segunda-feira, 27 de maio de 2019
Aula aberta de Filosofia: "Religião e Morte"
A professora Sofia Henriques Cardoso organizou mais uma Aula Aberta de Filosofia que decorre no Auditório da ESJAC no dia 27 de maio, entre as 15h00 e as 17h00. O tema é "Religião e morte", sendo o orador convidado Pedro Guimarães, autor do livro Diário de um morto.
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O tema muito apelativo, contudo tal iniciativa não foi divulgada o suficiente pela responsável, além do mais, era só para alguns pelo que entendi. Deixe-me dizer que o espírito de colaboração e humildade ficou escuro! Assim, não se pode avançar, o que lamento imenso. Já conheço o autor e li a obra em causa, contudo debater filosoficamente tal temática exige rigor filosófico, e não uma propedêutica de vivências, por ficção a uma cidade que o autor tão pouco faz parte dela. Existem muitas influências e manipulação que ultrapassa o bom senso. Entre a vida e a morte existe um vale, uma fasquia de nada que se apodera dando lugar ao mexeriqueirismo e fofoquice... versus maipulação de consciências, cenários esses que mostram o lado menos bom; todavia a morte nunca é vivida pelo próprio, mas sim pelo outro. A religião, procura dar fundamento a um isso que esmaga, como se o ente ao abandonar o corpo tivesse uma outra vida, precisasse de encarnar num outro corpo, ou não conforme o teor religioso. Muito se tinha a dizer sobre os rituais de tais situações... percebo que da justa ou impura harmonia, a postura é para o caos, desequilibro o ente, numa perspectiva do idealismo alemão. Levinas já aflorava tal postura! A morte é a certeza absoluta, só que não tomada no Ente por Ele mesmo, num estádio cônscio. Tudo isto deixa-me muito a desejar e ninguém é melhor do que ninguém, ou procura-se protagonismo para brilhar em terra da qual se fala mal dos forasteiros e residentes? Calma aí. Estamos no Algarve, em Tavira. E a morte está em todo o lado. A humildade e a compreensão, os bons princípios ficam sempre bem a quem os sabe usar em conformidade com a Moral e Ética, independentemente da orientação religiosa. O homem procura um sentido para a vida... eu procuro, tu procuras... cada qual à sua maneira, mas não é arranjando dissabores... seja-se sensato. Na minha casa mando eu, conheço seus hábitos... o autor fala isso na obra, de outro modo. Todavia o escritor Pedro Guimarães, tem as suas preferências, as suas vivências... a quem respeito, mas quem o representa, talvez não colabore da melhor forma. É necessário aproximação e não distância, doravante, nesta sociedade as pessoas agem assim, sem refletir no melhor para todos. Não assisti, como disse o convite era só para os amigos e ou preferidos de quem organizou! Continue a escrever, e espero que tenha motivado os nossos jovens para a reflexão filosófica, liberdade de expressão como o estou a fazer aqui. Pense-se pela sua própria cabeça e não para os outros, por isso mesmo, os meus alunos enveredam essa vertente, sem que me sinta envaidecido, apenas faço o que entendo ser o melhor para eles, de acordo com a minha formação filosófica, por grandes Mestres, o que me orgulho muito e continuo sempre num processo de aprendizagem/investigação/escrita para que possa sair deste marasmo e do "diz que disse". É bom que mais eventos desta natureza possam acontecer nas escolas. Já fiz muitos em diversas escolas do País! Bem haja à professora Cristina Matias pela disponibilidade e acolhimento das iniciativas. Filosofamos...
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