BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

terça-feira, 15 de março de 2011

Visita às exposições do Palácio da Galeria: «Cidade e Mundos Rurais - Tavira e as sociedades agrárias» e «Lapso de Tempo»


Na passada quinta-feira, dia 24 de Fevereiro, no âmbito da disciplina de Filosofia, a turma 10ºA2, de Ciências e Tecnologias, foi visitar o Palácio da Galeria com o propósito de conhecer as duas exposições em montra, sendo estas «Cidade e Mundos Rurais – Tavira e as sociedades agrárias» e «Lapso de Tempo».

A turma reuniu-se na entrada do Palácio juntamente com a directora de turma e professora de Filosofia, a Professora Maria Fitas. A turma foi dividida em dois grupos, ficando cada um à responsabilidade de uma guia, nomeadamente, Luísa Ricardo e Patrícia Gonçalves, que iria então dar a conhecer detalhadamente cada exposição.


Os alunos encaminhados para a exposição «Cidade e Mundos Rurais – Tavira e as sociedades agrárias» tiveram a oportunidade de ficar a saber mais sobre a história, as descendências da cidade de Tavira e as influências que originaram a sociedade de hoje e a sua cultura.

Resumindo a informação adquirida na exposição:

Tavira não é constituída apenas pela cidade em si mas também pelas suas zonas rurais (mais conhecidas por campo). Apesar de os habitantes destas áreas serem menos do que os da cidade, desempenharam um importante papel para o desenvolvimento desta, principalmente através de actividades comerciais.

Os islâmicos, antigo povo que habitou esta zona do Algarve, deixaram uma herança cultural importantíssima à cidade de Tavira, que ainda hoje perdura, essencialmente em termos de tecnologias agrícolas (condutas de água como noras e canais de rega, contractos de agricultura, técnicas de moagem e de produção de azeite) e arquitectura (casas de terra, pedras, cal e taipa – materiais reutilizáveis e favoráveis ao ambiente que têm vindo a ser cada vez mais utilizadas pelos arquitectos desta zona). Influências deste povo são visíveis também em tradições e actividades que ainda se praticam, como, por exemplo, na música popular e na arte têxtil. Apesar deste «conjunto de saberes passado de geração em geração», disse-nos a guia Luísa Ricardo, muitas foram as tradições que se perderam ao longo dos anos.



Já na exposição «Lapso de Tempo» de Luís Ramos, os alunos puderam observar fotografias de zonas balneares da costa portuguesa em diferentes alturas do ano. A organização da exposição consistia em vários pares de fotografias (dípticos) das mesmas zonas balneares, colocadas ao lado uma da outra, tiradas em diferentes épocas do ano (verão e inverno). A visita à exposição foi ainda completada com a visualização de dois vídeos realizados na praia da Altura.

Nesta exposição, os alunos exploraram livremente o espaço, observando as fotografias, de modo a construírem uma opinião pessoal acerca da sua mensagem. Depois de tirarem as suas conclusões, os alunos partilharam com a guia Patrícia Gonçalves as suas opiniões e até mesmo experiências próprias.

Resumindo algumas das ideias partilhadas:

A partir do século XVIII é que as praias começaram a ser usufruídas pelo Homem mas apenas para efeitos medicinais, pois até aí a praia era vista como um lugar misterioso e obscuro que dava origem a mitos e lendas, temidos pelo Homem. No entanto, ao longo do tempo, as praias têm vindo a ser cada vez mais frequentadas, essencialmente no Verão, e isto deve-se a uma evolução da cultura e da mentalidade das sociedades.

Este lugar é agora visto como um lugar exótico e de diversão, que atraí pessoas de todo o lado. Com a ‘descoberta’ destes lugares, houve uma evolução do sector turístico nas zonas do litoral – novas construções surgem todos os anos nas zonas costeiras, desde casinos, hotéis, discotecas, centros comerciais, apartamentos. Este desenvolvimento proporcionou novos postos de trabalho e um crescimento económico destas regiões, mas, por outro lado, levou à destruição de zonas florestais, habitats naturais e à poluição das praias e das águas.

Concluímos que esta visita foi bastante interessante e enriquecedora para a turma, tanto a nível pessoal como escolar. Permitiu aos alunos conhecerem um pouco mais da história da sua terra e da sua zona e partilharem conhecimentos e experiências entre si.

No geral, a turma gostou da visita e gostaria de repetir, se possível, a uma outra exposição.

Carolina Silva, nº5, Miguel Silva, nº24, 10ºA2

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