BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Percurso Pedestre - Sapal e Dunas da Praia do Barril, Conto "Nascem Nuteixos" (PREAA)

Guia Revisto de Campo Da Praia Do Barril

11º A3 monitores de saída de campo à Praia do Barril (PREAA)

No âmbito do PREAA, inserido na disciplina de Biologia e Geologia, os alunos do 11º A3 desenvolveram um projecto de articulação com o 1º ciclo, sob a orientação da professora Augusta Carvalho, em colaboração com a coordenadora PREAA interconcelhia, Susana Rocha.
No dia 24 de Maio, procedeu-se a uma saída de campo à Praia do Barril com os alunos do 2º e 4º anos da professora Arménia Viegas, EB1, Luz de Tavira, tendo os alunos do 11º A3 desempenhado as funções de monitores.
Aí os alunos foram à descoberta do sapal e das dunas, seguindo o "Percurso pedestre de interpretação ambiental". Entre outras actividades, houve oportunidade para o reconto do conto "Nascem Nuteixos" ( in Contos do Mago, narrativas e percursos geológicos, de Helena Tapadinhas) e para desfrutaram da companhia uns dos outros.


terça-feira, 6 de julho de 2010

11º A3 e 11º A4 como contadores de histórias (PREAA)

No dia 29 de Abril, um grupo de alunos do 11º A3 e 11º A4, na companhia da professora de Biologia e Geologia, Augusta Carvalho, deslocou-se à EB1 de Luz de Tavira para realizar uma sessão de narração e animação de um conto extraído da obra Contos do Mago, narrativas e percursos geológicos, de Helena Tapadinhas.
O conto trabalhado foi "Nascem Nuteixos" e os nossos alunos conseguiram muito bem cativar os alunos do 2º e 4º anos da turma da professora Arménia Viegas. A coordenadora PREAA interconcelhia, Susana Rocha, também acompanhou no local o desenvolvimento deste trabalho.
A compilação fotográfica que abaixo pode visionar testemunha o empenho de professores e alunos em mais uma das actividades agendadas pela nossa escola no âmbito do Programa de Educação Ambiental pela Arte (PREAA), promovido pela DREALG.



Sente curiosidade por ler ou consultar a obra Contos do Mago, narrativa de percursos geológicos?
Dirija-se à nossa Biblioteca e poderá requisitar um dos exemplares que possuímos.

Aceda também ao site http://www.contosdomago.com/

Lágrimas

Há muito, muito tempo, na praia do Barril, uma grande amizade nasceu entre o vento e a duna Nuna. Todos os dias faziam bailes de vento e areia, divertindo-se.



Até que um dia, o vento apercebeu-se que sentia uma coisa estranha quando estava com a duna. Era algo quente que o fazia sentir-se bem com a pequena duna. Como não sabia o que era, o vento foi falar com o mestre sábio do tempo e das eras, Mago PMCzóico.
Nesse dia estava muito calor, então, duna foi para perto do mar. Assim que o vento a viu de costas, fugiu num leve sopro até às ninfas do sapal. Chegou e disse:
- Ó ninfas, ninfas, podem dizer-me onde mora o mago do tempo?
- Oh valente vento, nós não sabemos onde mora o mago mas podemos pedir às Ornitogeas que o tragam até nós – contestou a ninfa.
-Então está bem, amanhã apareço aqui – disse o vento sorridente.
As horas passaram e duna foi dormir descansada para junto dos barcos dos pescadores.
No dia seguinte, o vento foi ter com o mago e perguntou:
-Ó mago das eras e do tempo, tu, que tudo sabes, que tudo já viveste, diz-me, por favor, que calor estranho e reconfortante é este que sinto quando estou com Nuna.
-Esse calor estranho que te queima mas ao mesmo tempo te faz sentir bem é o amor -afirmou o mago sábio.
-Então como é que digo à Nuna isto que sinto? - perguntou o vento.
-Diz-lhe o que sentes, não esperes mais tempo, e sobretudo tens de saber viver com um “não” e com um “sim”-respondeu o mago.
O vento ficou pensativo, agradeceu os conselhos do mago e foi ter com a duna.
Nesse dia, o vento ameno e calmo parecia um vento do sul, seco e quente, quando estava com a Nuna. Ele tinha ficado com esperanças desde que tinha saído sozinho com a duna, dos bailes de vento e de todas as vezes que riam juntos. Ganhou coragem e disse à duna o que sentia, mas para sua infelicidade duna disse que só gostava dele como amigo.
E assim, com um sopro fugaz, o vento desapareceu a correr. Foi para o sapal e derramou tantas lágrimas que as plantas começaram a florir. Como as suas lágrimas eram de tristeza, podemos pôr uma folha de uma dessas plantas na boca e sentir o salgado das lágrimas do vento.



Seguindo os conselhos do mago, o vento continuou a fazer os seus bailes de areia e vento com a duna mas sempre com o seu coração partido, durante todo o tempo, até aos dias de hoje.




Duarte Barros, 11ºA3
Escola Secundária de Tavira, Ano lectivo 2009/2010




(Texto criativo produzido após leitura de Contos do Mago - narrativas e percursos geológicos, de Helena Tapadinhas)


À DUNA NUNA

As areias que pisamos…
Hoje sento-me aqui, não tenho nada para contar para além dos sonhos perdidos, jogados ao chão pelo egoísmo. O mar é meu aliado e as areias minhas confidentes, mil e uma histórias guardam e, por isso mesmo, ninguém melhor que elas para guardarem o meu eterno segredo.
Mergulho os pés nelas, deixando-me afundar nos seus grãos de quartzo. “Conta-me histórias” peço-lhe. Já foste magma, costa de montanha e fundo de mar.Foste pressionada até às profundidades deste pequeno e azul planeta, lá tornaste-te incandescente. Admiro-te por isso, moldas-te conforme o que te rodeia e os teus cristais brilham junto ao sol qual tesouro. Quantas amizades juntaste? E quantas paixões terminaste no final de cada Verão?
Danças com este vento perdido de rumo e todos os dias nos mostras uma nova visão cheia de vida. Migras com este teu amigo do barlavento para o sotavento, encarando o mar furioso. Formas oásis e infinitos desertos que podem levar um mero mortal à loucura. A tua paisagem não nos revela o teu passado, por isso, alguém como eu, simplesmente intitulada por alguém, se pergunta: O que te aconteceu? Dançaste com o vento, os teus grãos foram separados e espalhados pelos quatro continentes. Comprimida e transformada, as ondas do teu corpo desaparecem para dar lugar a uma estrutura pesada, estrutura que não amas mas aceitas.
Caminho sobre ti, deixando assim um rasto para trás. Porém, ao contrário de ti, não deixo a minha marca no Mundo. Nas tuas areias estão inscritas as memórias de dinossauros e chuvas que foram transformando o Mundo. Porque é que o Homem vai destruindo tudo aquilo que ajudaste a construir? Tu que impedes que o mar atravesse as ilhas que constróis, vês tudo a ser destruído pela nossa ganância. Dás a pescadores um porto de abrigo, a jovens um pitada daquilo a que chamamos liberdade, e assim o tempo vai passando.


Tudo o que nos rodeia vai mudando, incluindo tu, velha amiga Nuna. Deixas-nos apreciar um nascer e um pôr-do-sol, lembrando-nos que devemos preservar o que de mais belo temos, a vida! E ali continuamos na companhia dos quatro elementos, e tu, imortal companheira, a embalar-nos com o teu velho amante - o vento.

Catarina Almeida, 11ºA3
Escola Secundária de Tavira, Ano lectivo 2009/2010




Texto criativo produzido após leitura de Contos do Mago, narrativas e percursos geológicos, de Helena Tapadinhas.

A Geologia em Tavira

A turma do 11º A2, sob a orientação da professora Augusta Carvalho, realizou um estudo sobre a Geologia em Tavira.
Clique no vídeo e veja o trabalho realizado pela Catarina Loureiro, o Gonçalo Frade, a Patrícia Viegas e o Pedro Fialho.
A seta no canto inferior esquerdo abre uma janela pequena, mas, se clicar no botão do canto inferior direito, poderá ver o filme projectado no ecrã inteiro.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Relatório da Feir@1.€om

Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia – Tavira

Curso Profissional Técnico de Comércio

10º Ano


Relatório da Feir@1.€om


No dia 28 de Maio de 2010, das 09h30 da manhã até às 14h00 da tarde, realizou-se a Feir@1.€om, a primeira feira organizada pela turma do 10º ano do Curso Técnico de Comércio.
Durante toda a manhã, a nossa feira teve várias actividades, tais como: venda de bolos, sumos de várias qualidades e também salada de fruta. Tudo isto a preços acessíveis para os alunos, professores e funcionários. Todos tiveram a oportunidade de comprar os nossos produtos, saboreá-los e, assim, colaborar nas nossas actividades.

A nossa feira teve início com o Fábio a apresentar o programa e, ao mesmo tempo, no ecrã da sala de convívio passava um pequeno vídeo da nossa turma, realizado por ele.
Deu-se, então, início às actividades e à venda dos nossos produtos, onde eu participei, ajudando na venda dos comestíveis. Simultaneamente, decorriam as actividades do jogo do saco, do tiro ao alvo e do campeonato do jogo de futebol na PlayStation.



Na sala de alunos, pelas 10h05, houve música ao vivo: o André, da minha turma, tocou guitarra, o Rui Vale, do 12ºC1,tocou baixo e a Sara Silvestre, do 11º E, cantou.
De seguida, eu, a Cátia e a Sofia fomos oferecer um bolo a todos, professores da Direcção, funcionários da secretaria, reprografia e da cantina, que ajudaram a tornar a feira possível, porque sem eles esta actividade não teria tanto êxito.



Às 11h05 aconteceu o momento alto da feira com as danças de salão: o cha cha cha, a rumba e o samba, dançados pela minha colega Cristela e pelo seu par. Ambos foram maravilhosos, complementaram-se um ao outro e dançaram muito bem, emocionando o público que assistia àquele momento fascinante.
Depois desse momento excelente, a feira continuou com vendas e com outras actividades, nomeadamente, poesia às 13 horas, pelo Fábio que leu dois poemas feitos pela Sofia, um de homenagem ao professor Duarte e outro sobre a nossa turma.
A maioria das actividades acabou às 14h00, a hora prevista do encerramento da feira. Por fim, tivemos que arrumar as bancas dos bolos e dos outros produtos, oferecendo ainda as fatias de bolo que sobraram.
Em suma, acho que dei o meu contributo na preparação e realização da feira, participei na elaboração do cenário da banca dos bolos, ajudei na venda dos bolos, a arrumar as coisas, na cantina e a lavar a loiça que utilizámos. Fui responsável e sempre simpática, ajudando constantemente os meus colegas.
Feito o balanço da actividade, constatámos que atingimos o nosso principal objectivo, que era pôr em prática alguns conhecimentos adquiridos no curso, fazer algo diferente, inovador e que divertisse os alunos, e isso foi alcançado.


Ana Catarina Almas, 10º TCOM

TORNEIO INTER-TURMAS DE VOLEIBOL e PASSEIO PEDESTRE


O Grupo de Educação Física da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia promove nos dias 14 e 15 de Junho actividades desportivas, mais concretamente voleibol e um passeio pedestre.

O dia 14 será preenchido com a realização de um torneio inter-turmas de voleibol, para os alunos do 10.º ano, no pavilhão desportivo, entre as 9:00 e as 16:00h.
No dia 15 realizar-se-á um passeio pedestre com saída da nossa escola às 9:30 e regresso ao 12:30.

Pretende-se, principalmente com a caminhada, proporcionar aos alunos, funcionários e professores, para além do benefício físico, um são convívio no término do ano lectivo.


Ponto de Encontro – “Rosa dos Ventos”, junto ao Parque de Estacionamento da Escola.

Hora – 9h 00min, (Saída às 9h 30min.)

Duração da Actividade: +/- 2h 30min.

Percurso: Escola – Sta Luzia (pelo caminho da ciclovia) – Sta Luzia (marginal)– Escola (ciclovia).

Hora Prevista de Chegada à Escola
: 12h 30min.

Obrigada pela participação!
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A MARCHA

A marcha é uma actividade física de lazer, e de impacto mínimo no meio ambiente, quer ao nível da fauna, quer ao nível da flora. Esta actividade associada à orientação de um monitor, permite que a marcha atinja o seu objectivo essencial: uma actividade de lazer com segurança.

Regras básicas

O grupo deve manter uma cadeia de ligação entre si (VISUAL), de modo a permitir a manutenção dos elementos em grupo. A responsabilidade de manter o contacto visual é sempre do último elemento. (O contacto visual torna-se o factor mais importante nos casos de alterações climatéricas, sobretudo em situações de nevoeiro. Nestas situações, é necessário que o elemento mais experiente saiba orientar o grupo).
- Procura seguir pelos trilhos, assim evitarás esmagar a flora.
- Lembra-te de que o barulho, além de assustar os animais, não te permite ouvir o cantar das aves e observar outros animais.
- Na Natureza não tires mais do que fotografias, não deixes mais do que as tuas pegadas. (PROVÉRBIO DO MONTANHISMO). O coleccionismo individual na natureza é irresponsável. Imagina o que seria um grupo de 50 jovens estudantes a recolher exemplares para as suas colecções, no mesmo local. Seria o despojo total da riqueza desse lugar.
- As embalagens de comida e de bebida devem regressar contigo, pesam muito menos vazias!

O Equipamento pessoal:

- O calçado é muito importante, já que o desconforto dos pés se transmite a todo o corpo. Para passeios curtos, em terrenos pouco irregulares, com tempo seco, umas sapatilhas vulgares são adequadas. Poderás utilizar botas sintéticas (trekking), que se caracterizam pela sua leveza, resistência e conforto. O tamanho do calçado deve ser escolhido no sentido de permitir o uso de um par de meias interiores em algodão, reforçadas por um par de meias de Algodão com felpa;

- Nunca fazer uma marcha longa com calçado novo.

- A roupa adequada para a marcha será talvez o elemento mais difícil de escolher, já que depende de vários factores imprevisíveis, como as condições climatéricas.
- As calças de algodão poderão ser práticas no Verão, mas, se chover, demoram muito a secar e perdem o isolamento térmico. As de fibra sintética secam mais rapidamente e, mesmo molhadas, são um óptimo isolamento térmico, devido à sua baixa condutividade térmica;
- A roupa para a parte superior do corpo segue os princípios atrás descritos. Uma t-shirt de algodão, uma sweat-shirt e um impermeável com carapuço (peça que deve sempre fazer parte do equipamento e que poderá ser transportado na mochila).
- Chapéu ou boné.

Lembra de que, durante a marcha, o tempo pode mudar rapidamente, pelo que é vulgar haver sol, chuviscos e vento alternados, num só dia.

Transporte de material na mochila

A mochila é o suporte físico para transportar o indispensável para a marcha: roupa, comida, água, etc. A sua escolha é tão importante como o calçado, já que uma opção errada pode, com o uso, vir a criar lesões na coluna vertebral.

PROFESSORES RESPONSÁVEIS: GRUPO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

domingo, 13 de junho de 2010

A vivência dos afectos de Baltasar e Blimunda e sua comparação com a actualidade

Baltasar e Blimunda

Comemoração dos 550 anos da morte do Infante D. Henrique - D. Filipa de Lencastre

Comemoração dos 550 anos da morte do Infante D. Henrique

Comemoração dos 550 anos da morte do Infante D. Henrique

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Projecto Comenius Competências Interculturais Foto reportagem de Exposição





Desde o dia 14 de Maio, a exposição «As Competências Interculturais através dos currículos escolares», Projecto Comenius, tem sido visitada pelos membros da nossa escola.
Orientados pelas professoras Andreia Marques e Maria João Gouveia, os alunos do 12ºE conceberam painéis e cartazes sobre os sete países envolvidos neste Projecto Comenius: Bulgária, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Roménia e Turquia.
O Projecto é coordenado pela professora Fátima Pires e neste seu primeiro ano de existência já proporcionou a delegações de professores e alunos três encontros de trabalho: o primeiro na Bulgária, o segundo na Turquia e o último na Itália.
A animação fotográfica acima apresentada é um testemunho da elevada qualidade dos trabalhos expostos no átrio da Biblioteca.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

«Exposição: No Limite do Corpo Humano»




Durante o mês de Maio, os nossos utilizadores puderam apreciar e aprender com a exposição «No limite do corpo humano», iniciativa do grupo de Biologia e complementada pela equipa da BE.
Esta exposição, que estimula diferentes olhares sobre o corpo humano e os seus limites, englobou cartazes e peças representativas de órgãos do nosso corpo, bem como obras impressas sobre esta temática e que temos para consulta ou requisição domiciliária por parte dos nossos utentes.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Encontro com José Sequeira Gonçalves e João Espada

José Sequeira Gonçalves e João Espada, respectivamente, autor e ilustrador do romance histórico Amanhecer na Rotunda estiveram na nossa escola no passado dia 28 de Maio, actividade dinamizada pela Biblioteca em colaboração com o grupo de História e integrada nas Comemorações do Centenário da República.
José Sequeira Gonçalves, Mestre em História Contemporânea, com tese sobre Sidónio Pais e a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, começou por falar, sumariamente sobre o seu primeira romance Cruz de Portugal. Esta obra, cuja acção se centra no período de 1910-1918, retrata o período da Primeira República Portuguesa e os heróis portugueses que combateram na Primeira Guerra Mundial.



Depois, intercalando a palavra com João Espada e com o apoio de suporte visuais, aguçaram a curiosidade da assistência pela leitura de Amanhecer na Rotunda. Esta obra oferece-nos uma narrativa, misto de ficção e realidade, e sugestivas ilustrações sobre episódios que conduziram à implantação da República em Portugal.


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Visita de estudo à «Quinta dos Correias»


No dia 4 de Maio, a turma do 10º T COM partiu da Escola Secundária Dr. Jorge Correia – Tavira, em direcção à Quinta dos Correias na Luz de Tavira.
Quando lá chegámos, o proprietário, o Sr. Ricardo Silva Sousa, fez-nos uma breve introdução histórica da quinta, que está na família há mais de 200 anos. Actualmente, produzem quatro qualidades de vinho: Vinho Terras da Luz, Fuzeta, Terras da Luz reserva e o Balsa que é o vinho mais conceituado da Quinta, mas que não é posto à venda todos os anos porque não têm produção suficiente. Este vinho ficou com este nome porque perto daquela quinta havia uma cidade romana, com esse nome, agora submersa pelas águas da ria. Na feitura dos diferentes vinhos são usadas quatro tipos de castas de uva: Uva Aragonês, Uva Touriga Nacional, Uva Castelão mais conhecida por Periquita, Uva Cabernet Sauvignon.


O Sr. Ricardo disse que, quando as uvas estão boas, ele vai buscar uma amostra de cada uma e esmaga-as individualmente até criar o mosto, que é o sumo produzido pela uva, que depois é colocado num aparelho chamado Refractómetro para ver a percentagem de álcool, porque o açúcar das uvas é todo transformado em álcool, e, quando este processo é realizado, consegue-se ver o teor alcoólico do vinho.
Um factor curioso foi quando nos disse que, em vez de usarem químicos para se protegerem das pragas, usam rosas, no início de cada fileira de pés de uvas. Se os bichos comerem a rosa, aí usam os químicos, mas sempre em último caso.


Depois desta explicação teórica, levou-nos à adega. Lá mostrou-nos todos os equipamentos usados no processo de produção dos vinhos, desde quando as uvas chegam à adega, até serem esmagadas por um aparelho que se chama Esmagador desengaçador. As uvas são esmagadas até criar o mosto, depois deixam-se fermentar até ao ponto em que o açúcar das uvas é transformado totalmente em álcool.
Depois, quase no fim da explicação, disse-nos que as misturas dos vinhos só se faziam no fim e que é obrigatório por lei mandar os vinhos para laboratório, para ver se estão bons e se é preciso ou não fazer correcções.


No fim da Visita, o Sr. Ricardo ofereceu um pequeno lanche à turma e deu a provar dois tipos de vinhos: o Terras da Luz e o Fuzeta.
Na minha opinião, gostei desta pequena visita de estudo que também serve para mostrar que o Algarve é capaz de produzir bom vinho, não ficando atrás de vinhos como os do Alentejo, do Douro e da Estremadura, entre outros. A grande diferença entre os vinhos da nossa região e os outros é que nós ainda não temos herdades com capacidade suficiente para comercializar a nível nacional e internacional.

Miguel Mariano, 10º T.Com