disso, os alunos viram vídeos sobre a mesma temática, que, depois, foram comentados pelos mesmos.

Da parte da tarde, no auditório, houve uma palestra proferida pelo professor convidado, Alexandre Lima, bem como a repetição, na sala de convívio e na biblioteca, das actividades realizadas na parte da manhã.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Exposição - Prémio Nobel da Física




Está patente na biblioteca da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia uma exposição, realizada pelos alunos do 10º A2, sobre os Prémios Nobel da Física.
Esta exposição pretende dar a conhecer, a toda a comunidade escolar, a vida e o trabalho realizado pelos investigadores cujo resultado os levou a ser galardoados com o Prémio Nobel da Física. A referida exposição abrange os vencedores desde 1994 até 2008.

Na biblioteca encontram-se algumas sugestões de livros relacionados com a área de Física e Química com os quais podes, não só enriquecer a tua cultura científica mas também encontrar algumas curiosidades.

Visita este espaço que também é teu!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Concurso «Compondo com Provérbios»

Decorreu, no dia 31 de Janeiro, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, a entrega dos prémios e certificados aos alunos que participaram, com os respectivos trabalhos, no Concurso “Compondo com Provérbios”, que se realizou no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural. Esta actividade cultural é oriunda da Associação Internacional de Paramiologia, com sede em Tavira, em parceria com a Biblioteca Álvaro de Campos e as Bibliotecas Escolares da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia e Escola Básica D. Paio Peres Correia.






O primeiro prémio do grupo etário 15/18 anos foi atribuído a uma aluna do 11º ano , turma A1, Maria Teresa Couto, com o texto “O Sol quando nasce é para todos”, assim como o segundo prémio, como o texto “O tempo é o relógio da vida”.





O terceiro prémio foi atribuído a uma aluna do 11º ano, turma C1, Daniela Gonçalves, com o texto “Quem sai aos seus não degenera”.









Por último, na categoria de ilustração, a aluna Adelina Patraus, também do 11º ano, turma C1, recebeu o segundo prémio.

Texto: Prof.ª Manuela Beato
Fotos:Prof.ª Antonieta Couto

Temática: Igualdade


O Sol quando nasce é para todos.”

O Sol quando nasce é para todos.
Mas nem todas as cores são iguais,
Nem todos os cheiros os mesmos
Nem todas as formas semelhantes.
O preto não é vermelho
O vermelho não é branco
O amarelo não é rosa.
No entanto, todas são cores.
O aroma do mel é quente
O da baunilha é doce
O da flor sabe a orvalho.
Todos são cheiros, rodeiam-nos,
Despertam em nós sensações,
Agradáveis ou desagradáveis,
De suaves brisas, despercebidas
Ou fortes percepções mais reprováveis.
Na forma do objecto, ou na forma do pensar
Diferimos, é certo, impossível questionar.
Alguns redondos, outros rectos,
Outros ovais, menos certos,
Uns curvilíneos, uns achatados,
Outros roliços, menos cuidados.
Magros, altos, pequenos,
Outros escuros, loiros, morenos.
Uns duros, outros flexíveis
Outros teimosos, incorrigíveis.
No enredo da arte de pensar
As diferenças são ainda mais,
Somos animais, ainda que racionais.
Fazemos escolhas e somos conscientes,
Uns precipitam-se, outros são pacientes
Uns questionam-se, são persistentes.
À nascença, recebemos a vida com amor
E crescemos, aprendendo o seu real valor.
A princípio, cheira a convidativo e sabe a florido
Tudo é novo, fantástico e colorido.
Depois, as cores vão mudando
E seguimos rumo, perdendo e ganhando.
Por fim, as cores vão-se esbatendo
E toda a nossa vida cai, quebrada pelo chão,
Todos os momentos, de grandeza e solidão,
Desaparecem, e vão morrendo.
Na Natureza, nada acontece por acaso:
A verdura das plantas, o canto das aves,
Os nervos das folhas, as raízes das árvores,
A finura da terra, a leveza da água
O rugido do leão, o azul claro do céu
O calor do Sol, a liberdade do vento,
A suave tranquilidade de uma nuvem
A imagem de uma vida num momento.
Um quadro de cores interligadas
Acentuadas, meigas ou carregadas
Pintadas a pincel de oiro.
Vivemos aqui, pertencemos aqui
A este mundo de cores, aromas e formas.

Somos parte deste universo infinito
Que nos distingue e assemelha
A cada passo, a cada nova descoberta;
Somos filhos de iguais oportunidades
Temos uma cor, temos uma forma.
O Sol, quando nasce, nasce para todos,
E fá-lo, em cada dia, entregando-se com amor,
Não distinguindo fronteiras nem formas
Nem quem nasce de outra cor.

Maria Couto, 11º A1


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Temática: Tempo


“O tempo é o relógio da vida.”

Sentada sob o alpendre do meu quintal, num fim de tarde solarengo de Verão, o meu pensamento divagava fantasiosamente, recordando os tempos de infância, aqueles em que tudo na vida me sorria sem pedir nada em troca, aqueles em que vivia sem questionar o que estava de facto certo ou errado, em que tudo era brincadeira e felicidade, aqueles em que sentimentos como angústia, desânimo, desespero, tristeza não passavam ainda de meras sonoridades badaladas. Agora, já não penso assim, e tenho consciência e experiência disso mesmo. Pergunto-me inúmeras vezes se o facto de, nessa altura, ter ainda pouca consciência para questionar a vida em si e a passagem do tempo, não fazia de mim a criança mais feliz do mundo. Sendo que, no geral, esse é, na minha opinião, o principal motivo que faz das crianças as pessoas mais afortunadas. É tudo tão bom enquanto se é criança!
Mas seguimos crescendo, evoluindo e vingando, ou não, pela vida fora. E o tempo passa, despercebido e despistado, sem nos revelar os seus segredos, escapando- -nos por entre os dedos. Crescemos e, sem notarmos, ou não lhe damos o devido valor, ou não o sabemos aproveitar da maneira mais produtiva possível, fazendo com que possamos tornar a nossa existência gratificante, saudável e feliz.
Com efeito, o Homem, na tentativa de controlar melhor o seu tempo, criou o calendário e um dispositivo – o relógio – que começou a marcar o tempo. A partir desse momento, mais ninguém conseguiu ter tempo. O Homem, e a sua vida, ficaram reduzidos a horas, minutos e segundos. O relógio seguia a sua contagem e, com medo de se atrasar, prosseguia o tic-tac.
De que nos adianta possuir o mais belo e caro relógio do mundo, se não soubermos impor qualidade a todos os segundos por ele marcados? O relógio não possui a capacidade, assim como nenhuma das máquinas inventadas até hoje, de parar o tempo ou, pelo menos, de o fazer retroceder, para que possamos reviver alguns momentos e aproveitar cada milésimo de segundo, ou para recuperarmos o que deixámos escapar sem nos apercebermos ou por receio de agir em determinada circunstância, ou de aproveitar determinada oportunidade. Permite apenas “parar a contagem” do aparelho, pois o relógio da vida não se atrasa!
Portanto, se bem repararmos, durante grande parte da vida agimos mal, durante a maior parte nem sequer agimos nada, e durante toda a vida agimos inutilmente ou sem nenhum significado, porque no fundo sentimos o vazio do tempo que vivemos sem, de facto, termos vivido!
O tempo corre contra nós, portanto, viver cada segundo desse relógio, ou cada dia desse calendário, resume-se ao nosso mais difícil objectivo: o de fazer dessas míseras 24 horas e desses simples doze meses, o que faça valer uma vida!
Pergunto-me se haverá alguém que atribua o justo valor ao tempo, aproveitando--o bem e pensando que, a cada dia, morre mais um pouco. Pois, se avaliarmos bem a questão, verificamos que é um erro acreditar que a morte está à nossa frente, ou seja, no nosso futuro, uma vez que toda a nossa vida passada é já do domínio da morte! Tanto é que, à medida que crescemos e obtemos mais conhecimentos, vamos envelhecendo cada vez mais, sem ver o tempo passar.
Assim, quando penso mais aprofundadamente e conscientemente sobre o assunto, apercebo-me, subitamente, de que afinal o meu tempo não vai durar assim tanto tempo. Penso em como seria antigamente, em que os homens nasciam no tempo certo de nascer. Não havia incubadoras para os antes de tempo nem cesarianas para os fora de tempo. Em tempo, a Natureza sabia quando era tempo. E o Homem, envelhecia aos poucos, como um calmo entardecer. O tempo parecia infinito… Hoje, vai logo para a escola, e traz para casa um horário, controlador do tempo. Quando aprende a ler as horas, ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe, bem cedo, a maneira mais eficaz, de nunca ter tempo na vida! Come apressado, sem tempo. Dorme fora de tempo, exausto, ou, se for preciso, adormece antes de tempo, pois na manhã seguinte, bem cedinho, o famoso relógio, que tem todo o tempo, arranca-o da cama, proibindo-o de ficar na cama, como é sua vontade, por mais tempo. E, quando se apercebe que o tempo o perseguiu, já o relógio o fintou, e a vida lhe passou ao lado, tudo perdendo, mesmo sem nunca ter ganho.
Mas também é verdade que ninguém pode julgar o valor dos acontecimentos da vida no próprio momento, porque isso apenas o tempo o consegue fazer. E, se for caso disso, o tempo dar-lhes-á, a tempo, o valor que merecem. Assim sendo, para que os acontecimentos da nossa vida venham, mais tarde, a ter valor, é necessário que vivamos o quotidiano intensamente, marcando, como os ponteiros do relógio, a nossa vida de momentos inesquecíveis. Certamente teremos de renunciar a algumas coisas e, dependendo da opção que fizermos, podemos escolher uma vida mais tranquila, sem dependência dos relógios. Mas quem sabe se não estamos, da mesma forma, a renunciar a outras coisas, quem sabe aliciantes, envolventes e desafiantes.
Sentada no meu alpendre, o Sol iluminava a tarde com um calor aconchegante e, no fim da minha reflexão, concluí: o tic-tac do verdadeiro relógio da vida não corresponde à máquina em si, de marcação e contagem do tempo, mas à “máquina”, produzida em série ilimitada, original e personalizada, a qual temos a obrigação de manter sempre em perfeito funcionamento. É que o relógio da vida nunca se atrasa, e esse, é o nosso relógio biológico.

Maria Couto, 11º A1
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"Quem sai aos seus não degenera "


A casa está construída há muitos anos, por ela já passaram Verões húmidos e Invernos dolorosos. As pessoas passam por ela, comentando a tragédia horrível que se abateu no passado, com uma família de grande estatuto social.
Ana, uma menina de apenas treze anos, tinha muita curiosidade sobre aquele acontecimento e pedia à sua avó que lho contasse vezes sem conta, antes de cair no sono da noite. A sua avó sem nunca a contrariar, fazia-lhe a vontade todas as noites.
A família Sebastião, que viveu naquela casa, era uma família de classe social alta. Muitos pobres nem se atreviam a chegar perto de tais fidalgos, muito menos do Senhor Sebastião, que impunha respeito onde quer que passasse. Clara, a mulher do grande fidalgo, não compreendia a atitude rígida do marido. Na verdade, ela tinha casado por vontade dos pais, amando outro homem e não aquele grosseiro que repudiava a todos os instantes.
Os grilos já cantavam, era noite completa, no meio da vegetação encontrava-se Clara, com malas feitas e a sua filha nos braços. Era a altura ideal para fugir daquela vida sem felicidade, mas alguém vinha atrás de si furiosamente. O seu marido nunca deixaria aquela situação avançar, conseguindo agarrar Camila, a filha do casal.
Anos mais tarde, Camila festejava os seus vinte anos junto do seu pai, sem nunca ter conhecimento da sua mãe, pois esse era um assunto proibido em casa da família Sebastião.
Camila, sentia-se infeliz. O seu pai não a deixava arranjar namorado e ter uma vida normal, apenas tinha a sua amiga Maria para desabafar. O Senhor Sebastião estava constantemente pedindo-lhe que aceitasse um casamento com alguém de grande classe social e sabia exactamente quem escolher, pois desde pequenina que sua filha estava comprometida sem saber. Camila farta de tanta insistência, aceitou, fazendo uma enorme alegria no coração de seu pai.
O dia amanhecera, fazia-se sentir um grande calor, e em casa do Senhor Sebastião preparava-se a cerimónia para que a sua filha conhecesse o seu futuro esposo. Camila, impaciente, desceu as escadas e ouviu vozes. Curiosa, espreitou e viu o seu pai falando com um fidalgo, mas não era um homem qualquer. Camila tinha-se apaixonado perdidamente. Radiante de felicidade, correu até ao seu quarto e falou, quase sem respiração, com a sua amiga Maria, contanto todo aquele acontecimento.
A noite chegou. Camila e Maria tinham passado a tarde no quarto fazendo planos para uma grande noite. Seria tudo espectacular. Desceram as duas para o grande salão de festas. Camila dirigiu-se para perto do seu pai. Este pediu-lhe que esperasse, não seria ainda o momento apropriado, mas o seu amor naquele momento apareceu e dirigiu-se para perto dela. O seu coração estremecia, sentia algo que não conseguia explicar.
A porta principal abriu-se, um rapaz moreno e alto apareceu, e seu pai disse-lhe que aquele seria o seu futuro esposo. Camila desejou morrer naquele instante. Afinal, nem sabia quem era aquele homem que fazia o seu coração saltar até ao paraíso. A filha do Senhor Sebastião sentiu-se na lama, quando soube, pelo seu pai, que aquele homem que desejava, ia ser o seu sogro.
Os dias seguintes amanheceram como todos os outros para as pessoas da cidade, mas para Camila pareciam negros, sentia que ia casar com alguém que nem amava, que nem conhecia, ia casar com o vazio. Porém, ao contrário do que pensava, o seu futuro sogro também se sentia atraído por ela, o que levou a que se encontrassem às escondidas durante vários meses, mesmo debaixo dos narizes do Senhor Sebastião e do futuro marido de Camila, ou seja, o pai traía o seu próprio filho e continuavam a ser os melhores amigos e confidentes.
A futura família decidiu fazer um piquenique. Era algo simples, mas que serviria para poder juntar o casal de noivos. Apesar de Camila pensar que isso nunca na vida dela iria acontecer. O pai de Camila farto de a procurar no meio do campo, mandou o seu futuro marido à procura dela. No meio da relva, estavam deitados Camila e o seu futuro sogro. O Senhor Sebastião ao ouvir gritos, levantou-se apressadamente, deitou o livro que estava a ler para o chão e começou a correr. Camila correu em direcção ao pai cheia de sangue. O seu amante estava morto, vítima de homicídio por parte do seu próprio filho. O seu noivo não aguentara ver tamanha infidelidade por parte de duas pessoas importantíssimas para si, pois ele amava mesmo Camila. Por isso, no meio de tamanha confusão, tirou uma arma do bolso, que usava sempre, e matou o seu pai. Camila, de joelhos, pediu desculpa a chorar.
O Senhor Sebastião desfez o noivado da sua filha Camila, pois o seu futuro genro encontrava-se num estado lastimoso e brevemente seria punido pelos seus actos. Camila tentou desculpar-se, mas a sua consciência estava mais pesada do que nunca, sentia-se culpada pela morte do seu grande amor.
O pai de Camila, ficou muito doente. Então, pediu aos médicos que o deixassem falar com a sua filha. Camila, mais uma vez, estava feita em lágrimas, não podia imaginar que o que estava a acontecer fosse tudo culpa dela, o seu pai doente, o seu antigo noivo louco e o seu grande amor morto.
O Senhor Sebastião pegou na mão da filha e disse-lhe para seguir a sua vida, mas ser feliz, pois quem sai aos seus não degenera. Camila era igual à sua mãe, tinha a necessidade de ser feliz. Por fim, deu-lhe uma foto da sua antiga mulher e morreu a seguir.
Camila procurou a felicidade, ajudando quem mais precisava, e encontrou um novo amor no coração de uma família pobre e muito humilde. Ainda tentou procurar a sua mãe, mas foi em vão. Ela também tinha seguido a sua vida. Quem sabe se foi muito feliz com alguém que realmente a completava.
Ana, a menina curiosa que pedira á avó que lhe contasse a história de novo, já dormia profundamente, todas as noites sonhava como Camila sonhou. Ser Feliz.

Daniela Gonçalves, 11º C1

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Festa de Natal














No Teatro António Pinheiro, pelas 10:30 do dia 15 de Dezembro, realizou-se um Festival de Natal organizado pela Associação de Estudantes da Escola Secundária Dr. Jorge Correia – Tavira, com a colaboração da coordenadora de projectos, professora Fátima Pires.
Durante a festa, apresentada pelo Fábio Pereira, do 12º C1, e pela professora Fátima Pires, houve muitas actua
ções de talentosos alunos. O espectáculo teve início com a representação de uma peça de teatro encenada pelas alunas do Curso de Animação Sociocultural. Após quatro divertidas danças de salão, houve um breve momento de poesia. A Joana Pereira e o Gonçalo Wolf, do 11º A2, recitaram um poema de David Mourão-Ferreira: “Natal e não Dezembro”. Depois, seguiram-se diversas actuações musicais de alunos e de professores. Foram momentos bem animados quando o Rui Encarnação subiu ao palco, a Vera Rodrigues e a Sofia Grácio interpretaram uma canção de Sara Tavares, Augusto e Amigos fizeram um bom playback de José Cid e a Sofia Grácio, a Mariana Morais, a Aurora, o Augusto e o Bruno interpretaram com alma “ We are the world”. Houve oportunidade ainda para o professor Reinaldo Barros interpretar três temas e os professores presentes subirem ao palco para dar o seu contributo para a festa. Apesar de uns estarem muito tímidos e outros só abrirem e fecharem a boca sem nada cantarem, foram surpreendidos com um grande aplauso da assistência.
O final do espectáculo foi guardado para a actuação da banda “Má Pão Ainda”, formada por cinco elementos, Sofia Grácio e Mariana Morais nas vozes, tocando guitarra eléctrica e piano, o Jorge no jabé, o Rui Vale no baixo e o Luís Costa na guitarra clássica.















Repórter: Guillaume Conceição, 11º A2
Repórter fotográfico: Verónica Rodrigues, 11º A2

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Presépio Tradicional Algarvio










Como já tem vindo a ser habitual nos anos anteriores, o grupo responsável pela coordenação da Biblioteca montou um presépio de raiz tradicional.Este consta de um altar, armado em escadaria, com o Menino Jesus em pé, as searinhas e as laranjas. As searinhas testemunham a germinação de uma vida nova e simbolizam a riqueza das sementeiras. As laranjas, por sua vez, dão cor e beleza ao conjunto e são consideradas um costume rural. Contudo, ornamentar o presépio com laranjas é um costume que vem do século XVIII, em várias regiões da Europa, nomeadamente, na Provença, França, o berço dos presépios com figuras populares.



Porfessoras Ana Cristina Matias e Manuela Beato

Feira do Livro




De 9 a 12 de Dezembro, está a decorrer, na Biblioteca da Escola, a feira do livro, com a colaboração do Grupo Leya. Entre as novidades editoriais, destacamos A Viagem do Elefante , de José Saramago.

Exposição «Pensamentos Musicados»









Desde o dia 20 de Novembro que nos expositores do átrio da Biblioteca tem estado patente uma exposição elaborada no âmbito do Dia Internacional da Filosofia.





O Dia Internacional da Filosofia é mais um momento propício para se compreender, com Merlau-Ponty, que "a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo". O Dia Internacional da Filosofia foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Todos os anos este Dia é comemorado na terceira quinta-feira do mês de Novembro.
Este ano, a data de 20 de Novembro constituiu-se em mais um motivo para reconhecermos a vitalidade da actividade filosófica. Ela continua a interpelar-nos, seja nos textos mais elaborados e eternos dos filósofos consagrados, seja, nos poemas de canções, tantas vezes, não devidamente apreciados, mas autênticos lenitivos que engrandecem o dia-a-dia penoso e rotineiro, destituído de Humanidade, com que vamos preenchendo o nosso calendário.
Com esta convicção, foi sugerido, às turmas do 10º Ano A1, A2 e C1, que pesquisassem em poemas e/ou excertos de canções a fala da Humanidade e que os enriquecessem com o auxílio da voz esclarecida dos filósofos e com o contributo criativo e libertador da imagem.
Porquê? Porque a Filosofia é atitude. Ela não é só discurso. Não é mera contemplação. Nem puro ócio. Como disse Séneca nas Cartas a Lucílio, "A filosofia ensina a agir, não a falar".
Professora Mª Alberta Fitas

Eis dois dos trabalhos expostos:





WE ARE THE WORLD





Michael Jackson and Friends

Nós somos o Mundo

Nós somos o Mundo,
nós somos as crianças
Nós somos aqueles que criamos um dia mais brilhante
Então vamos começar a doar
É uma escolha que estamos a fazer
Estamos a salvar as nossas próprias vidas
É verdade que nós vamos criar um dia melhor
Só tu e eu

"As crianças distinguem inequivocamente, por um lado, as regras morais propriamente ditas, consideradas obrigatórias, relativas aos conceitos de felicidade, de justiça, de direitos e fundadas na honestidade e na ideia de evitar fazer o mal, e, por outro lado, as regras convencionais, consideradas não generalizáveis e contingentes, e que manifestam regularidades da organização social. Se a criança faz esta distinção, por que razão não a efectuaria o próprio adulto? Não poderá ele singularizar no seio dos diversos ensinamentos filosóficos ou religiosos que recebe, essa parte maior de imperativos morais universais que se encontram em comum ao nível de todos os representantes da espécie, colocando em segundo plano as convenções, rituais, práticas simbólicas, de origem cultural e eminentemente relativos?"
Jean-Pierre Changeux, Uma Mesma Ética para Todos?

Patrícia Figueiredo e Telma Romeira , 10º A1
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Pensamentos de Guerra
Ai Timor - Luís Represas


Lavam-se os olhos, nega-se o beijo
Do labirinto escolhe-se o mar
No cais deserto fica o desejo
Da terra quente por conquistar

Nobre soldado que vens senhor
Por sobre as asas do teu dragão
Beijas os corpos no chão queimado
Nunca terás o nosso perdão

Ai Timor
Calam-se as vozes
Dos teus avós
Ai Timor
Se outros calam
Cantemos nós

Salgas de ventres que não tiveste
Ceifando os filhos que não são teus
Nobre soldado nunca sonhaste
Ver uma espada na mão de Deus

Da cruz se faz uma lança em chamas
Que sangra o céu no sol do meio dia
Do meio dos corpos a mesma lama
Leito final onde o amor nascia


«O que é a Guerra? De que se necessita para triunfar em operações militares? Quais são os costumes da sociedade militar? A finalidade da Guerra é o homicídio; Os seus instrumentos, a espionagem, a traição, a ruína das populações, o saque e o roubo para os abastecimentos do exército, o engano e a mentira, ditos astúcias militares; Os costumes da classe militar são a disciplina, o ócio, a ignorância, a crueldade, a libertinagem e a bebedeira, ou seja a falta de liberdade. Apesar de tudo isto, essa classe superior é por todos respeitada. Todos os Reis, excepto o da China, usam uniforme militar e concedem as maiores recompensas a quem tiver matado mais gente… Os Soldados encontram-se como, por exemplo, amanhã acontecerá, para se matarem uns aos outros. Matar-se-ão e mutilar-se-ão dezenas de milhares de Homens e, a seguir, serão celebradas missas de acção de graças, pois foi exterminada muita gente (cujo numero é costume também exagerar) e proclamar-se-á a vitória, na crença de que o mérito é proporcional ao número de homens mortos. »
L. Tolstoi, Guerra e Paz

Cláudia Guedes, Daniela Pereira, 10º A1

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Comemoração do IV Centenário do Nascimento do Padre António Vieira







Nos meses de Novembro e Dezembro, tem estado patente na nossa Biblioteca uma exposição sobre o IV Centenário do Nascimento do Padre António Vieira. Esta exposição contou com trabalhos realizados pelos alunos do 11º ano sobre temáticas diferentes, relativas a aspectos da vida e obra deste escritor, considerado por Fernando Pessoa como o " Imperador da Língua Portuguesa".
Os alunos aderiram com entusiasmo à iniciativa proposta pela Biblioteca e, sob a orientação dos professores de Português, têm estado patentes trabalhos que demonstram a relevância deste autor como humanista e missionário, pondo os mesmos em evidência a actualidade da sua obra, numa sociedade que transporta consigo as injustiças que são de todos os tempos.
Professora Manuela Beato

Visita de Estudo a Itálica

No dia 20 de Novembro, as turmas do 10.º C1 e C2 deslocaram-se em visita de estudo a Itálica/Sevilha, no âmbito das disciplinas de História, Espanhol e Filosofia, sob a responsabilidade das professoras Fátima Pires, Inês Pinheiro e Edite Azevedo. Visitámos a cidade de Trajano e Adriano e foi com agradável surpresa que verificámos como os romanos, em muitos aspectos, estavam muito perto de nós.


Professora Fátima Pires

Área de Projecto

Em Área de Projecto, a turma C2 do 12º ano encontra-se a trabalhar nos seguintes temas:
- Transexualidade;
- Eutanásia;
- Artes de Pesca da Ria Formosa;
- Massacres em Escolas;
- Aquecimento Global.

As Concepções dos Trabalhos podem ser consultados em http://www.moodle.estavira.com/ na sala Área de Projecto 12ºC2.
Professora Fátima Pires

Visita de estudo: Colecção Berardo e Centro de Arte Moderna



No dia 5 de Novembro, as turmas do 12.º C1 e C2, na companhia das professoras Anabela Florêncio, Fátima Pires e Manuela Beato, visitaram a colecção Berardo no Centro Cultural de Belém e o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.


Gostámos da forma como nos receberam no CCB e a visita guiada contribuiu para melhorar a nossa compreensão da Arte Contemporânea. Já na Gulbenkian, sentimo-nos uns intrusos, perseguidos a todo o momento e injustamente maltratados. É pena porque tem uma excelente colecção do Modernismo português, em especial de Amadeo de Sousa Cardoso.
12º C1+C2

Projecto «Comportamentos de risco da adolescênica»

















No dia 22 de Outubro, decorreu no Auditório da Escola Secundaria de Tavira, uma palestra sobre “Métodos Contraceptivos”, no âmbito do projecto “Comportamentos de risco da adolescência”, dinamizado pelas turmas 11º A2 e 12º A2, para além de outras que aderiram à iniciativa.
Os alunos Ana Rita e Gonçalo Lima abriram a sessão e apresentaram a enfermeira Cátia Palma, uma jovem de 23 anos, formada pela Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende, em Lisboa, e actualmente a exercer a sua profissão no serviço de urgência e Obstetrícia e Ginecologia, no Hospital Central de Faro.
Os diversos alunos presentes, entre os quais, as turmas anteriormente referidas, a turma CEF de Operador de Informática, a turma do curso de Animador SocioCultural e outros alunos que por iniciativa própria comparecem nesta sessão de educação para a saúde, estiveram muito atentos e a recolher informação sobre métodos contraceptivos irreversíveis e reversíveis. Dentro destes últimos, ficaram a conhecer os métodos naturais e não naturais.
A enfermeira Cátia alertou muito os presentes para a necessidade de ter uma sexualidade responsável. Por isso, frisou que o único método que evita, simultaneamente, a gravidez e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é o uso do preservativo. Sublinhou ainda que a pílula do dia seguinte não é um meio contraceptivo a ser utilizado com regularidade mas apenas como emergência e justificado com a falha do outro método contraceptivo. A pílula do dia seguinte tem consequências graves para a saúde da mulher.A sessão foi encerrada pela Joana Campos e, de seguida, o André Gonçalves recolheu a opinião de alguns dos presentes. A Débora, a Diana e a Marisa, alunas do 12º A2, afirmaram que a palestra foi muito importante e produtiva para uma melhor vivência da vida dos adolescentes. O Milton Brito, aluno do 11º A2, também realçou a importância dos conhecimentos divulgados. Por sua vez, o professor de Biologia, Rui Carmo, disse que a apresentação foi muito bem dirigida, de uma forma muito perceptível e atraente. A enfermeira Cátia Palma considerou que tudo correu bem e que os alunos se comportaram muito bem.
Espera-se que esta iniciativa, fruto de uma ideia da Directora de Turma, professora Rosa Palma, venha a contribuir para a vivência mais responsável da sexualidade na adolescência.

Repórter: João Palma, 11º A2
Repórter Fotográfico: André Gonçalves, 11º A2

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Levanta-te e actua











No dia internacional para a erradicação da pobreza, a 17 do passado mês de Outubro, a nossa comunidade escolar participou na actividade «Levanta-te e actua!», dinamizada pelo Curso Profissional de Técnico de Turismo , CEF – Técnicas Administrativas e pelo Projecto «Portal Mágico».

Tendo por objectivos "Participar de forma activa na campanha LEVANTA-TE E ACTUA?", " Sensibilizar a comunidade Educativa para a problemática da pobreza e para os seus reflexos, na qualidade de vida e na dignidade da Pessoa" e "Mobilizar os Jovens para a participação cívica", entre os dias 13 e 17 de Outubro, desenrolaram-se diversas actividades que consitiram na elaboração de cartazes pelos alunos; informação sobre a campanha; mobilização da comunidade escolar; projecção de um filme no espaço “Projecto - Portal Mágico”; apresentação dos “Objectivos do Milénio”, seguido de Debate e, por fim, colocação de uma faixa na entrada da Escola “Levanta-te e Actua”, seguida de concentração junto à rosa-dos-ventos com camisola branca ou vermelha, onde se procedeu à recolha de imagens, entre as quais se contam as que aqui apresentamos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Bibliotecas famosas/Bibliotecas que fazem história

O mês de Outubro é o mês das Bibliotecas escolares, por isso montámos uma exposição sobre «Bibliotecas famosas e Bibliotecas que fazem história», entre as quais destacamos, aqui, a Biblioteca de Alexandria e a British Library, em Londres.
Os alunos do 10º ano, motivados pelos professores de Português, definiram o conceito actual de biblioteca e, após uma primeira selecção, as definições mais bem conseguidas completaram a exposição em decurso.
Para o nosso blog, fizemos uma segunda selecção e escolhemos uma definição por turma, exemplificativa do trabalho dos alunos:

BIBLIOTECA: Um sítio aberto a todo o público para que possamos encontrar-nos com todos os tipos de cultura a custo zero. Das Municipais às Mundiais, são pequenas ou grandes salas de enorme conhecimento, parte dele ainda por descobrir.
Alexandre Matias, 10º A1

Sempre que procuramos um sítio de sabedoria e história, podemos situar-nos na Biblioteca, onde vamos encontrar conhecimento, cultura e ainda paz de espírito.
Marina Gonçalves 10.ºA2

A biblioteca é o caminho do saber,
É a luz do conhecimento,
É a porta da inspiração,
É o olhar da sabedoria,
É o horizonte da exploração.
Ana Catarina Monteiro, 10ºA3

A biblioteca não é só um lugar com estantes e livros, mas sim um lugar onde se aprende e descobre.
Pedro, 10ºC1

A
biblioteca é uma casa que tenta arrumar o passado, o presente e o futuro em prateleiras de uma estante.
Sandra Ramos, 10ºC2

A Biblioteca é fonte de sabedoria, de informação, de consulta, de interesse intelectual e , sobretudo, de amor à leitura.
Ana Silva, 10º E

A Biblioteca é um lugar mágico onde a imaginação floresce no meio de uma floresta silenciosa de livros.

Ana Laura Mascarenhas, TGES, 1º ano