BIBLIBLOGUE ESJAC - TAVIRA

Blogue da Biblioteca da Escola Secundária do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - Tavira. "LER É SONHAR PELA MÃO DE OUTREM." Fernando Pessoa (Bernardo Soares), Livro do Desassossego.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Relatório da Visita ao Museu Nacional de Etnologia


23 de Janeiro de 2009

Hora de partida – 7:30H
Hora de chegada a Tavira – 20:30H
Professores acompanhantes: Anna Alba Caruso, Maria Alberta Fitas e Rui Carmo


Na nossa visita ao Museu Nacional de Etnologia em Lisboa foi possível verificar as diferenças entre a nossa cultura e a cultura de várias tribos da Amazónia e das comunidades Patua, do estado de Bengala, na Índia.
Primeiro, fomos acompanhados de uma guia visitar as Galerias da Amazónia onde, primeiramente, vimos as máscaras que os Wauja, uma tribo da Amazónia, usavam quando um dos seus adoecia. Essas doenças eram provocadas por um Apapatai, específico para cada doença. Os Wauja ao usarem essas máscaras, nas festas, acreditavam que o Apapatai viria a possuir essa máscara indo-se, desse modo, embora e a pessoa doente ficava curada.
Com a guia, vimos ainda, instrumentos de caça e de guerra. Os Wauja tinham uma tradição que consistia em cortar a cabeça do seu inimigo e encolhê-la em sinal de respeito pelo seu adversário. Vimos também, num mapa a localização de algumas das tribos da Amazónia, junto das quais foram recolhidos muitos objectos que pertencem ao Museu. A guia explicou-nos que apesar das tribos viverem na Amazónia não estavam de modo algum parados no tempo, pois conheciam a existência de culturas mais avançadas, em termos tecnológicos.
Foi-nos dito que os Wauja também tinham os seus passatempos, que consistiam em criar artesanato e pintar os corpos uns dos outros.
Depois de visitarmos a cultura das tribos da Amazónia, fomos desta vez sem guia, ver as Pinturas Cantadas feitas pelas mulheres de Naya (Índia).
Essas pinturas relatam acontecimentos que marcaram o Mundo e são também referentes às suas tradições. São feitas em grandes extensões de fita de papel, que eram depois de desenhadas, pintadas pelas mulheres. Para sobreviverem, essas mulheres tentam vender as suas pinturas a turistas que as visitam.
Foi interessante verificar que as pinturas representam acontecimentos tão distantes geograficamente, como o 11 de Setembro, ou tão comuns como o infanticídio, a SIDA, a discriminação das mulheres e algumas histórias da Índia, ou o horror do tsunami de Dezembro de 2004.
No final da visita reflectimos sobre a visita e verificámos que os valores mudam consoante a cultura; com os Wauja percebemos o que é uma vivência de comunhão espiritual com a Natureza e a saúde, de modo bem diferente da sociedade em que vivemos e os valores estéticos das mulheres Naya também nos surpreendem pela sua exuberância e originalidade.


Alexandre Pires Nº1 - 10ºA1
João Gonçalves Nº19 - 10ºA1