Ao iniciar a leitura de O Caminho Imperfeito, comecei a pensar que a informação sobre uma caixa, contendo a cabeça de um bebé e outros pedaços humanos, e que supostamente sairia numa encomenda de Banguecoque para Las Vegas, seria o fio condutor para uma investigação misteriosa. Efetivamente, não foi o que aconteceu, uma vez que, ao terminar a leitura do livro, sobre esse assunto ficamos apenas a saber que a mesma nunca chegou a ser expedida, e que o narrador chega até à morada do destino, em Las Vegas e … o livro termina.
Trata-se de deambulações, viagens do autor pela sua terra natal, vivências da infância e da adolescência, intercaladas com viagens em família a Las Vegas e outros destinos, e principalmente à sua Tailândia, onde o autor escolheu viver com o objetivo de escrever este livro. É através dele que nos dá a conhecer esta terra a que chamou “sua” e da qual tomou conta, com zelo, pois era a única que tinha: histórias curiosas e bizarras, crenças, vocábulos e expressões, comidas e aromas, e tantos outros aspetos da cultura deste povo.
Viaje neste livro para uma Banguecoque agitada e fervilhante, ou para o silêncio dos campos de arroz, porque "viajar também é perder-se”.
Isabel Maria Pinheiro
(Professora do Grupo Disciplinar de Português)
Sem comentários:
Enviar um comentário