BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reflexão filosófica sobre o livro "A Peste", de Albert Camus


Reflexão filosófica sobre o livro
A Peste, de Albert Camus


Em Orão, como no resto do mundo


por falta de tempo ou reflexão, somos obrigados a amar sem saber.



O romance, A Peste, escrito por Albert Camus conta-nos como a Peste Negra influenciou a vida dos habitantes na agitada cidade de Orão. A vida nesta cidade era, até ao momento em que algo de repelente aconteceu, muito pacífica, vivendo os cidadãos para trabalhar e formar família apenas porque se sentiam obrigados a isso e não porque o amor ou uma grande paixão os levasse a tal.

Esta era uma cidade muito cinzenta e demasiado industrial, segundo o autor. Nela a população vivia uma vida bastante rotineira. Foi nesta cidade que um dia uma grande quantidade de ratos mortos apareceu nas ruas e nas casas, era o início da peste negra.

Muitas mortes ocorreram durante um longo período de tempo, numerosas famílias se separaram, perderam-se grandes amizades. A cidade acabou por “fechar portas ao resto do mundo”, ou seja, deixaram de poder entrar ou sair pessoas, mercadorias, etc., na cidade, e assim entregar-se e isolar-se na sua epidemia.


Então, a vida destes cidadãos mudou radicalmente. A peste tinha vindo fazer uma boa ação, os casais passaram a apaixonar-se e sentirem saudade, as pessoas passaram a dar valor à vida, a cada dia das suas vidas.

Quando a peste causou centenas de mortes, por dia, os saudáveis, essencialmente os médicos, como o narrador da história, o doutor Rieux, aplicavam-se 24 horas por dia, para travar esta doença e salvar vidas.

Mas não só os médicos começaram a dar mais valor à vida, a estes juntaram-se também os jornalistas, como Rambert e Tarrou, que ganharam especial interesse nesta repentina epidemia. Pela mesma epidemia que os tinha impedido de voltarem para as suas vidas e os “trancara” naquela cidade à qual tinham vindo apenas por trabalho. Seria apenas o acaso que os teria levado até ali?

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Daniela Domingues, Nº 7, 11º A2




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CAMUS, Albert, A peste,trad. Ersílio Cardoso, Lisboa : Livros do Brasil, 1970 (Autores de sempre) 

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