É tempo de dizer bem dos professores
Afonso Mendonça Reis
(Fundador das Mentes Empreendedoras,
Inspira
o teu Professor e Professor Universitário na Nova SBE)
Os professores estão hoje desmotivados. Este problema diz
respeito a todos, pois os professores têm o futuro dos nossos jovens e, por
isso, o futuro da nossa sociedade nas mãos.
Precisamos de uma educação forte, as oportunidades da 4.a
revolução industrial estão a deixar milhões para trás, a desigualdade de
rendimento aumenta em Portugal e pelo mundo fora e o populismo ameaça os
valores basilares da democracia. Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, quando
confrontado com o fenómeno Trump, respondeu prontamente que uma competência
essencial nos dias de hoje é saber identificar falácias e argumentos dúbios.
Thomas Friedman, jornalista do New York Times,
ilustra como a “era da aceleração”, a velocidade de transformação num ritmo
alucinante de hoje, exige uma educação que capacite e que crie autonomia.
Primeiro, a AT&T, uma empresa líder de telecomunicações nos Estados Unidos,
criou um novo “contrato social” com os seus colaboradores assente na
aprendizagem ao longo da vida. Quem quiser manter os seus empregos, e
ambicionar empregos para a vida, terá de fazer mini-cursos financiados para
actualizar as suas competências. Quem quiser um emprego para a vida, terá de
aprender toda a vida. Segundo, a Internet, ambiente onde estamos todos em
contacto sem filtros ou moderação, dá ao cidadão comum um poder de criação e
destruição sem precedentes.
Este ambiente sem moderação cria a necessidade de ensinar às
crianças e jovens o pensamento crítico, aliado a valores e ética, para se
tornarem em cidadãos digitais conscientes e agentes de mudança positiva. Não
existem fórmulas mágicas nem atalhos para estas questões, precisamos de uma
educação robusta. Mesmo na 4.a revolução industrial, qualquer que seja o modelo
de ensino, e melhor ou pior que seja, serão sempre os professores a dar corpo à
educação, dia a dia, aluno a aluno.
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