BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Semana da leitura: apreciação crítica de «O dia em que te esqueci», de Margarida Rebelo Pinto

Na capa da obra, primeiro, encontramos o nome da autora, Margarida Rebelo Pinto, e de seguida o título da obra, O dia em que te esqueci. No meio da capa, atraem a nossa atenção duas frases que despertam a curiosidade por saber mais sobre este diário. Há, ainda, em segundo plano, umas flores delicadas, brancas e cor–de–rosa, e várias frases em caligrafia manuscrita e pouco nítidas. Por sua vez, na contra capa, encontramos uma fotografia da autora deste livro com uma pequena citação de que eu gosto imenso: “Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado”.


Margarida Rebelo Pinto nasceu em Lisboa, em 1965. Desde cedo, demonstrou gosto pela escrita, tendo-se licenciado em Línguas e Literaturas Modernas na Universidade Clássica de Lisboa. Após uma passagem como copywriter, pelo mundo da publicidade, dedicou-se ao jornalismo, passando por publicações como o “Diário de Notícias”. Foi repórter do Canal R.T.P. 1, tornou-se também cronista regular da Elle. Em 1999, editou o primeiro romance, e com esse ganhou o prémio literário FNAC 1999. Dedicou-se também ao cinema, sendo a autora do telefilme da SIC, "Um passeio no parque". O dia em que te esqueci é o seu último romance.


O dia em que te esqueci é uma longa carta de amor e ao mesmo tempo de despedida, dirigida a um grande amor. Ao longo desta obra, vamos conhecendo a vida de uma personagem feminina que nos revela como foi a sua vida após ter conhecido um homem que amou muito e por quem também muito sofreu ao longo da sua vida. Sente necessidade de lhe escrever uma carta como forma de desabafo, como forma de ficar em paz consigo própria para ter a certeza que nada ficou por dizer. Margarida Rebelo Pinto relata-nos, neste livro, os momentos mais marcantes dessa relação, contando as aproximações e separações entre ambos, os sentimentos que acabavam por a perturbar, as decepções, a procura de um novo amor para esquecer o antigo, e a vontade de lutar para que esse amor continuasse. Em síntese, faz um resumo do que foi a sua vida após ter conhecido o homem que lhe roubou o coração por uns longos e dolorosos cinco anos.

Uma das conclusões a que chegamos com esta obra é que não se consegue amar alguém quando o coração está ocupado por outra pessoa e, principalmente, quando percebemos que também não vale a pena pensar que temos de a esquecer. Por vezes, pensamos assim, mas não temos coragem nem vontade de o fazer. No fim, percebemos aquilo que realmente é, um grande amor, quando aparece, com naturalidade, e esse acabará por curar todas as feridas que restavam.




O principal motivo pelo qual li este livro foi mesmo a autora, Margarida Rebelo Pinto. Os títulos das suas obras motivam-me a ler o livro, os mesmos sugerem logo que tudo é muito sentimental. Escolhi este, O dia em que te esqueci, por causa do título e do excerto que se encontra na contra capa.Pensei que o livro me iria recordar alguns momentos pelos quais todos já passámos ou iremos passar.


Para mim, todo o livro foi bastante marcante. Relata factos da vida, realça bem que não podemos apaixonar-nos por uma pessoa para esquecer outra, pois isso nunca dá bom resultado. Aconselho este livro a todas as pessoas, pois eu li e gostei imenso.

PINTO, Margarida Rebelo , O dia em que te esqueci, Oficina do Livro, Lisboa, 2009


 
Soraia Guerreiro, nº23, 11ºC1,

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