Tem a palavra… João Costa - Blogue RBE
Nas escolas portuguesas, já há muito que
a biblioteca deixou de ser apenas um espaço ou um serviço prestado aos alunos.
Graças ao trabalho dos Professores
Bibliotecários e da Rede de Bibliotecas Escolares, as bibliotecas são hoje uma
plataforma crítica para a gestão curricular.
O currículo nacional português,
estipulado no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória,
é absolutamente claro sobre as finalidades da escola. No tempo de profunda
transformação da nossa relação com o conhecimento, no tempo da avalanche de
informação, no tempo em que o digital nos transforma e nos interpela, o
desenvolvimento de competências que vão para lá da memorização torna-se
urgente. Pensar criticamente, avaliar fontes de informação, debater, criticar,
analisar, resolver problemas, trabalhar colaborativamente, integrar
conhecimento são dimensões chave para o sucesso.
Na biblioteca, os saberes estão sempre
cruzados e interligados. Por muito que tentemos arrumar os livros em secções
estanques, eles dialogam entre si, os temas conversam, a ficção convida ao
aprofundamento dos factos, os factos tornam-se chave para aprofundar a fruição.
Não há, pois, flexibilidade curricular que não aproveite esta atmosfera de
saber partilhado.
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